terça-feira, 8 de março de 2016

MEDITAÇÃO

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MEDITAÇÃO – “DISCIPLINA ESOTÉRICA DA MENTE” (trecho de um livro de V.M. Samael Aun Weor)

”A meditação é a disciplina esotérica dos gnósticos.
A meditação reveste-se de três fases: concentração (silenciar a mente), meditação(chagar a ter um pensamento só e depois abandonar o objeto da meditação para concentrar no vazio, mesclando-o com o sono) e samadi (êxtase – é quando a essência vai para a sexta dimensão).
Concentração significa fixar a mente em uma única coisa. Meditação significa refletir sobre o conteúdo substancial da própria coisa. Samadi é êxtase ou arroubo.
Um mestre do samadi entra em todos os planos de consciência. Com o Olho de Dagma, ele esquadrinha todos os segredos da sabedoria do fogo.
Nossos discípulos gnósticos devem aprender com urgência a funcionar sem veículos materiais, de espécie alguma para que percebam com o olho de Dagma todas as maravilhas do universo.
Eis como nossos discípulos tornar-se-ão Mestres do samadi.
Deitado em seu leito, com as mãos cruzadas em seu peito, o discípulo meditará profundamente em seu corpo físico, dizendo para si mesmo: Não sou este corpo físico.
Depois, meditará profundamente em seu corpo etérico (ou vital) dizendo para si mesmo: Não sou este corpo etérico.
Em seguida, em profunda meditação interna, refletirá em seu corpo astral (o corpo dos sentimentos) e dirá: Não sou este corpo astral.
Agora, o discípulo meditará em seu corpo mental e dirá a si próprio: Tampouco sou esta mente com a qual estou pensando.
A seguir, o discípulo meditará ainda em sua consciência e dirá para si mesmo: Tampouco sou a consciência.
Enfim, sumido em profunda meditação, o discípulo exclamará com seu coração: EU SOU O ÍNTIMO! EU SOU O ÍNTIMO! EU SOU O ÍNTIMO!
Por fim, fora de todos os seus veículos, o discípulo se tornará de fato uma majestade do infinito.
Verá então que já não precisa mais pensar porque a sabedoria do Íntimo é SIM, SIM, SIM.
Agora o discícpulo dar-se-á conta da que a ação do íntimo é SIM, SIM, SIM.
Agora, o discípulo entenderá que a natureza do íntimo é felicidade absoluta, existência absoluta e onisciência absoluta.
Nesses instantes de suprema felicidade, o passado e o futuro irmanam-se dentro de um eterno agora e os grandes dias cósmicos e as grandes noites cósmicas se sucedem umas após as outras dentro de um instante eterno.
Nessa plenitude de felicidade, nossos discípulos podem estudar toda a sabedoria do fogo por entre as chamas abrasadoras do universo.
Assim é como nosso discípulo aprende a agir sem veículos materiais de espécie alguma a fum de estudar todos os segredos da magia Elemental da natureza.
Há necessidade de que o íntimo aprenda a desvestir-se para agir sem veículos no grande Alaya do mundo.
Concentração, meditação e samadi são os três caminhos obrigatórios da iniciação.
Primeiro fixa-se a atenção no corpo sobre o qual vamos praticar, depois se medita na sua constituição interna e cheios de beatitude dizemos: eu não sou este corpo.
Concentração, meditação e samadi devem se praticar sobre cada corpo.
Concentração, meditação e samadi, os três são chamados no oriente: um samyaasi sobre cada um deles.
Os grandes ascetas da meditação são os grandes samyasin do entendimento cósmico, cujas chamas flamejam na ROSA ÍGNEA do universo.
Para alguém ser um samyasin do pensamento, precisa ter adquirido castidade, tenacidade, serenidade e paciência.”
…..
“O importante na meditação é chegarmos a dormir sem nenhum pensamento. O demais vem porque vem. A medida que a mente se vai aquietando, vai chegando o sono suavemente e se vai apoderando de nós. É algo delicioso! E é ai quando a essência sai conscientemente até os mundos causais.
Essas experiências recebidas não se esquecem jamais. Ainda recordo a música celestial, o que me disseram os Mestres, as Hierarquias; disso não me esquecerei jamais.”
CONCENTRAÇÃO – MEDITAÇÃO – (trechos dos livros do V.M. SAMAEL AUN WEOR e V.M.RABOLU)
(trechos de livros)
“Comentário – Existem épocas em que se pega esse fio da recordação; porém, chega um momento em que se pensa que já o pegou e se foi. Porém, demora-se para voltar a…
V.M. – É pela nossa falta de trabalho, falta de trabalho (sobre nós mesmos)! Mais concentração no que se está fazendo. Então, está fazendo uma prática, por
exemplo, de desdobramento astral, não pense você na meditação, não pense na
comadre, no compadre, nem no negócio, não! Estou saindo do meu corpo aí, e sai
com facilidade. Porém, o mal é que estejamos fazendo uma prática e pensando em
outra coisa. Aí está o nosso problema.
Temos que aprender a concentração no que estamos fazendo; por isso,
nas atividades do dia, devemos estar concentrados no que estamos fazendo. Quando
vamos fazer uma prática, também já estamos acostumados, educados para nos
concentrar no que estamos fazendo. Com facilidade o fazemos.
Eu, por exemplo, muitas vezes me atiro na cama, e aos cinco minutos já estou fora. Cinco minutos. Porém, isso é pura prática; tenho-a desde anos atrás. Pura prática. Por isso o Mestre confiou muito em mim; por esse motivo, porque,  toda prática que me dava, eu já lhe dava o resultado no dia seguinte. No dia seguinte entregava-lhe o resultado do que me havia ensinado à tarde ou à noite. No outro dia eu lhe entregava o resultado.
Por que eu o fazia com facilidade? Pela concentração, porque estou
educado para a concentração; e da concentração para a meditação é um passinho.
Você está concentrado num objeto, num sujeito, num lugar ou no que
seja. Ponha a dualidade a esse objeto no qual você está concentrado. A
dualidade. Fez isso, e já ficou a mente em branco. Já !
De modo que é questão de se educar. Educação, nada mais. Sem meter
esse misticismo, essa coisa tão horrível, que eu não sei… Eu, ao fanático,
tenho pavor, sim, porque um fanático não serve para bom nem para mau. Não serve
para nada. Aqui é revolução! Nada de passividade, de fanatismo, não! Ao macho,
como diz o mexicano, ao “puro macho!”.. Meter-se sem medo, e se vai adiante
porque se vai!
PERGUNTA – Mestre, na Alemanha temos um rapaz, ele é turco, e no outro dia
ele expôs, num fogueio, que ele tem constantemente dor de cabeça, porque ele faz
essa concentração…
V.M. – Força-se! Observe que o Mestre fala de práticas. Prática do
arcano, prática do desdobramento, prática de meditação, prática de concentração,
tudo, por que a gente quer começar sempre como Mestre, abusar, não? Então vêm as
doenças.
Então, temos que nos ir educando pouco a pouco. Vai se aumentando o
tempo gradualmente, à medida que se avance, sem se prejudicar. Porém, existem
pessoas às quais lhes dá dor de cabeça, porque se forçam. Então, não fazem nada,
não fazem nada!”
“A meditação praticamente é para despertar a
consciência à essência, à alma.”
P. – Isto, na verdade não o entendo bem, o do despertar a consciência à essência.
V.M. – É que esta essência ou alma é inconsciente. Então, o único
meio para que ela desperte consciência é a meditação.
P. – A que meditação se refere? À meditação no vazio ou…
V.M. – Sim, quando se fala de meditação, é não pensar nem no bem nem
no mal. Mente em branco. Então , isso nos dá a oportunidade de nos dirigirmos
aos mundos eletrônicos com nossa essência, nada mais, nossa alma, e lá nos mover
com plena vontade, sem necessidade de dizer ao Mestre: “Veja, investigue-me tal
coisa”. Ou lhe pedir permissão. Não. Ir para fazê-lo com plena consciência. Isso
se chama Turiya.
Por isso, quando se consegue, nessas primeiras vezes, por exemplo,
fazer isso, lá gritam em coro as hierarquias: “Que se faça um Turiya!”.. Turiya
quer dizer consciência contínua. Porque, não é porque se conseguiu a meditação
uma vez, uma só vez, e se moveu com plena consciência no mundo causal, vai
seguir, não. Tem que se tornar um prático até continuar com a consciência
contínua a toda hora. Isso é Turiya, consciência contínua.
P. – Mestre, a experiência pela qual passa a essência nesse momento
em que se está nessa meditação, é diferente para cada essência?
V.M. – Não. O mesmo, o mesmo. Todos vamos ao mesmo ponto de
partida, que é a sexta dimensão, para nos mover e para investigar o que nos
pareça lá.”
“A concentração é básica e fundamental para todas as práticas que são dadas pelo
Mestre Samael. Quando se diz “estou concentrado”, é porque não há senão um só
pensamento em tal objeto, sujeito ou lugar, no que seja. Há um só pensamento,
está-se concentrado (com naturalidade, sem muletas de nenhuma espécie).
De modo que nós, se vamos fazer qualquer das práticas que são dadas pelo Mestre
Samael, devemos concentrarmos.
Falharam e falham as práticas do Mestre Samael, não porque as práticas sejam
más, senão, como estudante, não nos sabemos concentrar no que estamos fazendo.
Então, está-se fazendo uma prática e a mente voando por todas as partes. Que
acontece? Nós a estamos fazendo mecanicamente e mecanicamente nenhuma prática dá resultado…

De modo que, pois, a concentração a ocupamos para tudo. Então, necessitamos educar o corpo físico e a mente para isso.
Eu tive este método, utilizei-o, e já, graças a Deus, pois, não me custa nenhuma
dificuldade a concentração, porque no diário viver temos diferentes atividades.
Sim ou não? Então, faz-se uma agenda de manhã, pega-se as mais importantes
primeiro, e assim sucessivamente faz-se sua agenda. Terminou a primeira, que é a mais importante para nós, quando se terminou isso, passa-se à segunda, depois se passa à terceira, assim até onde alcance o dia; e não estar fazendo uma coisa e pensando em outra, senão estar concentrado unicamente no que se está fazendo. Assim a gente se educa de tal maneira que no dia em que se diga “vou me concentrar”, isso é para já, em seguida.
De modo que, pois, a esta prática não se havia dado importância. Eu lhe dei
importância, porque há muito tempo tenho essa disciplina, e a mim não me
dificulta a concentração.
Por exemplo, vocês querem ir a uma pirâmide, a um templo, ou para se entrevistar
com um Mestre. Concentram-se e, ao adormecer, vão diretamente lá onde estão
concentrados. Vão diretamente, não se detém em nenhuma parte. Podem conhecer os
templos, as pirâmides, ou entrevistar-se com um Mestre. Concentram-se nele, e
já! Isso é tudo.
Essa é a maneira mais rápida da informação. É a maneira mais rápida da
informação. É essa! Para investigar qualquer coisa, concentre-se e já se está
investigando o que se necessita; então, temos que dar a essa prática a
importância que tem. Não devemos deixá-la para amanhã, senão começar duma vez
uma disciplina, para nos poder educar para a concentração. Porque, vejam, para a
meditação necessitamos concentrar-nos primeiro, que haja um só pensamento.
Então, de repente lhe aparece outro (você põe conscientemente outro) pensamento… a dualidade. Então se descartam juntos e se entra para a meditação.
Para a dualidade se busca a síntese ou o oposto. A síntese e se descarta. Então,
a mente vem a ficar em branco. (OBS. Essa é uma técnica de meditação simples e muito eficaz, serve para ser utilizada com qualquer coisa ou assunto)
Então, para a meditação necessita-se também da concentração. Necessitamos é de
educação. E, ponham muito cuidado, qualquer um de vocês que comece
verdadeiramente a praticar, a fazer as práticas que são dadas pelo Mestre
Samael, com concentração, dedicação no que se está fazendo, triunfa!!! Não, isso
não se deixa esperar. Senão, é que se vê o resultado em seguida. Então, dêem-lhe
a importância que tem isto…

De modo que, pois, ponham-se a tarefa. No diário viver, nós traçamos nossa
disciplina e assim nos vamos educando pouco a pouco, porque existem vezes em que
estamos fazendo uma coisa… “veja, tenho que fazer tal outra, tal outra…”. A
gente não se dedica a uma só coisa até terminá-la. Dedique-se o tempo ao que se
está fazendo primeiramente. Terminou isso, passou à segunda, à terceira, à
quarta, assim, até onde alcance o nosso dia. E assim não viver uma vida
mecânica, e então vamos nos disciplinando para o esoterismo. No dia em que nos
quisermos concentrar numa prática, estamos fazendo uma prática, o resultado é
positivo, imediatamente…

É muito diferente o que é a concentração da meditação. Na concentração há um
pensamento, há um propósito e a meditação é não pensar nem no bem nem no mal;
chegar à quietude e ao silêncio da mente. Assim é que não podemos confundir
essas duas partes que são muito parecidas, porém, não são o mesmo.
Quando, por exemplo, vocês vão fazer uma prática, definam fazer uma prática, não
mais. Não se ponham a repartir o tempo, que vou fazer uma agora, e dentro de um
pouco, outra, não. Dediquem o tempo a uma só.. A uma só, a que lhes pareça
melhor, essa. Não estar fazendo uma prática e pensando que vai fazer outra;
agora, dentro de pouco tempo, outra, não. Dediquem o tempo necessário a uma só
prática. Nada mais!
Esta é uma arma poderosa que têm vocês, se a levam a prática. Essa é a base
fundamental do estudo, esta prática da concentração. Com isto se nos vão abrindo
todas as portas, de investigar tudo o que se queira. Não é senão concentrar-se e
já! Vai-se diretamente para onde se quer ir. Investiga-se o que se quer…

A MEDITAÇÃO
A prática mais fácil para chegar à meditação, ou seja, à quietude e ao silêncio
da mente, são os Koans: “Se chocamos as duas palmas das mãos, produz-se um som.
Sim? Que som está produzindo esta sozinha? (Com uma só mão?) Se alguém o ouve
que o diga. Alguém ouve esse som?”.
– Não!
Bem, faz-se uma, duas ou três vezes para escutar esse som que é produzido pelas
palmas das mãos ao se chocá-las; e se faz uma ou duas vezes apenas com uma palma, tratando de escutar… e adormeça-se, tratando de escutar esse som que é produzido por uma só palma da mão. Temos que dormir, porque a meditação é acompanhada de sono. Se não há sono, não há meditação, porque há distração.
A mim ma deu o Mestre numa noite, como às sete da noite, lá no México, essa
prática, para que a fizesse e me disse: “Amanhã me entregas o resultado”.
Nessa noite me deitei, fiz minha prática. Lógico que me liberei, liberei a
essência. Visitei o mundo causal, investiguei o que necessitava investigar.
Houve uma grande festa no mundo causal, todas as grandes hierarquias, quando a
minha alma, ou seja, a essência, chegou consciente. Uma essência consciente é um
Deus capaz de investigar tudo o que queira. É um Deus!
Então, gritaram em coro, todos, ao mesmo tempo que soava a música, uma música
celestial. Gritaram todos em coro: “Que se faça um Turiya!”. Turiya é
consciência contínua. Então não queriam dizer que eu era um Turiya, senão, “que
se faça um Turiya!”. Aprender a estar consciente, para se mover com essa
essência consciente. Isso é despertar a consciência à essência. Chama-se Turiya.
Creio que isso vai aumentando por graus; à medida que se pratique, vai
aumentando mais, e mais e mais a consciência. Não é que na primeira vez se vá
ser um Turiya, não. Por isso disseram: “Que se faça um Turiya!”. Porque foi a
primeira vez que eu ouvi essa frase de Turiya.
Já no mundo causal muda tudo em cem por cento. No mundo causal, nas plantas, nas
pedras, em tudo aí se vê vibrar a vida. Vibrar a vida! Aí se vê a vida. Não são
esqueletos ou fantasmas, senão vida. Vida em tudo. É uma coisa incomparável! Não
existe verbo para explicar. Não existe verbo para explicar isso das maravilhas
que já é o mundo causal, sendo que é o primeiro plano eletrônico e não temos
palavras para explicar. Muito menos daí para cima. Não?
Vou dar-lhes outro Koan: “Sabemos que todas as coisas se podem reduzir à
unidade. Tudo se pode reduzir à unidade. A que se reduz a unidade?”.
Por exemplo, isto (um objeto qualquer), podemos reduzi-lo à unidade. E a que se reduz a unidade? Nós podemos reparti-lo em partículas, até que fique uma unidade. Porém, essa unidade a que se reduz? É um problema para a mente que não encontra resposta. Um problema para a mente que não encontra resposta. Isso é um Koan.
(outro Koan) Bem, ponhamos este de exemplo, o mais grandezinho, “o jovem”, não? “Que faria você ao aparecer instantaneamente numa árvore muito gigante, agarrado, você (numa corda), sustentado lá com os dentes, atados os pés e as mãos, assim. (abaixo de você somente o abismo)Que faria você para não se matar?”
Os Mestres não o vão agarrar porque você é muito gordo (risos). Se grita, se
mata. E é para não se matar. Que faria você nesses momentos? Se fala, se se
solta, pois, se matou! Se se solta… porém, é para não se matar! O problema é
esse.
P. –Conseguirmos uma prancha, melhor…
V.M. –Veja, aí não existe resposta. A Mente não encontra resposta… tampouco.
Esse é outro Koan.
P. –Mestre, temos que usar, para isso, a imaginação. Não?
V.M. –Com a imaginação, com tudo buscamos a resposta, e não a encontramos.
Então, você se imagina lá, içado dessa árvore; imagina-se atado de pés e mãos,
assim, içado lá, e abaixo o precipício. Você se imagina lá e o demais vem, o
resultado, porque a mente busca a resposta e não a encontra. Tem que ficar
quieta. Então vem a liberação da essência.
P. –A gente se faz a pergunta?
V.M. –Sim, e se imagina que se está lá e nessas condições.
P. –Faz-se a pergunta específica: Que fazer agora?
V.M. –Sim, para não se matar. Porque, que fazer? Diz: “Não, se me solto, me
mato, já! Porém, não. É para não se matar”. O problema está, é aí!
Aí têm outro Koan para a liberação da essência, para a meditação. Todos esses
nos levam ao mesmo resultado, a liberar a essência de seus veículos inferiores;
ou seja, é para despertar a consciência à essência.
É que eu quis, nesta vinda de vocês, nesta viagem, porque fizeram muito esforço
para chegar, dar-lhes bases, bases para que vocês se desenvolvam e ensinem aos
demais que se desenvolvam, para não perder o tempo com tanta teoria e tanta
coisa, senão as bases fundamentais, o que tem que fazer cada um, já. Porque,
fazer uma viagem dessas, para lhes levar umas quantas teorias aí, não vale a
pena.
Agora é uma teoria para vocês. Porém, sei que, se o levam à prática, lhes dá
resultado. Sim? Se levarem à prática o que lhes ensinei, o resultado é positivo
cem por cento, porque estou seguro do que estou ensinando.
Que fazer? Por exemplo: Alguém se deita para fazer sua meditação, usa uma chave
dessas e pensa: “Que vou fazer no mundo causal?”. Já aí interrompeu, já
fracassou a prática, porque a nós interessa é despertar a consciência à
essência, porque ela é Deus. Estando consciente, sabe o que tem que fazer e o
que necessita fazer. Então, nós não temos nada para lhe ensinar. Nada, porque
ela sabe todas.
Por exemplo, a festa que nos fazem, a recepção tão grande, eu não me extasiei
com tudo isso, não. Eu fui para investigar o que necessitava investigar. Eu ia
para o que ia. Eu não me detive aí para dar agradecimentos pela festa, pela
acolhida, não! Eu fui para investigar o que necessitava investigar, porque aí
vai o conhecimento que se vai adquirindo. E o que se necessita é de
conhecimento.
A palavra conhecimento vem de conhecer. Se não se conhece, não se tem
conhecimento. Muitas vezes ouvi: “Ah, que fulano, porque fala muito ou tem
memória muito boa, retém diferentes obras de autores e todas essas coisas. Esse
tipo, sim, sabe. Esse, sim, tem conhecimento”.
Que conhecimento? Por exemplo, vamos a uma coisa muito lógica. Vocês vão e
ensinam: “Veja que isto…” à letra morta, tal como eu estou ensinando a vocês.
Para vocês é uma mentira, e qualquer um lhes pode dizer: “Vocês são uns
mentirosos!”. Se não chegaram a realizá-lo. Qualquer um pode dizer-lhes: “Vocês
são uns mentirosos!”. Porque podem assegurar e podem estar seguros de que é
assim. Porém, vocês não o realizaram ainda. Então, qualquer um os pode chamar de
mentirosos.
Porém, quando já se realiza, já não se é mentiroso; já se está falando de
conhecimento. Então, já aí muda tudo. Então, cada gnóstico deve adquirir seu
próprio conhecimento. Por hora, por exemplo, cabe-lhes conhecimento alheio. Não?
Até que vocês entrem no conhecimento. Então já vão falar do que vocês puderam
vivenciar. Não? Então, já vão falar de seu próprio conhecimento, não de
conhecimentos alheios.
O Mestre diz tudo em suas obras. Todas são verdades, porque o que fui
comprovando é exato. Porém, se eu me ponho: “Veja, que o Mestre Samael disse em
tal obra, em tal capítulo, tal e tal coisa…”. Qualquer um de vocês diz: “Você
é um mentiroso! A você lhe consta isso?”.. Heim?
Sim, e se passa por um mentiroso, porque assim é. Então, cada um vamos falando
do que se conhece. Isso é conhecimento.
Por exemplo, o Mestre escreveu o conhecimento dele, que nos serve como
orientação, para chegarmos a adquirir o nosso conhecimento próprio e direto. Ele
nos pôs as bases para que nós cheguemos ao conhecimento e o conhecimento é muito
individual. …

Não vai falar em público.
Então isso do conhecimento é muito individual. Muito individual.
Bem, algumas perguntas, para ver. Agora que estou “brabo”, aproveitem (risos).
P. Como se diferencia uma dimensão de outra?
V.M. –Ah, sim! Porque não há consciência. Quando há consciência, então, sim, se
faz a diferença de umas dimensões a outras. Há diferença. Então, quando fazemos
consciência, então vemos a diferença que existe.
Comentário – Mestre, uma coisa é a concentração, outra é a meditação. A
concentração é para se obter uma informação que a gente se propôs. Porém, faz-se
essa prática, se a fazemos em excesso, também se pode cansar a mente.
V.M. –É que toda prática de meditação, prática de concentração, prática do
arcano, tudo, o Mestre diz prática, até a gente se tornar prático. Começa-se por
curto tempo, qualquer prática que seja, e se vai aumentando pouco a pouco. À
medida que se vai educando, vai se poder ir aumentando a prática.
P. –É que acontece isto: Às vezes a gente se concentra e vai bem um tempo.
Porém, depois a mente já não pode mais. A gente queria fazer a concentração,
porém, vem, quem sabe, até um silêncio.
V.M. –É que, olhe, não devemos chegar ao cansaço, porque, se você se concentra e
se esforça para sustentar a concentração, pode dar-lhe uma dor de cabeça, sim,
ou ficar a mente vazia. Qualquer coisa lhe pode acontecer, porque forçou a
mente. Então nos vemos, vamos medindo a nossa capacidade e assim vamos
aumentando o tempo, pouco a pouco, até nos tornarmos práticos.
P. –Diz-se que a concentração é fixar a mente num só pensamento. Porém, temos
que entender que, por exemplo, vamos concentrar-nos neste aparelho, podem vir
distintos pensamentos relacionados com esse aparelho e estaríamos concentrados.
Por exemplo, penso: É feito de plástico, serve para gravar, é um aparelho que se
compra nas lojas eletrônicas… Tudo isso seria o mesmo? Não é um só pensamento?
V.M. –Sim. Por exemplo, você, para se concentrar, tem que olhar a forma, de que
material é feito, para que foi feito, e você vai penetrando dentro desse
aparelho, até ver por dentro como é, tudo, para poder chegar a uma síntese, a um
só pensamento. Do contrário, a nossa mente então começa a trazer cinqüenta
coisas aí, referentes ao mesmo aparelho. Então, tratar de penetrar dentro do
próprio aparelho.
P. –Começamos com diferentes pensamentos sobre esse aparelho. Porém, pouco a
pouco nos vamos concentrando até que…
V.M. –É isso! Pouco a pouco. E o melhor é, eu o aconselho sempre, porque o
externo é externo; sempre a concentração deve ser no coração. Assim se aprende a
estar dentro de si e não fora. Não? Minha opinião sempre é no coração.
P. –Não obstante, isso, às vezes, se torna mecânico também e se quer variar.
V.M. –Porém, então, já no coração tem que se ver como palpita, como circula o
sangue, que forma tem, de que é feito, e ir penetrando até que possa penetrar
dentro de seu próprio coração.
P. –(Inaudível!)
V.M. –A mente voa, buscando resposta. Como não existe resposta concreta,
aquieta-se e vem o silêncio e a quietude da mente. Isso é o que se busca com
essas frases sem resposta. É aquietar para que fique em silêncio, a mente em
branco. Para isso são essas frases.
P. –Mestre, e quando se faz o golpe das palmas e faz o golpe da palma,
imagina-se num golpe e se trata de escutar?
V.M. –Aqui há um som (golpe das duas palmas), que todos estamos ouvindo. Que som
produz esta palma só da mão? Temos que nos deitar, tratando de escutar esse som
que é produzido por uma só palma da mão. Não nisto (duas palmas), senão nisto
(uma só mão). Adormecer tratando de escutar esse som dessa palma da mão. Como
não existe som, vem a quietude, o vazio da mente.
P. –Mestre, falando dos Koans. Além dos Koans que o Mestre Samael deu e o senhor
também, na própria vida de cada um de nós, na vida cotidiana, existem situações
muito difíceis na vida. Não? Que praticamente não têm uma resposta lógica.
Podemos nos aferrar a estas circunstâncias da vida e tratá-las como um Koan, até
encontrar uma resposta lógica?
V.M. –Claro que sim, pode. Existem coisas na vida que não tem resposta, das
quais não se encontra uma resposta lógica. Isso é um Koan, sim!
P. –Uma pergunta que sempre surge nos fogueios, é com respeito à concentração.
Perguntam sempre: Um ladrão, quando está abrindo uma caixa forte, perguntam as
pessoas: Está concentrado ou está identificado. Eu, ao que entendi, podemos
dizer que está concentrado numa forma incipiente. É uma primeira forma de se
concentrar.
V.M. –Ele está concentrado no que está fazendo, em abrir o cadeado, a fechadura
da porta. Está concentrado. Ele não está preocupado se o estão vendo ou não.
Senão, está concentrado em abrir essa fechadura, com a finalidade de que não o
percebam. É uma concentração aí.
P. –Princípio de concentração?
V.M. – Claro, princípio.
P. –Agora, teríamos que ir mais profundamente.
V.M. – Claro, claro!
P. –Mestre, quando se está fazendo uma concentração, pode ser no coração e por x
ou y coisas, acabou-se dormindo. Pode-se ir a diferentes dimensões, nesse
instante, diríamos, em que se dormiu?
V.M. –O mais seguro é que vá ao astral. Porque, se se adormeceu com algum
pensamento, não pode ir à sexta dimensão. Fica-se no astral. No astral se fica.
P. –Porém, quando se faz uma perfeita concentração, há desdobramento?
V.M. –Pode desdobrar-se. Como me desdobro eu à noite? Eu me concentro. Sinto
tudo o que acontece no meu corpo, e quando o astral se está desprendendo, eu
conheço tudo, inclusive o que se sente, até que saio do corpo. Com concentração,
não mais.
P. –Ou seja, que assim como o senhor diz, que, se a gente se concentra numa
pirâmide…
V.M. –Vai lá! Diretamente vai lá!
P. –Qual é a diferença entre a meditação e uma saída astral?
V.M. –Existe uma diferença muito grande, porque na saída astral, vamos à quinta
dimensão, onde vemos tudo o que existe aqui, está lá. Já na meditação, já se vê
o palpitar da vida em todo átomo, tudo, em tudo se vê a própria vida. Então é
muito diferente. Em cem por cento. Por exemplo, aqui temos o quadro de giz, um
exemplo, ou a lâmpada, qualquer objeto que temos aqui. Saímos em astral, lá
vemos a parte astral. Vamos ao plano mental. Lá no plano mental, o mesmo quadro
de giz. Já aí desaparece a sexta dimensão. Aí, sim, isso desaparece.
P. –Mestre, a essência se libera do ego e vai ao mundo causal?
V.M. –De todos os corpos inferiores.
P. –Mestre, quando se está concentrado num Koan, se cruza um pensamento… que é
que se vai fazer amanhã, coisas do trabalho. Que se faz com esse pensamento?
V.M. –Não, seguir o Koan, a concentração no Koan. Deixar isso que chegou à
mente. Abandoná-lo. Dizer: “Veja, eu não estou buscando isto, estou numa
concentração”. E abandona isso.
P. –Verbalmente?
V.M. –Não, mentalmente. Abandona-se, despreza-se esse pensamento ou se lhe busca
a dualidade. “Amanhã tenho que fazer um trabalho”. Qual é a dualidade desse
trabalho? Não fazer nada. Essa é a dualidade.
P. –Se buscamos a dualidade, não nos evadimos do Koan?
V.M. –Não, porque se coloca a dualidade, o positivo e o negativo; (transformar a impressão da coisa que surgiu contra nossa vontade dentro de nós) coloca-se e se
segue com sua concentração.
P. –Mestre, o Koan da… que coisa se deve entender para reduzir à unidade: o
átomo, o próton, o elétron?
V.M. –Tudo isso vem sendo uma unidade sempre. Um elétron, um próton, um átomo,
segue sendo sempre uma unidade, segue sendo a unidade. Então, a pergunta é: “A
que se reduz a unidade?”.. Esse é o problema que se põe à mente aí, porque um
átomo é uma unidade, um elétron é uma unidade, e é “a que se reduz a unidade?”..
Então, é aí que se põe um problema à mente, para o qual não encontra resposta
lógica e tem que ficar quieta. Busca-se, com isso, aquietar a mente."

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