quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A VIDA E O NÍVEL DE SER

            Leiamos esse prólogo da 2a. edição do livro intitulado “Tratado de Psicologia Revolucionária” de Samael Aun Weor.
            “Qual é o objetivo rela de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê?
            Isto é algo que devemos elucidar com claridade meridiana; isto é algo que devemos sopesar, analisar, julgar serenamente.
            Vivemos, no mundo, com que objetivo? Sofremos o indizível para quê? Lutamos para conseguir isso que se chama pão, agasalho e abrigo e, depois de tudo, o quê? Em que dicam todos os nossos esforços? Viver por viver, trabalhar para viver e logo morrer, é, acaso, algo maravilhoso? Em verdade, amigos, faz-se necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.
            Há duas linhas na vida: uma delas poderíamos chamar horizontal, a outra, vertical. Elas formam como que uma cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo mais adiante, nem um segundo mais atrás. Necessitamos objetivar um pouco estas duas linhas.
            A horizontal começa com o nascimento e termina com a morte; ante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro, tudo o que nasce deve morrer. Na horizontal estão todos os processos do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e logo morrer. Na horizontal estão os vãos prazeres da vida: licores, fornicações, adultérios, etc. Na horizontal estão a luta pelo pão de cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do sol. Na horizontal estão todos esses sogrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc. Nada maravilhosos pode nos oferecer a linha horizontal. (nota: aqui tudo é passageiro...)
            Mas, existe outra linha totalmente diferente; quero referir-me, de forma enfática, à vertical. Esta vertical é interessante. Nela encontramos os distintos NÍVEIS DO SER; nela estão os poderes transcendentais e transcendentes do Íntimo; nesta vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc. Com as forças da vertical nós podemos influir decididamente sobre os aspectos horizontais da vida prática; podemos mudar, totalmente, nosso poróprio destino, fazer de nossa vida algo diferente, algo distinto e passarmos a ser algo totalmente distintos do que fomos, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência. A vertical é, pois, maravilhosa, revolucionária por natureza; porém, necessita-se ter um pouco de inquietudes.
            Antes de tudo, pergunto-me e pergunto a todos: estamos, acaso contentes com o que somos? Quem de vocês sente-se feliz, no sentido mais completo da palavra?...”


            Esse é o espetacular prólogo do mencionado livro. Apenas nos limitaremos nesta lição a esclarecer e ampliar um pouco alguns pontos...

           
            A vida na verdade tem sido uma incógnita para aqueles que refletem a cerca dela. Disse Platão que a coisa mais importante da vida é a busca da VERDADE. Eis aqui, pois, o intuito da Gnose.
            As práticas todas que temos passado nos servem para irmos adentrando em dimensões superiores, nas quais poderemos investigar por nossa própria conta a verdade das coisas. O desdobramento astral, como dissemos, é imprescindível, é uma tarefa que nos dão os Mestres, pois é na quinta dimensão onde podemos nos entrevistar diretamente com os Grandes Mestres da Loja Branca. Os ensinamentos meramente teóricos que temos passado aqui de nada servem se não forem efetivados em atos, e os atos em resultados positivos e reais. O conhecimento real, a VERDADE, não é teórica, ELA é vivenciável. A verdadeira felicidade, por exemplo, é vivenciada quando escapamos dos egos e da mente. Aquele que a vivenciou jamais a esquecerá. A verdadeira felicidade não precisa de motivos... Ela é parte da alma livre, da ESSÊNCIA. Etc.

            Muitos de nós, ao nos lembrarmos dos fatos acontecidos no passado, focamo-nos em acontecimentos exteriores. Dizemos, por exemplo, que se alguma coisa desagradável não tivesse acontecido conosco, talvez não tivéssemos tal ou qual medo. Se aquele negócio tivesse dado certo, hoje seríamos ricos, etc. etc. etc. Porém, ao contarmos nossas histórias, nos esquecemos do essencial: daquilo que somos; do nosso NÍVEL DO SER; dos nossos valores e estados interiores. De modo que  todas as nossas histórias estão incompletas. Jamais poderíamos avaliar nossa vida apenas pelos acontecimentos exteriores, pois nossos estados interiores são os que muitas vezes as atraíram, e mesmos se aqueles acontecimentos desventurados tivessem acontecido da maneira que julgávamos ser a adequada para nós, eles jamais nos trariam os frutos desejados, pois nossas limitações interiores não permitiriam que as coisas se desatolassem, a não ser que mudássemos interiormente. Esse é o ponto crucial de toda a questão. MUDANÇA. NECESSITAMOS MUDARMOS RADICALMENTE.
A vida para os gnósticos deve ser simples. O amor a Deus deve estar em primeiro lugar. Aquele que ama a Deus aprende a amar os outros como a si mesmo. O gnóstico deve permanecer vigilante quanto a tudo que se passa no seu interior, transformando as impressões que vem do exterior e eliminado as reações equivocadas, ou seja, os egos, de sua psique. O gnóstico deve ser perfeito por dentro. A vida do gnóstico deve ser repleta de amor e compaixão, harmonia e alegria. O gnóstico ama sua esposa sacerdotisa e transmuta sabiamente suas energias sexuais. A verdade é o caminho da mente do gnóstico, por isso meditam todos os dias a fim de buscar em Deus a verdade de todas as coisas. Um gnóstico procura fazer a vontade do Pai que está em secreto, e, assim, intenta ouvir a voz do silêncio no fundo do coração tranqüilo e vivificado; a isso chamamos verdadeira intuição.
Um pouco mais acima falamos em ‘estados’ e ‘eventos‘; assim, pois, distingamos EVENTOS, que são EXTERIORES, de ESTADOS, que por sua vez são INTERIORES. Lembremo-nos do hipotético cruzamento das linhas verticais e horizontais, às quais o Mestre se refere. Os estados interiores são representados pela uma linha vertical. Os eventos exteriores são representados pela linha horizontal.
            Assim, pois, distingamos EVENTOS EXTERIORES de ESTADOS INTERIORES. Lembremo-nos do hipotético cruzamento das linhas verticais e horizontais, às quais o Mestre se refere. Os estados interiores são representados pela uma linha vertical. Os eventos exteriores são representados pela linha horizontal.
            Imaginemos, ainda, que a linha vertical é uma escadaria. Nesta escada maravilhosa estão representados os NÍVEIS DE SER de cada um de nós. Degraus acima encontramos pessoas melhores do que nós. Degraus abaixo, pessoas piores. Acima de nós, pessoas com níveis de luxúria, inveja, vaidade, gula, preguiça, etc. menores do que os nossos. Abaixo de nós pessoas mais perversas em níveis e níveis distintos. Porém, todos tem a possibilidade de se melhorarem internamente de fato. E isso é possível quando aprendemos a observar, conhecer e eliminar de nossa psique defeitos psicológicos, os quais se caracterizam pelo mim mesmo da psicologia atual. O verdadeira Ser é Deus. Nós, aquilo que temos por nós mesmos hoje em dia, somos o que engarrafa a nossa consciência. A consciência, a ESSÊNCIA vem das estrelas. É divina por natureza. Pura. Necessitamos com urgência máxima conhecermo-nos tal qual nós somos e MORRERMOS EM NÓS MESMOS, NOS SACRIFICARMOS POR NOSSOS SEMELHANTES E RENASCERMOS. Assim, estaremos aptos para vivenciarmos o novo de forma direta, real. E é desta maneira que vamos alcançando níveis de ser mais elevados, até nos religarmos com DEUS, nosso rela SER. Meditai e morreis em si mesmos. Amais a humanidade, sacrificai-vos por ela; avançais no trabalho esotérico e conquistais as benesses.
           

            Um pouco acima dissemos algo que merece ser elucidado. Quero me referir ao fato de que o que somos interiormente atrai fatos exteriores da mesma índole. Assim, em ladrão atrairá para si cenas e situações de roubo. Um luxurioso atrairá a luxúria. Etc. Isso é obvio. Porém, se esclarecermos que até aquelas nossas ruminações internas subconscientes nos atraem cenas e fatos dessas qualidades, as conseqüências podem ser desastrosas. Assim, nós atraímos de maneira subconsciente para nós mesmos doenças, dramas, comédias, tragédias, coisas desagradáveis, coisas agradáveis, etc.
            Desta maneira, claro está, que ao mudarmo-nos internamente, automaticamente, atrairemos eventos mais agradáveis para nós mesmos de per si.            
            Como prática, façam um levantamento de qual é o nível de ser atual que possuem, utilizando-se da AUTO-OBSERVAÇÃO, conforme as técnicas que temos passado. E comecem a eliminar de suas psiques desde agora mesmo todos os elementos indesejáveis que identifiquem, até o ponto de não mais os sentir dentro de vocês mesmos. Trabalhem com intensidade, poder e força. Mãos à obra.


 Para saber mais de Gnose


     Os ensinamentos gnósticos podem ser encontrados nas seguintes obras do V.M. Samael Aun Weor, cuja disponibilização dos links podem ser encontrados abaixo:


"Tratado de Psicologia Revolucionária"
"A Grande Rebelião"
"Sim há Inferno, sim há Diabo, sim há Carma"
"O Mistério do Aureo Florescer"
"As Três Montanhas"

Nestas cinco obras o V.M.Samael, que escreveu mais de 70 livros, sintetiza todo o ensinamento.
      O interessado deve também ler todos os livros do V.M. Rabolu. Esclareço que somente ler não adianta. o verdadeiro conhecimento é obtido de forma direta. Assim, "devemos ir um pouco mais além da interpretação de mero caráter literal". Temos que levar tudo a prática e nos tornarmos realmente práticos, se é que em verdades queremos adquirir o verdadeira conhecimento do real, que está além da mente.
     Nestas obras o interessado encontrará todas as informaçoes necessárias para aprimorar suas técnicas, principalmente as dos três fatores de revolução da consciência (único meio que nos conduz a encontrar o caminho da Sabedoraia, que está dentro de nós mesmos, não em outro lugar) e do Desdobramento Astral, para se por em contato direto com os Grandes Mestres de todos os tempos (o mundo astral, ou quinta dimensão, é o único lugar onde se encontra a eterna Igreja Gnóstica da Loja Branca).
     Neste blog disponibilizo, também, de graça um pouco de tudo que recebi de graça nas fileiras do antigo Movimento Gnóstico Cristão Universal da Nova Ordem.
Baixe através dos links:

http://www.4shared.com/document/tqNRR_JX/A_Grande_Rebeliao.html
http://www.4shared.com/document/Ocy02lw0/aguia.html
http://www.4shared.com/file/Zneh52kL/cienciagnostica.html
http://www.4shared.com/file/eMWg8X6v/orientandoaldiscipulo.html
http://www.4shared.com/document/svWi5rlv/omisteriodoaureoflorescer.html
http://www.4shared.com/document/h4I4Go3E/Sim_Ha_Inferno.html
http://www.4shared.com/document/cNF7O53q/sintese.html
http://www.4shared.com/document/Z0GA6TFv/tresmontanhas.html
http://www.4shared.com/document/9CUWvnfm/tratadodepsicologia.html



sábado, 12 de novembro de 2011

OS TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA





Os três fatores de Revolução da Consciência são :
1 - MORRER
2 - NASCER
3 - SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE
Essa é a base com a qual se torna possível a MUDANÇA RADICAL. Essa é a base com a qual se torna possível o DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA. Essa é a base com a qual se torna possível a LIBERAÇÃO ÍNTIMA DO SER.
MORRER + NASCER + SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE = AMOR
 
1 - MORRER
 

“Negue-se a si mesmo...”


DECAPTAÇÃO PSICOLÓGICA
Representado pela Morte de João Batista, no “Drama Cósmico”
O morrer é a morte do mim mesmo, daquilo que me cabe, do ego, com todos os seus equívocos, tendências pessoas desconectas com a verdade, reações mecânicas embasadas em instintos animais e na mente, etc. etc. etc.
Como já dissemos em momento oportuno o ego, ou melhor diríamos ‘os egos’, se manifestam nos três centros básicos da máquina humana, ou seja, na mente, no coração e no instintivo-motor-sexual. (o ego pensa, sente e age por nós). Assim, como também mencionamos na lição anterior, a auto-observação deve se fazer presente e constante nestes três centros. O passo seguinte é a compreensão, seguido da eliminaçaõ de tudo aquilo que não seja a própria alma. Já temos ensinado como se faz a petição à Mãe Divina, para que ela elimine de nossa psique o defeito previamente compreendido e julgado. Esse pedido deve ser feito muito simples, de coração, mas também com determinação e firmeza, com o claro intuito de fazer o defeito sumir de nosso mundo interior naquele exato momento, até as bordas do zero radical, do silêncio absoluto dentro de nós mesmos; e para entender bem tudo isso a fundo, pois esse é um ponto que até o momento do presente curso não temos dado a atenção devida, hoje abordaremos essa questão da recordação de nós mesmos.
Porém, antes, é necessário esclarecer que todo esse processo da morte do mim mesmo é um processo muito delicado, dificílimo, exigente. É sem dúvida um trabalho a longuíssimo prazo. Lento, mas, no entanto, definitivo. A consciência superlativa do ser nos conduz nesse processo maravilhoso. O sentido da auto-observação nos vai mostrando o percurso percorrido. E é devido a esse conhecimento por via direta, daquilo que morreu em nós, que tornamo-nos capazes de revalorizar o trabalho sobre nós mesmos quando advém algum período de passividade; ou seja, quando uma noite cósmica nos quer tragar. As noites cósmicas é aquela sensação de desanimo, falta de inquietudes espirituais; quando não entendemos nada. Isso se dá por pura passividade da nossa parte, por pura falta de dar-nos o superesforço, mas é muito comum acontecer naqueles que iniciam o trabalho sobre si mesmos. Oportunamente, sobretudo na lição entitulada “Que devemos fazer para que as Práticas que dá o V. M. Samael dêem resultado”.
Recordarmos de nós mesmos, quer dizer vivenciarmos com a consciência atuando em primeiro lugar. Ou seja, cônscios de que somos algo mais que o ego, que somos os simples botsatwas de Deus, por hora, no entanto, infelizmente, desconectados dele. Cônscios de que temos um trabalho a fazer e de fato vivermos em auto-observação. Recordação de nós mesmos é, sobretudo, vivenciarmos a pureza de passar o controle das nossas aptidões anímicas para a consciência livre de todo tipo de condicionamento, ou seja, quando encontrarmos a pureza absoluta dentro de nós mesmos. Nossa consciência livre é a Essência de nosso Ser, as capacidades de percepção, magnetismos, vontade, sentidos, etc. etc. etc. E essa pureza infantil é possível de ser vivenciada, ainda que durantes os breves instantes nos quais não atue nenhum ego, quando oramos à Mãe Divina para que nos conduza, para que apareça. Mais que simples oração, devemos suplicar, implorar, para ela mostrar sua face. Ela é a própria consciência livre e desperta. Então, nestes momentos ela aparecerá dentro de nós mesmos.
A morte do mim mesmo advém quando reconhecemos dentro de nós mesmos tudo aquilo que não seja a mais perfeita pureza. Em seguida oramos à Mãe Divina para que desintegre esse defeito, seguida de imaginação e vontade unidas em vibrante harmonia, fazendo com que esse defeito suma de nossa percepção interior até os pés da Nossa Divina Mãe.
Repetimos que não é fácil não nos identificarmos com nossas emoções negativas, por exemplo, e eliminarmos de nossa natureza interior esses sentimentos, mirando a pureza radical, desconhecida. Somente com o êxtase da meditação aprenderemos por nós mesmos o que é a pureza radical da alma. O discípulo deve todas as noites dormir fazendo uma das práticas que damos aqui. Jamais um estudante de esoterismo pode se dar ao luxo de dormir como “Raimundo e todo mundo”. Esses momentos são preciosos para se fazer as práticas. É quando as preocupações do mundo exterior se findam e o sono, porta de entrada para outras dimensões, vem naturalmente. Outra hora especial é durante a madrugada, pois a atmosfera está tranqüila. Praticai com tenacidade e paciência e colhei os resultados.
Em se tratando da Eliminação dos agregados psíquicos que constituem o mim mesmo, advirto-os que um mesmo defeito tem milhões de pequenas ramificações, cujas causas são as percepções equivocadas do passado. Ou seja, ou valores conscientes, inconscientes e subconscientes que temos deixado a mente dar às coisas que nos entram pelos sentidos. Quero dizer com isso que devemos ficar em constante auto-observação, como um vigia em tempo de guerra, pois o defeito observado, julgado e golpeado pela lança de Nossa Divina Mãe Kundalini, surgirá em nosso mundo interior diversas vezes mais.
O perigo ocorre quando nos esquecemos de nós mesmos, ou seja, quando nos esquecemos que somos a consciência e nos identificamos com qualquer ego, passando a agir sem trabalharmos sobre nós mesmos. Nesta situação voltamos a agir mecanicamente e então cometemos muitos erros, como quando antes de iniciarmos nosso trabalho interior. É quando os egos agem indistintamente e deixamos de transformar as impressões que nos chegam. O que de fato acontece nesses instantes é que engordamos defeitos psicológicos ainda não julgados e até ressuscitamos defeitos que aparentemente havíamos eliminado. Isso se dá porque o ego somente morre quando eliminarmos as causas dos egos. Esses são trabalhos avançados que o Mestre tem que fazer quando estiver já bastante adiantado no trabalho sobre ele mesmo. Mas, esse é um tema de uma próxima conferência.
Distingamos, pois, dois estados de consciência. O primeiro é o sabor trabalho. Ou seja, quando estamos trabalhando sobre nós mesmos. Olhando para dentro de nós, lutando para não nos identificarmos com as coisas internas e sugestões de nosso próprio ego enraizado, transformando as impressões que nos chegam da mente. E a outra é a vida cotidiana, vulgar, comum e corrente. Nessa ocasião voltamos a ser vítimas das circunstâncias; dados as identificações de todo tipo; se nos elogiam, envaidecemos; se nos xingam, odiamos; sofremos, desejamos, sonhamos, nos excitamos, nos deprimimos, etc.

2 - NASCER
 


“... carregue sua cruz...”

MATRIMÔNIO PERFEITO

Criar os corpos solares para adentrar em outras dimensões; religarmos com as forças primogênitas de criação, com Deus; através da “Alquimia Sexual”.




3- SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE




 

“... siga-me.”


Amar a humanidade, entregando o ensinamento de maneira desinteressada, gratuita, sem distinção alguma.


 

O ARCANO


Do caos espermático e obscuro que em nossos órgãos sexuais levamos, surge a luz e esta brilha, agora, nas trevas, como uma estrela de seis raios no céu noturno.Astro.ens seminis revelador do mercúrio preparado; Estrela do Norte que guia o navegante do oceano tenebroso.
Mediante o trabalho da arte hermética torna-se manifesto o que antes se encontrava difuso na massa tenebrosa e grosseira do sujeito primário.
Stella Maris, Mercúrio, Alma Metálica do Esperma Sagrado, em forma de água branca e brilhante que os alquimistas denominam
Sinal Astral do
Virgem mãe KANDALINI, simbolizada por essa estrela de linhas entrecruzadas que constituem o Selo de Salomão.
Virgem do Mar, sem cujo auxílio, sempre oportuno, o Hierofante Moisés não poderia ter sido salvo das águas.
A natureza mercurial da brilhante Estrela é indiscutível, irrefutável. Muitos sábios naufragaram no oceano tempestuoso da vida e da morte por não ter esse Astro como guia.
O filho ingrato que se esquece da sua Divina Mãe particular, individual - pois cada um de nós tem a sua - fracassa inevitavelmente.
Esta Estrela conduz os sábios ao nascimento do Filho de Deus e ela mesma há de guiar nossos passos.
“Solve et coagula”, “dissolver e coagular”, é o fundamento vivo da “Grande Obra”. Necessitamos dissolver “mercúrio seco” e “enxofre arsenicado” e coagular “mercúrio vivo” e “enxofre puro”.
O “mercúrio seco” está constituído por todos esses “agregados psíquicos” que em seu conjunto constituem o querido ego dos ignorantes ilustrados.
O “enxofre arsenicado” é o fogo animal, bestial, dirigido para baixo; aos “infernos atômicos do homem”.
É urgente fecundar o mercúrio vivo com o enxofre puro ou fogo sagrado, se é que, realmente, queremos fabricar os Corpos Existenciais Superiores do Ser.
As personalidades “kalkianas” destes tempos do “KALIYUGA” crêem que possuem os corpos astral, mental e causal.
Esses “sabichões” não somente egnoram, mas também, ignoram que ignoram. Não querem dar-se conta de que são tão somente míseros fantasmas vestidos com corpo físico.
Aquilo que continua depois da morte é o “mercúrio seco e o “enxofre arsenicado”.
De modo algum exageramos quando afirmamos que isso que prossegue no mais além, depois da disfunção do corpo carnal, é tão somente um montão de diabos; os “agregados psíquicos”, eus inumanos ou formas bestiais, dentro das quais se encontra engarrafada a Essência.
Aqueles que jamais se auto-observaram seriamente, aqueles que têm atrofiado o sentido da auto-observação, pensam de si mesmos o melhor; nem sequer suspeitam que dentro de si mesmos existem o “mercúrio seco” e o “enxofre vermelho”.
Esses incultos adoram o “querido ego”, estão convencidos de que evoluciona e se aperfeiçoa; não se preocupam por destruí-lo ou aniquila-lo; nunca souberam que o tão cacarejado ego é uma soma dos eus, ou demônios, mercúrio seco, defeitos infra-humanos.
Se as pessoas amassem da verdade a sua “Stella Maris”, se a tomassem como guia, ela os auxiliaria na “Grande Obra”, ela eliminaria da natureza delas o mercúrio seco e o enxofre arsenicado.
Criar esses corpos supra-sensíveis que as personalidades “kalkianas” já crêem ter, só é possível fazendo cristalizar o mercúrio vivo por meio do enxofre, ou fogo sagrado, e sob a condição de eliminar, radicalmente, o mercúrio seco e o enxofre arsenicado.
Aqueles que não procedam dissolvendo e coagulando de acordo com as regras da Arte Hermética, se converterão em “HANASMUSSEN” com duplo centro de gravidade, em demônios terrivelmente perversos.”

Após essa pequena introdução tirada do livro “A Grande Rebelião” de V.M. Samael Aun Weor, aliás obra indispensável para quem quer se aprofundar no conhecimento das técnicas para o auto-conhecimento, passamos a dar continuidade a este nosso curso. Assim, temos que dizer que ARCANO significa SEGREDO. Segredo, posto que em poucos períodos da história foi permitido pela Grande Fraternidade Branca que se entregasse abertamente à humanidade esse fundamento crucial para o real desenvolvimento espiritual. Isso não quer dizer que ele não fosse entregue secretamente àqueles que se mostrassem preparados, daí vem o nome ARCANO.
No livro intitulado “O Mistério do Áureo Florescer” (V.M. Samael Aun Weor) encontraremos os fundamentos físicos, ao que relaciona com os fundamentos da matéria com este nome e não aos próprios do corpo físico, bem como, também encontraremos neste livro, os fundamentos relacionados com a filosofia. Neste capítulo do nosso curso abordaremos as técnicas práticas unicamente, o que não exclui a leitura do mencionado tratado para uma completa compreensão do tema, aliás, fundamental para o desenvolvimento espiritual, bem como ali encontrarão detalhamento das técnicas aqui passadas, ou vice e versa. No livro intitulado “A Águia rebelde” de V.M. Rabolu, estão ensinamentos indispensáveis para o entendimento completo deste tema. Porém, recordemos que aqui apenas ensinamos a parte escrita e memorizável; a verdadeira compreensão da Magia Sexual se dará com a experiência adquirida da prática.
A primeira coisa que todo esoterista deve investigar e compreender em si mesmo é que sem o Arcano é impossível qualquer tipo de ligação real com nossas partes Superiores. No sexo estão as forças primogênitas da criação em ação. Ou seja, dentro de nós mesmos encontramos as três forças primárias da criação, e é precisamente no sexo que elas se encontram ativas. Assim, devemos elevar o sexo ao posto de coisa supremamente sagrada, pois assim o é. Para tanto devemos nos auto-observar profundamente nessa hora para que nenhum eu de luxúria, ou desvalorização do sexo se manifestem, pois qualquer defeito é extremamente indesejável nessa hora. Para isso temos passado todas as técnicas. E para isso vamos passar mais detalhes para que possamos renascer sob as bases das forças primárias do nosso Ser e não sob as bases do terrível ego.
Um ponto fundamental para não deixar o ego se manifestar, cuja conseqüência é a vivência direta do real é não deixar a mente voando. Assim, além de observa-la como temos ensinado aqui, com o claro objetivo de nos desbravarmos, devemos mante-la ocupada. Nos explica o V.M. Rabolu que a concentração é fundamental. E para isso necessitamos com urgência máxima desenvolve-la. Então, no preciso momento do ato sexual, a concentração deve ser perfeita em nossas gônadas, ou ovários, imaginando (lembrar que imaginar é ver e não somente um processo mental de recordatório, mas sim ver o novo, o aqui e agora, o real) que o sol brilha ali e dali sai fogo e que os vapores de ouro vão subindo por dois finos canais, os quais vão se cruzando coluna vertebral acima, ocasião, em que ao passar pelas vértebras vão acendendo-as em luz, até encher o cérebro, em cuja mente deve imperar o silêncio absoluto, pois ela vai estar bem ocupada e em estado passivo, trabalhando pra a consciência, que por sua vez deve estar ativa. Termina o caminho da energia sexual, assim polarizada, no entrecenho. Não devemos esquecer que o mantram IIIIIIIIII AAAAAAAAA OOOOOOO, mantram básico do Arcano, deve ser pronunciado mentalmente. Tudo isso encontrando o acento perfeito na alma, de súplica à Mãe Divina para que nos conduza e mostre a perfeição à nossa alma, bem como do respeito, do amor e da devoção e da humildade.



É uma prática muito complexa que exige muito do praticante. Exige-lhe entrega total e força de vontade. Assim, no parágrafo anterior demos ênfase à imaginação, mas essa sem a Vontade não é nada. Deste modo, imaginação é vontade trabalham em perfeita e vibrante harmonia para o êxito absoluto.
Muitos iniciantes acham que não estão puros suficientes para iniciar essa prática, mas como dizem os Mestres é com o carro andando é que temos que acertar os ponteiros. A prática do Grande Arcano nos enche de força para lutarmos contra nossos defeitos psicológicos, e não nos podemos dar ao luxo de não empunharmos essa espada flamígera. Lutemos, pois. Encontremos a leveza da alma dentro de nós mesmos. O verdadeiro amor, o respeito e a harmonia entre o casal é fundamental. Adoremos em pleno coito Nossa Divina Mãe Kundalini. Busquemos a perfeição.
A magia sexual ou Sahaja Maithuna (tantrismo branco ou de luz) é o segundo fator de REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA. A magia sexual é o sábio uso da energia criadora, ou sexual.
A kundalini somente desperta e ascende vértebra à vértebra pelos méritos do coração. A castidade científica é indispensável para o êxito da prática. A luxúria é o pecado original. Assim, devemos conquistar a castidade científica, inclusive em pleno coito, eliminando-o radicalmente de nossa psique. Aprendendo a transformar as impressões. Ou seja, somente quando conquistamos de fato a castidade científica é que conseguimos estabelecer o fluxo de energia sexual para dentro e para cima.
, a energia sexual por ser explosiva é necessário muita vontade para a conduzi-la para dentro. Assim transformamos instintos em vontade. O desejo sexual deve ser divinizado para trabalhar para a pureza da alma. Os egos, devem ser eliminados e transformados em amor, em consciência, conduzindo a energia para cima. A energia sexual é muito refinada, muito superior às demais; tanto que se por ventura circular por canais estranhos aos seus próprios, pode danificá-los, pois trata-se de uma voltagem mais elevada. Constantemente nós deixamos a energia sexual, ainda que maneira inconsciente, circular por canais não próprios aos seus, por isso somos tão débeis e cheios de doenças.
Como foi dito acima, o princípio básico da grande obra é: transformar, transmutar, instintos em vontade consciência; transformar, transmutar, egos em alma, amor-consciência. Ou seja, morrer e nascer em nós mesmos, amando aos outros.
A energia sexual ao ser transmutada traz saúde e harmonia, a qual, por sua vez, faz com que as glândulas endócrinas se regularizem.




O melhor horário para se realizar a prática do Arcano é de madrugada. É nesse horário que a atmosfera está mais tranqüila e os corpos descansados.
No gráfico acima, também lemos, do lado oposto ao que se lê ‘Madrugada’, a palavra ‘Dia’. É, pois, durante o dia, através das práticas da auto-observação e morte em marcha, bem como das demais práticas entregues nesse curso, que vamos conseguir o excedente de energia sexual para se trabalhar com o Arcano de maneira satisfatória, pois se deixamos os egos esgotarem a energia sexual, teremos que trabalhar com hidrogênios mais pesados e aí não há uma satisfatória transmutação. (rever o tema: Os Sete Centros da Máquina Humana).
Vamos dar uma ênfase maior aqui, à prática da transformação das impressões, pois ela é fundamental na eliminação da luxúria. Devemos aprender a ver o sexo como sagrado. Devemos colocar a imagem de uma senhora bem velha, ou de uma caveira em decomposição, quando sentirmos a luxúria atuando, através das formas físicas de uma mulher desejosa. Mas isso não torna indispensável a eliminação e compreensão do defeito da luxúria. A transformação serve somente para que o defeito pare de se manifestar. Mas, se ele se manifestou é porque ele existe. Assim, devemos captura-lo dentro de nós mesmos e peticionarmos à Mãe Divina para que ele nos deixe livre daquele defeito, arrastando a morte até ver como seriamos sem ele, ou seja, eliminando-o até o mais próximo que consigamos da Mãe Divina. Para quem vive em recordação isso é um pouco mais fácil. Agora, para aqueles que já estão identificados com as coisas do mundo e consigo mesmo torna-se um pouco mais difícil, porém, esse é o caminho: RECORDAÇÃO DE SI, AUTO-OBSERVAÇÃO E MORTE EM MARCHA, NASCER, SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE, DESDOBRAMENTO ASTRAL, MEDITAÇÃO, ETC. Trabalhai sobre si mesmos e vereis os resultados e colheis as benesses.
Ainda, durante a vida diária, devemos falar-lhes a respeito das emoções negativas e arroubos de felicidade, ou tristeza, ou ira... Isso consome muita energia sexual. Nos deixa esgotados. O equilíbrio, a disciplina, a harmonia, o comedimento devem permear a vida do gnóstico. Lembremos que o ego é a própria indisciplina.
O quarto do casal deve ser um templo sagrado. Asseado. Harmônico. Onde as palavras levianas e maus pensamentos não devem entrar.
É apenas recomendado que se pratique de madrugada, após algumas horas de sono, pois isso reequilibrará o corpo vital. Mas, isso não é o indispensável. O casal se deve por em acordo em tudo, com muito respeito e harmonia.
Logo após uma simples oração de coração à Mãe Divina e ao Pai que está em secreto, para que nos ajudem e protejam durante a prática, passamos ao aquecimento. Beije com amor e devoção. Ternura. Carícias conscientes. O beijo aquece. Ao homem cabe dar, além de carinho, a proteção. Lembremos que a chama do amor sai do Coração.
A união sagrada entre homem e mulher SEM DERRAMAMENTO DE SEMEM E SEM ESPASMOS OU ORGASMOS se chama Magia Sexual. Nesse momento eles são Deuses, plenos e completos.
Depois da desconexão é importante que o casal siga transmutando suas energias sexuais até que sintam suas gônadas ou ovários completamente vazios. Isso dura em torno de trinta minutos, mas varia muito. Como dissemos linhas acima, a energia sexual é muito forte é por isso não deve ficar ali sem circular, pois isso traria doenças. Deste modo, o casal, deitados em decúbito dorsal dever fazer profundas inalações e exalações, continuando com o estado interior adequado, orando á Mãe Divina, suplicando-lhe para que conduza a energia sexual pelas condutos Ida e Pingalá, posicionados à direita e à esquerda da coluna vertical, os quais vão se cruzando e acendo em luz as vértebras, conduzindo a energia sexual, deste modo desmembrada, em vontade e amor-imaginação, até o cérebro, enchendo o cálice do cérebro, o qual se aurifica e se acende em luz, para logo em seguida, já na exalação, dirigi-la conscientemente do cérebro ao templo do coração tranquilo, pra lá se dissipar em luz. O vibrante mantram básico IAO continua sendo utilizado aqui mentalmente, tanto para não atrapalhar a profunda respiração, como pra não atrapalhar a companheira. Esse mantram serve para despertar a Kundalini e conduzi-la coluna vertebral acima no corpo físico. Tudo deve ser realizado com muita naturalidade, tranqüilidade e paciência, pois é a nossa Consciência quem conduz todo o processo, e estes dons são-lhe próprios.



O mantra KANDIL BANDIL RRRRRR, também é um dos mantras que podem ser usados na prática do Saraja Maituna (Magia Sexual) por iniciantes.


 

Damos algumas instruções finais a respeito do grande Arcano: quando a mulher estiver menstruada não se pratica o arcano, tampouco a mulher fará a respiração neste período, porém o homem segue suas respiração diariamente, mesmo sem que haja conexão; esta prática deve ser unicamente executada por casais casados, sendo indispensável um afastamento mínimo de um ano, caso seja impossível se praticar com o mesmo parceiro; o arcano exigirá um domínio total do sexo, e não que sejamos dominados por ele, deste modo dizemos que a parte instintiva deve ser dominada, os agregados psíquicos de qualquer espécie devem ser radicalmente eliminados ou neutralizados e o amor, o respeito, a ternura, a adoração restaurados; é aconselhável que não se passe de uma hora de conexão, para evitar a atuação da luxúria.
A prática do Arcano, ou sexo Yoga, serve tanto para eliminarmos defeitos psicológicos, como para nascermos em nós mesmos e criarmos nossos corpos existenciais do Ser. Empunhai a lança de Eros e orai, suplicando à Divina Mãe Kundalini para que ela elimine um defeito previamente compreendido e Ela assim o fará.
Os solteiros é necessário que se casem. Mas, isso não quer dizer que se vão a casar com a primeira ’doida’ que aparecer pela frente. Não se preocupem. É a Grande Lei Divina quem unem os casais. A única coisa que o neófito deve fazer é lutar contra si mesmo verdadeiramente e o cônjuge aparecerá. Porém, deve tomar todo o cuidado do mundo para não confundir desejo com o amor. Lembrem que no tema “Sexologia” abordamos com mais desenvoltura esse tema. Releiam, estudem, compreendam a fundo cada um destes ensinamentos, através da reflexão serena, da prática constante, da auto-observação de vós mesmos e da meditação diária.
Os solteiros podem e devem praticar a sublimação das energias sexuais. Esse mantra serve para ir acostumando a energia sexual a seguir o caminho por onde deve a partir de agora seguir. Quero me referir o caminho aos Céus. O caminho sagrado. O caminho dos sábios. O caminho coluna vertebral acima.
A prática para solteiros é muito parecida àquela da respiração após a desconexão que explicamos linhas acima. O que muda é o mantra e alguns poucos detalhes. Assim, concentrados a partir de suas gônadas ou ovários os solteiros inspirarão profundamente com o mantra HAM, que se pronuncia quase como se estivéssemos limpando a garganta, e alongando-se o AAAAAAA e o MMMMMMM. Nesta ocasião vê-se a coluna vertebral se iluminado à medida que a energia sexual sobe dentro delas desmembrada em dois pólos, imaginação e vontade, os quais se vê como dois finos cordões de ouro. Da mesma maneira que nos arcano o silêncio na mente, e o acento adequado na alma são fundamentais. Logo, a energia enche o cálice do cérebro, que se ilumina, chegando até o entrecenho. Nesta altura, mudamos o mantra para o SAH, iniciando uma rápida, curta e forte exalação. O SAH, se pronuncia como TSÁ.

TAGARELICE INTERIOR E CANÇÃO PSICOLÓGICA



Trecho do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária” do V.M. Samael Aun Weor, aliás leitura indispensável para quem quer iniciar um trabalho sério sobre si mesmo. Porém, não basta ler o livro e entende-lo somente com a mente. Para uma integral compreensão desta maravilhosa obra do Esoterismo Prático é necessário que o neófito o compreende com as faculdades da alma, quero me referir àquelas da alma. Ou seja, o aprendiz deve comprava-lo em si mesmo, através da prática direta, da reflexão profunda e da meditação serena:
“Resulta urgente, inadiável, impostergável observar a tagarelice interior e o lugar preciso de onde provém.
Inquestionavelmente, a tagarelice interior equivocada é a “causa causo rum” de muitos estados psíquicos inarmônicos e desagradáveis no presente e também no futuro.
Obviamente, esse vão palavrório insubstancial de charla ambígua e, em geral, toda consersa prejudicial, daninha, absurda, manifestada no mundo exterior tem sua origem na conversação interior equivocada.
Sabe-se que existe, na Gnose, a prática esotérica do silêncio interior; isto o conhecem nossos discípulos de terceira câmara.
Não é demais dizer, com inteira claridade, que o silêncio interior deve referir-se especificamente a algo muito preciso e definido.
Quando o processo do pensar se esgota intencionalmente, durante a meditação interior profunda, consegue-se o silêncio interior; mas não é isto o que queremos explicar no presente capítulo.
Esvaziar a mente, ou pô-la em branco, para conseguir realmente o silêncio interior, tampouco é o que intentamos explicar agora nestes parágrafos.
Praticar o silêncio interior a que nos estamos referindo tampouco significa impedir que algo penetre na mente.
Realmente estamos falando agora de um tipo de silêncio interior muito diferente. Não se trata de algo vago e geral...
Queremos praticar o silêncio interior em relação com algo que já esteja na mente; pessoa, acontecimento, assunto próprio ou alheio, o que nos contaram, o que fez fulano, etc., porém, sem tocá-lo com a língua interior, sem discurso íntimo.
Aprender a calar não somente com a língua exterior, mas também, além disso, com a língua secreta, interna, resulta extraordinário, maravilhoso.
Muitos calam exteriormente, mas com sua língua interior esfolam vivo ao próximo. A tagarelice interior, venenosa e malévola, produz confusão interior.
Se observamos a tagarelice interior equivocada, veremos que está feita de meias verdades, ou de verdades que se relacionam entre si de um modo mais ou menos incorreto, ou algo que se agregou ou se omitiu.
Desgraçadamente, nossa vida emocional se fundamenta, exclusivamente, na auto-simpatia.
Para o cúmulo de tanta infâmia, só simpatizamos conosco mesmos, com nosso tão querido ego; e sentimos antipatia e até ódio daqueles que não simpatizam conosco.
Nós nos queremos demasiado a nós mesmos; somos narcisistas em cem por cento. Isto é irrefutável, irrebatível.
Enquanto continuemos engarrafados na auto-simpatia, qualquer desenvolvimento do
Ser se faz algo mais que impossível.
Necessitamos aprender a ver o ponto de vista alheio. É urgente saber pôr-nos na posição dos outros.
“Assim é que, todas as coisas que queirais que os homens façam convosco, assim, também, fazei-o vós com eles” (Matheus VII, 12).
O que verdadeiramente conta nestes estudos é a maneira como os homens se comportam interna e invisivelmente uns com os outros.
Desafortunadamente e ainda que sejamos muito corteses e até sinceros, às vezes, não há dúvida de que, invisível e internamente, nos tratamos muito mal uns aos outros.
Pessoas, aparentemente muito bondosas, arrastam diariamente seus semelhantes até a cova secreta de si mesmos para fazer, com estes todos os seus caprichos (vexames, burla, escárnio, etc.).”
“Chegou o momento de refletir muito seriamente sobre isso que se chama consideração interna.
Não cabe a menor dúvida sobre o aspecto desastroso da autoconsideração íntima, esta, além de hipnotizar a Consciência, nos faz perder muitíssima energia.
Se a pessoa não cometesse o erro de identificar-se tanto consigo mesma, a autoconsideração interior seria algo mais que impossível.
Quando alguém se identifica consigo mesmo, que-se demasiado, sente piedade por si mesmo, autoconsidera-se; pensa que sempre se portou muito bem com fulano, com sicrano, com a mulher, comos filhos, etc. e que ninguém o soube apreciar, etc. Conclusão: É um santo e todos os demais, uns malvados, uns velhacos.
Uma das formas mais comuns de autoconsideração íntima é a preocupação pelo que outros possam pensar sobre nós mesmos; talvez suponham que não somos honrados, sinceros, verídicos, valente, etc.
O mais curioso de tudo isso é que ignoramos, lamentavelmente, a enorme perda de energia que esse tipo de preocupação nos traz.
Muitas atitudes hostis para com certas pessoas que nenhum mal nos fizeram são devidas, precisamente, a tais preocupações nascidas da autoconsideração íntima.
Nestas circunstâncias, querendo-se tanto a si mesmo, autoconsiderando-se deste modo, é claro que o eu, ou, melhor dizendo, os eus, em vez de se extinguirem, fortificam-se, então, espantosamente.
Identificado consigo mesmo, apieda-se muito de sua própria situação e até se põe a fazer contas.
Assim é como pensa que fulano, que sicrano, que o compadre, que a comadre, que o vizinho, que o patrão, que o amigo, etc., etc., etc., não lhe pagaram como deviam, apesar de suas conhecidas bondades e, engarrafado nisso, torna-se insuportável e aborrecedor para todo mundo.
Com um sujeito assim, praticamente não se pode falar, porque qualquer conversação, seguramente vai parar em seu livrinho de contas e em seus tão cacarejados sofrimentos.
Escrito está que, no trabalho esotérico gnóstico, só é possível o crescimento anímico mediante o perdão aos outros.
Se alguém vive de instante em instante, de momento em momento, sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, sempre com sua mesma canção, nada poderá crescer em seu interior.
A oração do Senhor disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos a nossos devedores.”
O sentimento de que nos devem, a dor pelos males que outros nos causaram, etc., detém todo progresso interior da alma.
Jesus, o Grande Kabir, disse: “Põe-te de acordo com teu adversário sem demora, enquanto estás com ele no caminho, para que não suceda que o adversário te entregue ao juiz e o juiz, ao ministro e sejas posto no cárcere. Por certo te digo que não sairás dali, até que pagues até o último ceitil” (Matheus V, 25,26).
Se nos devem, devemos. Se exigimos que nos paguem até o último denário, devemos pagar, antes, até o último ceitil.
Esta é a lei do Talião: “Olho por olho e dente por dente.” Círculo vicioso, absurdo.
As desculpas, a plena satisfação e as humilhações que de outros exigimos pelos males que nos causaram também de nós nos são exigidas, ainda que nos consideremos mansas ovelhas.
Colocar-se sob leis desnecessárias é absurdo; melhor é colocar-se a si mesmo sob novas influências.
A lei da misericórdia é um influência mais elevada que a lei do homem violento: “Olho por olho, dente por dente.”
É urgente, indispensável, inadiável, colocar-nos inteligentemente sob as influências maravilhosas do trabalho esotérico gnóstico; esquecer que nos devem e eliminar, em nossa psique, qualquer forma de autoconsideração.
Jamis devemos admitir, dentro de nós, sentimenos de vingança, ressentimento, emoções negativas, aniedades pelos mães que nos causaram, violência, inveja, incessante recordação de dívidas, etc., etc., etc.
A Gnose é destinada àqueles aspirantes sinceros que verdadeiramente queiram trabalhar e mudar.
Se observamos as pessoas, podemos evidenciar, de forma direta, que cada pessoa tem sua própria canção.
Cada qual canta sua própria canção psicológica; quero referir-me, de forma enfática, a essa questão das contas psicológicas: sentir que nos devem; queixar-se, autoconsiderar-se, etc.
Às vezes, a pessoa conta sua canção, assim porque sim, sem que se lhe dê corda, sem que se a estimule e, em outras ocasiões, depois de umas quantas taças de vinho...
Nós dizemos que nossa aborrecedora conção deve ser eliminada; esta nos incapacita interiormente; rouba-nos muita energia.
Em questões de Psicologia Revolucionária, alguém que canta muito bem - não nos referimos à formosa voz, nem ao canto físico - certamente não pode ir mais além de si mesmo; fica no passado...
Uma pessoa, impedida por tristes canções, não pode mudar seu nível de Ser; não pode ir mais além do que é.
Para passar a um nível superior do Ser, é preciso deixar de ser o que se é. Necessitamos não ser o que somos.
Se continuamos sendo o que somos, nunca poderemos passar a um nível superior de Ser.
No terreno da vida prática, sucedem coisas insólitas. Amiúde, uma pessoa qualquer trava amizade com outra, só porque é fácil cantar-lhe sua canção.
Desafortunadamente, tal classe de relações termina quando ao cantor se pede que se cale, que mude o disco, que fale de outra coisa, etc.
Então, o cantor ressentido se vai em busca de um novo amigo; de alguém que esteja disposto a escutá-lo por tempo indefinido.
Compreensão exige o cantor. Alguém que o compreenda, como se fosse fácil compreender outra pessoa.
Para compreender a outra pessoa é preciso compreender-se a si mesmo. Desafortunadamente, o bom cantor crê que compreende a si mesmo.
São muitos os cantores decepcionados que cantam a canção de não serem compreendidos e sonham com um mundo maravilhoso onde eles são as figuras centrais.
Contudo, nem todos os cantores são públicos; também existem os reservados; não cantam sua canção diretamente, mas secretamente a cantam.
São pessoas que trabalham muito, que sofreram demasiado, sentem-se defraudadas, pensam que a vida lhes deve tudo aquilo que nucnca foram capazes de conseguir.
Sentem comumente uma tristeza interior, uma sensação de monotonia e espantoso aborrecimento; cansaço íntimo ou frustração em cujo redor se amontoam os pensamentos.
Inquestionavelmente, as canções secretas nos fecham a passagem no caminho da auto-realização íntima do Ser.
Desgraçadamente, tais canções interiores secretas passam despercebidas para nós mesmos, a menos que intencionalmente as observemos.
Obviamente, toda observação de si deixa penetrar a luz em nós mesmos, em nossas profundidades íntimas.
Nenhuma mudança interior poderia ocorrer em nossa psique, a menos que sema levada à luz da observação de si.
É indispensável observar-se a si mesmo estando só, do mesmo modo que ao estar em relação com as pessoas.
Quando alguém está só, eus muito diferentes, pensamentos muito distintos, emoções negativas, etc., se apresentam.
Nem sempre se está bem acompanhado quando se está só. É apenas normal, é muito natural estar muito mal acompanhado em plena solidão. Os eus mais negativos e perigosos se apresentam quando se está só.
Se queremos transformar-nos radicalmente, necessitamos sacrificar nossos próprias sofrimentos.
Muitas vezes expressamos nossos sentimentos em canções articuladas ou inarticuladas.”
 
 
 
 
RECAPTULANDO:
- A tagarelice interior é filha do ego;
- Remédios: - auto-observação;
- morte em marcha;
- silêncio interior;
- saber ver o ponto de vista alheio;
- se colocar no lugar do outro;
- aprender a perdoar (o verdadeiro perdão vem do coração);
- devemos aprender a diferenciar a fantasia dos projetos, e que devemos projetar as coisas conscientemente em lugar e hora apropriadas;
- muitas vezes a tagarelice interior vem do fato de nos acharmos mais sábios dentro do conhecimento interior do que os outros;
- a sabichonice é outro defeito psicológico caracterizado por se sentir que sabe tudo, nunca se deixa de responder à uma questão, mesmo que erroneamente;
- canção psicológica é uma ladainha constante gerada por um conjunto de defeitos que impede a evolução espiritual (estanca as pessoas);
- somente com os três fatores de revolução da consciência (MORRER, NASCER E SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE) é que poderemos nos auto-analizar a fundo, tendo os meios para se poder erradicar da alma estes defeitos;
- nesta conferência é interessante nos lembrarmos da simbologia dos dois ladrões que foram crucificados junto com o Cristo: - o mau ladrão é o ego que rouba a energia sexual para dar vasão à todo tipo de teorias, projetos egoicos, desejos, etc.
- o bom ladrão é aquele que rouba a energia sexual para regenerar-se e para criar seus corpos solares.

ESTADOS E EVENTOS

 
 
 
Exterior
Interior
Observação
-
Conhecimento exterior baseado nos cinco sentidos
Auto-observação
-
Conhecimento interior baseado no sentido da auto-observação*
EVENTOS
ESTADOS

* este sentido que nos possibilita perceber os diferentes
“sabores psicológicos”, daquilo que se passa no nosso
Inteiro.
 


“Combinar estados interiores com acontecimentos exteriores de foram correta é saber viver inteligentemente.
Qualquer evento inteligentemente vivenciado exige seu correspondente estado interior específico...
Porém, desafortunadamente, as pessoas, quando revisam sua vida, pensam que esta, em si mesma, está constituída exclusivamente por eventos exteriores...
Pobres pessoas! Pensam que se tal ou qual acontecimento não lhes houvesse sucedido, sua vida teria sido melhor...
Supõem que a sorte lhes saiu ao encontro e que perderam a oportunidade de serem felizes...
Lamentam o perdido; choram o que desprezaram; gemem, recordando os velhos tropeços e calamidades...
Não se querem dar conta as pessoas que vegetar não é viver e que a capacidade para existir conscientemente depende exclusivamente da qualidade dos estados interiores da alma...
Não importa, certamente, quão formosos sejam os acontecimentos externos da vida, se não nos encontramos, em tais momentos, no estado inteiro apropriado; os melhores eventos podem parecer-nos monótonos, cansativos ou simplesmente aborrecedores...
Alguém aguarda com ansiedade a festa de bodas. É um acontecimento; mas, poderia suceder que estivesse tão preocupado no momento preciso do evento que realmente não encontrasse nele nenhum deleite e que tudo aquilo se tornasse tão árido e frio com um protocolo...
A experiência nos ensinou que nem todas as pessoas que assistem a um banquete ou a um baile se deleitam de verdade...
Nunca falta um aborrecido no melhor dos festejos e as peças mais deliciosas alegram a uns e fazem chorar a outros...
Muito raras são as pessoas que sabem combinar conscientemente o evento externo com o estado interno apropriado...
É lamentável que as pessoas não saibam viver conscientemente; choram quando devem rir e riem quando devem chorar...
Controle é diferente. O Sávio pode estar alegre, mas nunca jamais cheio de louco frenesi; triste, porém, nunca desesperado e abatido... Sereno no meio da violência; abstêmio na orgia; casto, entre a luxúria, etc.
As pessoas melancólicas e pessimistas pensam da vida o pior e, francamente, não desejam viver...
Todos os dias vemos pessoas que não somente são infelizes, senão que, além disso, e o que é pior, fazem tamvém amarga a vida dos demais...
Pessoas assim não mudariam nem vivendo diariamente de festa em festa; a enfermidade psicológica levam-na em seu interior... Tais pessoas possuem estados íntimos definitivamente perversos...
Não obstante, esses sujeitos se autoqualificam como justos, santos, virtuosos, nobres, serviçais, mártires, etc., etc., etc...
São pessoas que se autoconsideram demasiado; pessoas que se querem muito a si mesmas...
Indivíduos que se apiedam muito de si mesmos e que sempre buscam escapatórias para iludir suas próprias responsabilidades...
Pessoas assim estão acostumadas às emoções inferiores e é ostensível que, por tal motivo, criam diariamente elementos psíquicos infra-humanos.
Os eventos desgraçados, revezes de fortuna, misérias, dívidas, problemas, etc., são exclusividade daquelas pessoas que não sabem viver...
Qualquer um pode formar uma rica cultura intelectual; mas são muito poucas as pessoas que aprenderam a viver retamente...
Quando queremos separar os eventos exteriores dos estados interiores da Consciência, demonstramos concretamente nossa incapacidade para existir dignamente.
Aqueles que aprendem a combinar conscientemente eventos exteriores e estados interiores marcham pelo caminho do êxito...”





AUTO-OBSERVAÇÃO


Para se viver sabiamente de deixarmos de ser vítimas das circunstâncias é que a Gnose apresente estas conferências.
Com o trabalho com os três fatores de revolução da consciência é possível eliminar os defeitos que nos fazem não sabermos combinar estados e eventos. Com a eliminação do defeito, quem passará a receber as impressões é a Essência e Ela sempre nos dá o Estado adequado para nos posicionarmos nos inúmeros Eventos (agradáveis ou desagradáveis).
Reagir com a Essência aos Eventos Exteriores não quer dizer que devemos aceitar tudo passivamente, mas sim o contrário, pois a Essência e a alma são cem por cento Ativas.
 
 
 
RECAPTULANDO
- ESTADOS são interiores: por exemplo, estamos tristes, alegres, etc.
- EVENTOS são exteriores: por exemplo, uma doença, uma festa, etc.
- devido à nossa falta de sabedoria, muitas vezes os Eventos não estão de acordo com os Estados.
- através da AUTO-OBSERVAÇÃO nos damos conta que ante os acontecimentos da vida reacionamos, ou seja, algum ‘eu’ se manifesta. É nessa hora que devemos aproveitar as diversas circunstâncias da vida para nos conhecermos tal qual somos e trabalharmos sobre nós mesmos com a clara intenção de aprendermos a viver retamente, para isso a MOTE EM MARCHA nos ajuda a estabelecer em nossa alma a perfeição, eliminando de nosso interior os estados equivocados;
- uma dica que se nos dão para combinarmos Estados e Eventos é identificarmos dentro de nós as fantasias, para não nos identificarmos com elas; bem como não desejarmos que as coisas sigam exatamente como os nossos planos, ou seja, não desejarmos que as coisas sejam mecânicas, porém isso não quer dizer que não seja conveniente projetar conscientemente o futuro. Isso é fundamental. O que se quer dizer aqui é para não lutarmos contra as adversidades da vida, ou seja, caso um problema não tenham solução, não devemos nos preocupar com ele; se acaso tiver solução, solucionemos, pois, sem nos preocuparmos com ele;
- necessitamos viver de instante em instante. A vida é um eterno agora;
- Combinar Estados e Eventos é posicionarmos serenamente nossa alma com a intenção de não nos identificarmos com nossas reações mecânicas, buscando a paz interior de nossa Mãe Divina e a sabedoria de Nosso Pai Íntimo que está em secreto, os quais se encontram um pouco mais além da mente;
- lembremos que tudo tem os dois lados; portanto para combinarmos estados e evento necessitamos olhar os dois lados da moeda, auto-observando a nós mesmos, percebendo quais eus estão se manifestando naqueles momento;
- com a eliminação do defeito, quem passará a receber as impressões é a Essência e Ela sempre nos dá o Estado adequado para nos posicionarmos nos inúmeros Eventos (agradáveis ou desagradáveis).
Do livro Tratado de Psicologia revolucionária de V.M. Samael Aun Weor:

TÉCNICA PARA O DESDOBRAMENTO ASTRAL - O SALTINHO



Lembremos, antes de mais nada, que os sonhos comuns e correntes são projeções do subconsciente e do inconsciente, devido a desejos insatisfeitos, atos mecânicos do dia-a-dia, etc. Não obstante, a principal função dos sonhos é a comunicação das nossas partes internas, ou seja, do nosso Pai que está em secreto e nossa Mãe Divina, conosco. Porém, sequer nos lembramos dos sonhos, em virtude da nossa falta de consciência.
Isso se dá porque também andamos inconscientes no mundo físico. Para comprovar este dito, basta tentarmos nos recordar de um trajeto qualquer que fizemos, para então nos darmos conta de que não nos lembramos da maioria dos detalhes dele. Se formos um pouco mais além, nos daremos conta que estivemos sonhando a maior parte do percurso; tagarelando interiormente; continuando a conversa interiormente com alguém que já não estava ali; projetando sonhos impossíveis, fantasiando; nos sentindo ou simplesmente desejando algo que não nos é necessário, que não nos cabe etc.
Necessitamos com urgência máxima DESPERTARMOS no mundo físico para conseguirmos naturalmente despertarmos também na quinta dimensão. Estudem o tema intitulado “Método para o despertar da consciência”.
A técnica do SALTINHO para o desdobramento astral constitui-se de dois momentos. Um deles no mundo físico. O outro é o despertar no mundo astral.
No mundo físico, esta técnica consistem em dar um saltinho com a intenção de flutuar, toda a vez que virmos algo insólito, incomum. Para isso é necessário que nos utilizemos de duas qualidades da alma. Quero me referir à capacidade de assombro e a reflexão serena e consciente. Deste modo, ao presenciarmos algo insólito, e nos assombrando diante deles, não nos identifiquemos, no entanto, com ele, mas, por outro lado, reflitamos se este tipo de fenômeno poderia acontecer no astral ou seria exclusivo do mundo físico. Lembremos que a sensação do astral é como se estivéssemos no físico e vice e versa, em termos de consciência. O próximo passo é darmos aquele saltinho com a intenção de voar. Não é necessário que saltemos na frente das outras pessoas. Podemos nos retirar para algum lugar reservado e aí sim saltemos com a clara intenção de voar. Se voarmos estamos no astral. Se não, estaremos no mundo físico. Com a repetição desse sistema no mundo físico, fatalmente voltaremos a refaze-lo no mundo astral e se o choque que dermos na consciência ao refletirmos nestes termos: isso não estava aí... Eu estou no físico ou no astral? (olhando à nossa volta, com sinceridade) - dará resultados.
Lembremos que o assombro se torna natural quando aprendemos a ver as coisas como se fossem a primeira vez. E isso é atingível ao perseverarmos na prática da RECORDAÇÃO DE NÓS MESMOS, conforme ensinamos lições atrás, bem como, e principalmente, quando perseverarmos nas práticas com os três fatores de revolução da consciência. Como sabemos, nos estamos referindo ao morrer, nascer e sacrifício pela humanidade. Quando morremos em nós mesmos vamos adquirindo as virtudes da alma. Por exemplo, quando morre o ódio e a ira, surge o AMOR. Quando trabalhamos com o segundo fator, o nascer, vamos criando paulatinamente os corpos supra sensíveis, entre eles o astral solar, o qual nos confere a consciência plena no mundo astral. Com o terceiro fator, sacrifício pela humanidade, nos vamos dando conta que devemos fazer as coisas pelos outros, por AMOR. Lembremos dos ensinamentos do Cristo: “aquele que quer salvar sua alma a perderá, mas aquele que a perder por mim, ganhará o reino dos céus.”
Outro procedimento fundamental para o desenvolvimento das percepções e conscientização do subconsciente é a recordação dos sonhos. Mas, cuidado, pois ao recordarmos os sonhos devemos nos por em posição de auto-observação, com a intenção de nos descobrirmos, pois se não nos identificamos com eles e não captamos os atores dos nossos sonhos. Assim, ao nos darmos por acordados, não movamos nenhum músculo e passemos a rememorar todo o sonhado. Atentem para os sonhos com características especiais de lucidez. Outra espécie de sonhos que nos são favoráveis são aqueles que se repetem com freqüência. Estes sonhos podem nos ser propícios para o despertar no mundo astral. A técnica consistem em ao estarmos sonhado esses sonhos repetitivos, nos devemos lembrar que aquele é o tal sonho repetitivo, e se assim o é, logo estamos em astral. Assim, está dado o choque na consciência. Logo, devemos dar uma olhada ao redor e nos posicionarmos em estado de concentração e auto-observação, nos sentindo aqui e agora, conscientes.
O DESDOBRAMENTO ASTRAL e a MORTE DO EU PSICOLÓGICO são os primeiros exercícios exigidos pelos Mestres. Nos empenhemos para nos desdobrarmos em astral, pois é no mundo astral que se encontram os grandes Mestres da Fraternidade Branca. Juntemo-nos, pois a eles, formando essa parede, para ajudar a humanidade a encontrar o caminho da luz.
 
 
 
RECAPTULANDO
- sonhos: projeções inconscientes e subconscientes, devido a desejos insatisfeitos, atos mecânicos do dia-a-dia, etc.
- a principal função dos sonhos era para ser a comunicação das nossas partes internas conosco;
- despertar no mundo físico é fundamental para se despertar no Astral;
- a técnica do saltinho, consiste em dar um choque na essência; depois do assombro (encantamento), não nos identificarmos com a coisa em si, e REFLETIRMOS conscientemente: o que é isso? Eu estou no físico ou no astral?; depois dar um saltinho com a intenção de voar; se voarmos estamos no astral, se não, estamos no físico;
- o trabalho com os três fatores de revolução da consciência - morrer, nascer e sacrifício pela humanidade - nos possibilita o surgimento das virtudes da alma, bem como a ampliação e o despertar da consciência, fazendo com que os sonhos sejam cada vez mais lúcidos e conscientes;

FANATISMO E MITOMANIA



Essa conferência é para nos alertar a respeito de dois defeitos psicológicos que nos podem estancar irremediavelmente no desenvolvimento espiritual, culminado por nos tirar da senda, caso não nos corrijamos nestes pontos. O fanatismo e a mitomania, ou a mentira, devem ser observados judiciosamente, ou seja, conhecidos dentro de nós mesmos tais quais eles são, com o claro e único objetivo de eliminarmo-lo de nossas psiques, rogando a Mãe Divina para que assim o faça, e, ativamente, concentrando-nos neles, tratando de fazê-los sumir de nossos mundos interiores. O passivo nada consegue no trabalho esotérico.
Lembremos que os apontamentos que fazemos nesta conferência serve somente para aclarar as manifestações exteriores destes dois defeitos, o que, de maneira nenhuma, substitui a conhecida auto-observação, a qual subtende a captura real do ‘sabor psicológico’, com o sentido da auto-observação, pois somente assim conheceremos a mitomania e o fanatismo.
Acreditar sem levar as coisas à comprovação acaba por nos tornar fanáticos.
Outra característica do fanático é aquele que por ouvir falar que um defeito é ‘assim ou assado’ se enche de regras, sem comprrende-los a fundo. Ou seja, aquele que muda exteriormente e não muda internamente de fato. Lembremos que a característica destes trabalhos que a Gnose ensina é nos fazer mudar a própria alma e não acumular mais maneiras e manias às já existentes. O intuito da Gnose é nos fazer Livres.
O fanático tende a olhar mais para os outros do que para si mesmo.
Também é característica dos fanáticos o fato de quererem se mostrar tal qual eles não são. Ou seja, são aqueles que se fazem parecer puros, mas não o são de verdade.
Aqueles que tentam falsificar os próprios sentimentos estão se enganando e sendo fanáticos, acreditando que aquele seria o sentimento ideal, porém se não compreenderam a questão, sem tentar se conhecer para eliminar de fato o defeito que não permite que a alma atinja o nível de ser superior e se torne livre de tais engarrafamentos. Esclareçamos definitivamente que a prática da Transformação das Impressões e a combinação de estados com eventos são muito úteis, porém, de nada servem sem a morte do eu e a compreensão de tudo que envolve a questão do defeito intruso. É a alma, conhecedora do real que posiciona a alma, e observa e compreende os defeitos e não a mente. A mente acredita em algo. A alma compreende a realidade das coisas.
Isso de somente falar em Gnose, que minha escola é melhor que as outras... O orgulho aliada às crenças torna o fanático bem característico. Ninguém precisa saber que estamos trabalhando sobre nós mesmos. As coisas da vida devem transcorrer de maneira sempre natural. Lembremos, pois, que recordação de si é o mesmo que dizer: viver com o coração tranqüilo e a mente calada, empunhando a vontade conscientemente, com a atenção voltada para dentro de nós mesmos e concentrados no que estamos fazendo, completamente cônscios de onde estamos. Parece tudo muito difícil para se fazer ao mesmo tempo. Parece até impossível. Mas, aos poucos, conforme se vão estabelecendo e se desenvolvendo certas capacidades em nós mesmos, tais quais o sentido da auto observação, por exemplo, entre outros, o sabor trabalho vai sendo compreendido. É como um olograma. Ou quando se começa a aprender a tocar piano, mas aos poucos...
A MITOMANIA, ou EU MENTIROSO, é o nome dado a certos grupos de defeitos característicos dos orgulhosos, que se utilizam da mentira para se fazerem sentir. São aqueles que se crêem superiores, se imaginam internamente super-heróis, etc. Muitos deles se apresentam como Mestres cheios de poderes, contam acontecimentos fantásticos, etc... Quando na verdade não o são.
Os mitômanos são filhos do ego da vontade aparecer, de serem reconhecidos, etc. Quando bem sabemos que o ego do enaltecimento é somente o contrário do ego do se sentir inferior. Na Gnose não existe alta ou baixa estima, tudo é amor e verdade o tempo integral. Para isso basta nos recordarmos de nós mesmos, ou seja, quanto mais próximos estivermos de nossa alma, mais próximos estaremos da felicidade, com a condição de eliminarmos radicalmente o ego, o mim mesmo de nosso mundo interior. Somente o ego se sente orgulhoso ou desprezado. A alma somente ama.
Um detalhe de tal defeito é a vontade de contar para todo mundo, sem nenhuma necessidade, por puro orgulho, o resultados das nossas práticas.
Jesus falava que era filho de Deus porque realmente era. Não presume-se nem uma ponta de orgulho ou falta de objetivo nas suas palavras. Agora, para nós que não somos mestres, ou que estamos apenas iniciando um trabalho sobre nós mesmos, não nos devemos orgulhar. Que fique bem claro que o trabalho todo que realizamos sobre nós mesmos, não é para nós, é sim para Deus. Ele, o Pai, quem nascerá em nós. Nós, nosso ego, apenas tem que morrer para que nos possamos Religar com Ele. Então devemos nos orgulhar de que? Nós não somos nada. Deus é tudo! Se nós não morrermos Ele não pode nascer. ‘Se o germe não morre, a planta não nasce’. São bilhões e bilhões de estrelas no firmamento, cada uma delas uma criação de algum Cosmocrator, e nós apenas nos orgulhando de iniciarmos uma obrinha que ainda nem merece atenção dos Deuses! Nós somos apenas servos de Deus... “Amar a Deus ante todas as coisas“, eis o primeiro mandamento.

Por tudo isso devemos trabalhar sempre e muito com a morte do mim mesmo. Para tal, como bem já mencionamos, precisamos ter a atenção voltada para dentro de nós mesmo, com o coração traquilo e a mente calada, ou seja, em recordação de nós mesmos. São através dos pequenos detalhes que os egos se alimentam - devemos ter muita atenção nisto! O trabalho com os detalhes são cruciais para que os egos morram. Assim, a auto-observação, aliada à compreensão é fundamental para nos tornarmos livres do ego do fanatismo e da mitomania.
Também é fundamental que entendamos: o livre arbítrio é uma Lei Sagrada; de maneira que devemos ter em conta essa Lei e respeitar o livre-arbítrio dos outros, respeitando-os.
Os Gnósticos também não se metem em discussões teóricas, muito menos as acaloradas. As teorias são somente teorias e o que o gnóstico busca é a verdade e a vida. Muitas poucas pessoas sabem ouvir, e muitas não discutem para aprender o ponto dos outros, mas apenas para exercitarem o eu da disputa. Devemos prestar muita atenção nesse ‘eu’ da disputa, ele tem infinitas ramificações espalhadas por diversas vertentes de nosso dia-a-dia.
O gnóstico não é estranho, esquisito, e nem se deve sentir superior às demais pessoas. O ego nada sabe, deste modo, de que nos devemos sentir superiores. Quem se sente superior é o ego. A alma simplesmente é. Ela somente sabe amar. Deus sabe tudo. Recordemos de nós mesmos, pois, compreendamos a nós mesmos, para podermos compreender aos outros e amá-los e respeitá-los. O exercício da reflexão serena é fundamental para que o ego não se deixe engarrafar pela mente. A mente pensa que tudo sabe. A alma apalpa a verdade em pleno movimento. A reflexão serena, baseada no coração tranqüilo, permite a luz, ou seja, o amor comece a penetrar na mente, porém, nunca nos esqueçamos que a verdade está alem dela. Assim, toda boa reflexão serena, termina com uma meditação profunda, mesclada com sono, ocasião em que, advindo o êxtase, a alma vivencia a verdade de tal assunto tal qual ele realmente é. Ou seja, nós, o ego e a mente, nada sabemos. Tudo o que teorizamos é mais ou menos equivocado; mais ou menos descontextualizado. Deus tudo sabe. Ele está muito mais além da mente. Ele é a verdade dentro de nós, pratiquemos muita meditação, diariamente, com o intuito de vivenciarmos a verdade. A meditação é a doutrina da mente. Com a meditação diária aprenderemos a utilizar esse instrumento fantástico, esse poder divino, que é a mente. Por enquanto, porém, o ego se utilizando da mente, tal qual hoje em dia acontece conosco, mal utilizamos esse instrumento, tanto na maneira, quanto no conteúdo; deste modo, prejudicamos a nós e aos demais.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

SEXOLOGIA


A energia sexual no ser humano tem duas funções principais: a geração e a regeneração. Nós os gnósticos nos ocupamos principalmente com o labor ‘regeneração‘.

            Como constatou Sigmund Freud “ o sexo em si é o centro de atividade de todas as atividades humanas“. Em volta do sexo giram todos os aspectos sociais da vida. Vejamos, por exemplo, um baile, uma festa, em volta do sexo gira toda ela. Num café gira tudo ao redor do sexo.
            Não obstante, a questão sexual tem sido pedra de tropeço para muitos e no geral, para cada individuo em particular, essa questão do amor e do sexo é um dilema.
            Durante os últimos períodos da história, nos referindo ao senso comum, o sexo ora foi considerada como tabu, ora com extrema leviandade. Ora desprezado, ora saciado vorazmente. Quando na verdade o sexo é a questão chave. Ele é o portal que tanto nos pode conduzir para cima ou para baixo.
            “Em verdade o sexo está no fundo de todas as religiões do mundo”.
            Toda a questão sexual reside na maneira como cada qual vivencia o sexo. E esse é o ponto crucial, onde ele, o sexo, se torna nossa porta de entrada, ou de saída. Podemos dizer que o homem é o resultado das mudanças da sua própria energia sexual, ou energia criadora. Essa energia é muito poderosa, nobre e sutil. A mais poderosa e sutil que possuímos. E, normalmente nós não damos o valor merecido a ela, simplesmente a vivenciando de forma mais ou menos inconsciente.
            Falando sem rodeios, diremos que o deleite é sim um prazer legítimo do homem, porém, não obstante, os devotos devem ser castos. Parece contraditório, não é!? De fato, não é... Houve um segredo, um modus operand, que esteve velado para o vulgo por séculos e séculos e agora com o advento da era de aquário podemos desvelá-lo. Esse é o ponto de equilíbrio, a razão, a base da auto-realização do Ser... Neste capítulo entenderão a fundo toda esta questão sexual e, então, tornar-se-á claro aquilo que um dia foi incompreensível.

            Podemos dividir a sexualidade em três níveis: INFRA-SEXO, SEXO NORMAL e SUPRA-SEXO.

Infra-sexualidade

            Por sua vez a infra-sexualidade é subdividida em dois extremos. Ou seja, aqueles que abusam do sexo e aqueles que rechaçam o sexo. Usando terminologia esotérica diremos que à esfera de Nahemah pertencem os fornicários; aqueles que abusam do sexo; as prostitutas; os sedutores, Casanovas, Gurus que seduzem suas devotas dizendo que vão praticar magia sexual com elas, quando apenas trata-se que questão de satisfação de desejos; as paixões fatais; etc, etc, etc. À esfera de Lilit pertencem os homosexuais; os masturbadores; os estupradores; aqueles que odeiam o sexo oposto; o sutil ódio ao sexo oposto dos tipos ‘Dom Juans’, que defraudam a mulher, violando-as com a cópula única, também se encaixam nesta esfera; os castradores (que cometem pecados contra a natureza); as mulheres que tomam anticoncepcionais, além de quem as incentiva, ou incentiva as esterilizações; os celibatários; sado masoquistas, etc.; bem como todos aqueles que rechaçam o sexo oposto... Todos estes estão indo contra a natureza da ‘Mãe Divina‘ e terão que inevitavelmente, a menos que se corrijam, adentrando na esfera luminosa da supra-sexualidade, passar pela fatal ‘morte-segunda’. Aqui não estamos falando de homofobia ou de preconceito, estamos falando de fatos. E fato é que aqueles que quiserem praticar magia sexual (o segundo fator - nascer) de acordo com os preceitos da Loja Branca terão que eliminar de suas psiques todos os ‘eus’ relacionados ao homossexualismo e ao celibatarismo e passarem a gostar, naturalmente, do sexo oposto, pois somente é possível despertar positivamente Nossa Serpente Sagrada, Divina Mãe Kundalini, quando nossos corpos, mentes e almas estiverem equilibrados e aprendermos a amar verdadeiramente o sexo oposto.
            Nahemah é a “MÃE dos ADULTÉRIOS”
            Lilit é a “MÃE dos ABORTOS”
            Na esfera de Nahemah estão os eus da vaidade, do orgulho, da fornicação; os festins, as bebedeiras, as orgias, as belezas que inebriam, as virgens sedutoras, as bigamias, os adultérios.
            Na de Lilit, os crimes mais bárbaros que estampam as crônicas policiais: estupros, lavagem de honra com sangue, infanticídios, etc.

Sexualidade Normal

            Versando agora sobre a sexualidade normal vamos primeiramente dar algumas explicações sobre as bases das relações dos casais em geral, chegando até os motivos das separações e dos adultérios, para depois conceituá-lo.
           
            O ser humano, como dissemos em lições anteriores, é animado por cinco tipos de energias distintas, cujas sedes são vórtices de energia. Os cinco centros da máquina humana são o sexual, o instintivo, o motor , o emocional e o intelectual. Deste modo, podemos dizer que cada pessoa, homem ou mulher, tem cada um destes centros girando em sentidos e velocidades distintas, ou melhor diremos, todos nós possuímos desequilibrados em maior ou menor grau e para um ou outro lado cada um dos nossos centros. Assim, encontrar duas pessoas que pensem à semelhança e na mesma velocidade já é difícil, pergunto: quanto difícil seria encontrar pessoas com os cinco centros acordes? Creio que já devem ter notado aonde quero chegar. Queridos amigos, a maioria dos casais não se complementam nos cincos centros. Assim, alguns se complementam no mundo sexual e instintivo, mas não nos centros motor, emocional e intelectual; outros se complementam no mundo intelectual, mas não no instintivo e assim por diante. Essa é infelizmente a principal causa dos descontentamentos e dos posteriores adultérios. Por outro lado, quero dizer que a complementação dos cincos centros formam casais relativamente felizes, porém com a condição de que seus temperamentos também sejam acordes. Não vamos nos aprofundar nesta questão dos temperamentos, tampouco falaremos mais na velocidade dos cinco centros. Daremos, agora, ênfase às paixões e ao desejo que são problemas fundamentais na busca pela felicidade, verdade e amor.

            Deixemos bem claro que estamos nos referindo à sexualidade normal. Isso é, ao relacionamento das pessoas comuns e correntes, ou seja, aquelas pessoas que não tomaram a rédea de suas vidas e continuam vítimas das circunstâncias; aqueles que não iniciaram um trabalho sério sobre si mesmos e que não buscam a verdade.

            Muitos e muitos erros de precipitação na escolha dos pares acontece por conta da ação do desejo e da paixão.
            O desejo é um fenômeno normal em todos os seres humanos, porém o erro é deixar ele tomar as decisões. O desejo não é sábio. Ele simplesmente está ali, porque é uma força da natureza. Inegavelmente ele é uma poderosa energia que deve ser, no entanto, domada para um uso sábio. A força instintiva de atração entre machos e fêmeas é grande, mas não é tudo. Os casais que se deixam levar pelo desejo sem conviverem antes o bastante para saberem se as partes se complementam nos cinco centros e nos temperamentos tendem a cometer erros que per si produzem dor. O desejo é representado pela fome que não se extingue ou pelo cão próximo a uma fêmea no cio separados por um portão. Para o cão, nestes instantes, aquela é o par ideal sem dúvida nenhuma. O mesmo acontece com os humanos que se deixam levar pelo desejo. O desejo, não obstante, pode ser igualmente representado como um cão  enorme quando está metido dentro de uma pessoa sábia, porém totalmente domado e a serviço de seu dono, na grande maioria do tempo fica sentado calmamente, esperando a voz de comando. Aqui tem sabedoria... Deste modo, os relacionamentos mais completos, dentro do mundo da sexualidade normal, são aqueles cujos pares não limitam suas relações ao campo do desejo, ou seja, são aquelas relações que transcendem o instintivo e o sexual e atingem a complementação no mundo dos movimentos, das emoções ,dos pensamentos e das vontades.
            Hoje em dia, muito infelizmente, temos em grande difusão o material pornográfico, que por si só, tende a limitar os relacionamentos apenas ao mundo sensual, o que agrava bastante a compreensão das pessoas ante à complexidade e amplitude dos relacionamentos entre homem e mulher.   
            As paixões, outra grave pedra de tropeço para a concretização de um harmônico relacionamento, são criações mentais que levam a pessoa a tirar seu centro de gravidade de dentro dela mesma, para pousar no outro. Não raro o apaixonado inventa sua própria paixão, embora sua principal característica seja a de limitar o indivíduo à valores mentais preestabelecidos e à questões de personalidade. E o apaixonado sofre antes de consumar a paixão, por ficar desmagnetizado, devido precisamente a gastar muita energia criadora inutilmente; sofre durante, por que os atos da pessoa não são exatamente os quais ela gostaria que fossem; e depois da paixão, pelo desencanto. E logo suas próprias carências afetivas vão inventar outro par ideal ou simplesmente supervalorizar pontos da personalidade de outro. Apenas uma pequena reflexão. Se uma pessoa não conhece nem a si mesmo, como poderá saber o que a complementa, aquilo que a faria feliz de verdade? O amor verdadeiro transcende muito as fronteiras da personalidade e da mente. Amor e paixão não tem nenhuma relação entre si. O inevitável carma daqueles que vivem de paixão em paixão é nascer com sua máquina despolarizada, ou seja, nasce um invertido.

            Muitos e muitos casais adquirem matrimônio de maneira precipitada por causa do desejo ou da paixão e sofrem e fazem sofrer. Alguns chegam a dizer que perderam sua individualidade, simplesmente porque seus pares não se completam e acabam por travar verdadeiras batalhas muitas vezes em pontos inconciliáveis, seja mental, emocional ou como conseqüências de graves defeitos psicológicos recorrentes. Porém, essa compreensível sensação de insatisfação no matrimônio não é de maneira nenhuma verdade. Daí tiramos uma questão importante: como pode alguém dizer que perdeu sua individualidade se o ser humano atual não tem individualidade alguma? Os egos são a desordem, o equívoco, os valores mil; eles são multiplicidade absoluta, conflitantes muitas vezes dentro de nós mesmos. Observem, pois, o que amiúde nos ocorre: ora queremos uma coisa, depois não mais a queremos; ora pensamos assim, ora é o oposto que nos convém; ora juramos de pés juntos amor eterno à Amélia, na semana seguinte amamos já a Teresa. Etc. Não somente para estas pessoas, como para todos nós, valerá mais a pena nos auto-observarmos a fundo com o propósito de nos descobrirmos e em seguida eliminarmos nossos infinitos defeitos psicológicos, pois esses sim, são as verdadeiras causas dos nossos sofrimentos.

            Muitos hoje em dia têm confundido a liberdade com o poder de dar vazão a todos os seus desejos, quando a verdadeira liberdade é não ser escravo de desejo algum. Liberdade é saber atuar conscientemente; cônscio antes, durante e das conseqüências do ato. Ser livre é ter domínio total de si mesmo, da própria mente e empunhar a vontade-consciência. A Liberdade somente a conhecemos de forma direta na ausência do ego.

            Como temos visto, o casamento sem a complementação dos cinco centros por si só já gera muitos problemas. Somado a isso está o simples e lastimável fato de que muitos se casam hoje em dia apenas para terem um lugar seguro para satisfazer os seus desejos sexuais; também pudera, com os meios de comunicação em geral veiculando incessantemente que devemos ser escravos dos desejos, juntamente com a quantidade enorme de material sensual e pornográfico, as pessoas tendem a limitar as relações ao instintivo-sexual, conforme já explicamos. A conseqüência inevitável do casamento baseado na consumação do desejo passa pela questão dos efeitos do abuso do sexo. O que vamos explicar é uma questão meramente do mundo dos fenômenos, porém, se mal compreendido, pode nos levar à sofrer. Fisicamente dois corpos quando se excitam demasiadamente ficam hipersensíveis e acabam por criar uma sensação de estresse, que culmina com a aversão. Hoje em dia nos dizem que tudo em excesso é bom, mas insisto em dizer que o equilíbrio é sempre melhor. A “pausa magnética criadora” é fundamental para o equilíbrio sexual do casal. Falaremos mais a respeito disso na lição 19. Mas, o vulgo que simplesmente abusa do sexo, ao não querer se dar conta desta pausa mínima necessária e insiste em efetuar nova cópula sem as condições perfeitamente adequadas de magnetismos entre os corpos e força o organismo, por causa da atuação de qualquer tipo de ‘ego’, acaba por criar uma atmosfera belicosa e explosiva no casal, gerando futuras brigas, apatias, aversões e impotências. É bastante normal hoje em dia que o casal em desequilíbrio deste tipo, procurem o auxilio dos métodos da sexologia moderna, que normalmente são infra-sexuais, e acabem por iniciar, infelizmente, sua senda no caminho da infra-sexualidade em definitivo. Aliás, esse é o caminho natural daqueles que estão hoje em dia no mundo da sexualidade normal, a menos que entrem no caminho da regeneração; isso se dá, pois ao longo da mecanicidade das existências, o organismo fatalmente se degenera, fazendo com que problemas, para mais ou para menos, inevitavelmente apareçam.
            Todas estas questões relacionadas aos relacionamentos parecem ser incompreensíveis para o vulgo. Eles vivem por que tem que viver e sofrem sem saber por quê. E é justamente neste ponto que estamos prontos para ingressar no tema da SUPRA-SEXUALIDADE com seu “Matrimônio Perfeito”. Antes, no entanto, vamos cumprir nossa promessa e definirmos a sexualidade normal. Sexualidade normal pode ser definida como a união sexual sem nenhum tipo de conflito, sem trava, medos ou exageros. Para tentar deixar mais claro, no entanto, esse assunto, vamos reproduzir um trecho de uma palestra do V.M. Samael Aun Weor:


“O que se entende por sexualidade normal? Entende-se por sexualidade normal, a atividade sexual que conduz, então, à reprodução da espécie...

... A sexualidade normal, em si, é bonita. Une-se o homem à própria mulher, amam-se, reproduzem a sua espécie, vivem uma vida mesurada, etc. Vivem, isso sim, de acordo com os interesses da natureza, de acordo com a economia da natureza.

     (Cada um de nós, somos uma maquininha -e isso não podemos negar- que capta determinadas espécies e subespécies de energia cósmica. Cada maquininha, ou seja, cada um de nós, depois de captar essas classes de energia cósmica ou universal, transforma tais energias automaticamente, subconscientemente e as retransmite às capas interiores da terra. Assim, pois, a Terra é um organismo vivo, um organismo que vive de nós.

     Não pretendo dizer-lhes com isso que as plantas não cumpram igual função; é claro que cada planta, segundo à espécie, capta tais ou quais classes de vibração cósmica, que depois transforma e retransmite às capas interiores da terra.

     Com relação aos organismos dos animais, acontece a mesma coisa. Eles captam tais ou quais classes de energias que transformam e retransmitem às capas interiores do organismo planetário. Em conclusão, a Terra é um organismo vivo.)

     Nós nos reproduzimos incessantemente com a sexualidade normal, isso é necessário para a economia da natureza. Além disso, o desfrute sexual é um desfrute legítimo do ser humano, não é um crime, não é um delito como supõem muitos insensatos, muitos mentecaptos, muitos pietistas, etc. Porém, hoje por hoje, nós com a nossa sexualidade normal vivemos de acordo com os interesses econômicos da natureza."

Para sermos um pouco mais severos com os significados dos conceitos, diremos que sexo normal hoje em dia basicamente não existe entre os seres humanos. Posto que o poder de criar conscientemente fatalmente se perdeu há muito tempo.


SUPRA-SEXUALIDADE
           
            A supra sexologia pode ser primariamente definida como o sábio uso da energia sexual. Nesse ato maravilhoso, que para o sábio remonta o Fiat lux  do primeiro instante, ou seja, o reencontro com as Forças primogênitas da Criação, o homem primeiro se regenera maravilhosamente, depois recria a si mesmo (renasce) e finda por fusionar-se com o SER. Porém isso somente é possível quando se tenha morrido em si mesmo. Morrendo o homúnculo racional, ou seja, eliminando nossos vícios e valores toscos (o ego), conforme temos ensinado, abriremos caminho para que a alma produza o renascer do homem autêntico, do homem-anjo, mediante a prática do segundo fator de revolução da consciência, o nascer, cujo método vamos ensinar detalhadamente em lições futuras. Lembremos que o objetivo da “Grande Obra” é tirar o centro de gravidade do ego, eliminando-o, e passá-lo para a alma, para o Ser.

 (isso quer dizer que nunca nos podemos esquecer de nós mesmos - prática da “recordação de si“. E que fique claro: nós somos a alma e não o ego - “Ser ou não Ser? Eis a questão“. Porém, esse é um processo longo. Não obstante, é o que nos cabe fazer a cada instante, ou seja, devemos buscar a paz dentro do nosso coração tranqüilo, posicionando nossa mente aqui e agora e, mediante o sentido da auto-observação, observar e eliminar nossos estados equivocados de consciência, a que temos chamado de ‘ego’. A prática da meditação, conforme temos dito, é fundamental para o conhecimento deste estado de consciência com o centro de gravidade definitivamente na alma,a que chamamos ‘recordação de si’).

            E assim como nós, homens nascidos da mulher, nascemos do sexo, não poderia ser diferente o nascimento do homem-anjo, do homem perfeito, ou seja, renascemos em nós mesmos através do sábio uso do sexo. Atentem bem a este trecho tirado da Bíblia:

“Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Mestre, sabemos que vieste de Deus para nos ensinar. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele.” Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade, te digo, quem não nascer do alto, não poderá ver o reino de Deus.” Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer?” Respondeu Jesus: “Em verdade, em verdade te digo, quem não nascer da água (do sêmem) e do Espírito (do Ser) não poderá entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te maravilhes que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer do alto. O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes donde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.” Replicou Nicodemos: “Como se pode fazer isso?” Disse Jesus: “És doutor em Israel e ignoras estas coisas!... Em verdade, em verdade te digo, dizemos o que sabemos, e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho. Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu. Como Moisés levantou a serpente no deserto (a Kundalini), assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo o homem que nele crer tenha a vida eterna.”

            O “sexo sagrado” dos homens santos somente é possível com o advento do MATRIMÔNIO PERFEITO. Jesus, Buda, Hermes, Conde Saint Germain, Moisés, entre muitos outros, todos foram absolutamente supra-sexuais. Não é possível entrar no reino dos céus sem o sábio uso das energias sexuais, sem a “MAGIA SEXUAL“, o sexo yoga. Devemos converter o sexo em uma forma de oração maravilhosa e divinal. As chaves do Reino dos Céus quem as porta é Pedro, a ’pedra’. Bem é sabido que simbologicamente entre os alquimistas a pedra é o símbolo do sexo. Todas as simbologias do Santo Graal, do elixir da longa vida, da mescla dos metais alquímicos, da cruz, do Tao, do ying e yang, etc. nos levam em última síntese à sábia união entre homem e mulher, ou seja, ao sexo.

            A magia sexual é algo muito difícil de se conseguir, pois requer o contato com nossa pureza interior profunda, requer, ainda, força de vontade suprema e o conhecimento e domínio completo da técnica correta. É uma busca paciente, mas definitiva. Ela nos proporcionará, no entanto, saúde, regeneração e a palavra de passe para entrarmos no reino dos Céus. Somente aqueles seres capazes de encontrar o amor verdadeiro obterão êxito nestas práticas. Mas isso não quer dizer que todos nós não tenhamos que começar do zero, pois se aguardássemos sermos mais puros para iniciarmos essa prática, ninguém de fato a começaria. A magia sexual com sua transmutação das energias sexuais, nos proporcionará a regeneração física, psíquica e anímica e nos despertará o “FOGO SAGRADO“. O FOGO SAGRADO,   ou seja, NOSSA DIVINA MÃE Kundalini quando desperta, nos confere o poder necessário para eliminar radicalmente nossos defeitos psicológicos mais arraigados; assim, caminha muito mais rápido o casado no processo de aniquilação do ego, do que o solteiro; sem mencionar que somente se chega a despertar os poderes da alma e a unir-se com Deus, aqueles que praticam magia sexual.

            O matrimônio perfeito é conseguido apenas pelas grandes almas e vai muito além da complementação dos cinco centros da máquina humana. Lembram-se que dissemos linhas acima sobre a velocidade dos cinco centros, relacionando-o com a felicidade no matrimônio? Pois bem, agora é hora de detalhar bem essa questão fundamental para o entendimento adequado da supra sexologia.
            “Somente encontra o amor aquele que eliminou de sua psique todo o egoísmos, toda a ira... ou seja, aquele que morreu em si mesmo.”

A complementação dos cincos centros é uma questão meramente mecânica, mecanicista. A supra sexologia, por sua parte é uma questão de revolução, ou seja, ultrapassa e muito a mera procura exterior. O matrimônio perfeito de que temos falado aqui vai além em demasia do encontrar um par que nos complemente nos cinco centros de energia. Ora, não é possível sermos felizes enquanto não sejamos sábios e não tenhamos encontrado o verdadeira amor. Isso fica evidente se dissermos que dois ladrões, por exemplo, que se complementem nos cinco centros como casal marido e mulher, ainda assim podem não ser felizes; isso se dá, pois a infelicidade brotará justamente de seus próprios egos, uma vez que tenderão a passar a perna e a cobiçar as qualidades um do outro, por exemplo; sem contar a própria infelicidade que brota do eterno desejar que produz os ‘egos’ de per si. Queremos dizer com esse simplório exemplo, que somente conseguirão estabelecer um matrimônio perfeito, dois seres que busquem a verdade, a justiça e o verdadeiro amor. Os cinco centros sendo mecânicos, estão em movimento, mudam, e assim sendo, para aqueles que iniciam um trabalho sério sobre si mesmos, tendem a equilibrarem-se lhe todos os centros. Assim, aqueles que limitam o matrimônio a encontrar o par que lhe corresponda nos cinco centros, não podem mudar nunca e isso é absurdo! A verdade não a possuímos, é uma questão de busca, o que nos obriga a mudarmos radicalmente. Se ambos buscam a verdade, a justiça e o verdadeiro amor, se encontrarão plenamente no futuro.
            Formulemos o seguinte conceito: o matrimônio perfeito é conseguido dentro de nós mesmos, através da busca interior profunda, o que requer tenacidade, paciência infinita e, sobretudo, o conhecimento e vivência real daquilo que se chama amor, compreensão, respeito e sabedoria, culminando com nossa união com Deus, o que nos trará a verdadeira felicidade eterna e abrasadora. A verdadeira felicidade está na nossa própria relação com Deus. O casamento das almas-gêmeas É o casamento da Alma Humana com a Alma Divina, que ocorre durante a GRANDE OBRA, dentro de nós mesmos. Aprender a buscar o amor dentro de nós mesmos é fundamental, se realmente quisermos adentrar no caminho do matrimônio perfeito. O sábio ama as flores, as pedra, a criação e também ama profundamente sua divina esposa. O matrimônio perfeito é a união de dois seres, onde um ama muito e o outro ama melhor. Transcreveremos para um melhor entendimento de todos o capítulo intitulado ‘O Amor’ do livro “O Matrimônio Perfeito” do V.M. Samael:

“Deus, como Pai, é SABEDORIA, Deus, como MÃE, é AMOR.
Deus, como Pai, reside no olho da Sabedoria. O olho da SABEDORIA se acha situado no entrecenho.
DEUS, como AMOR, acha-se no TEMPLO-CORAÇÃO.
SABEDORIA e AMOR são as duas colunas torais da GRANDE LOJA BRANCA.
AMAR, quanto é belo amar! Somente as grandes almas podem e sabem AMAR. O amor é ternura infinita... O amor é a vida que palpita em cada átomo. Como palpita em cada sol.
O Amor não pode ser definido, porque é a DIVINA MÃE DO MUNDO; é isso que advém a nós quando realmente estamos enamorados.
O AMOR é sentido no fundo do coração; é uma vivência deliciosa; é fogo que consome; é vinho divino, delírio daquele que o bebe...
...
... O matrimônio perfeito é a união de dois seres que, verdadeiramente, SABEM AMAR.
Para que haja verdadeiramente amor, é necessário que o homem e a mulher se adorem em todos os sete GRANDES PLANOS CÓSMICOS.
Para que haja AMOR, é necessário que exista uma verdadeira comunhão de almas nas três esferas do PENSAMENTO, SENTIMENTO e VONTADES.
Quando os dois seres vibram afins em seus pensamentos, sentimentos e volições, então o Matrimônio Perfeito se relaiza nos sete planos da Consciência Cósmica.”

(comentário: como temos dito, o ser humano é tricentrado, tricerebrado. Deste modo, diz o V.M. Rabolú, que para um gnóstico, serve uma gnóstica. Isso não quer dizer que se vá a casar com a primeira ou primeiro que apareçam. Têm que se conhecer, se admirar, que se tenham afeto é claro, não direi que se amem, pois o verdadeiro amor é inteiramente desconhecido para nós, e somente advirá com a eliminação do ego. Como dizíamos meus amigos de curso: “para um diabo, combina uma diaba“...)
...
“O matrimônio que se realiza sem amor, unicamente sobre bases de interesse econômico ou social, é realmente, um pecado contra o ESPÍRITO SANTO. Essa classe de matrimônios fracassa inevitavelmente.
Os enamorados, amiúde confundem o desejo com o amor; e o pior do caso é que se casam, crendo-se enamorados. Consumado o ato sexual, satisfeita a paixão carnal, vem, então, o desencanto, fica a terrível REALIDADE.
Os enamorados devem auto-analizar-se a si mesmos antes de casar, para saber se realmente estão enamorados. A paixão se confunde facilmente com o amor. O AMOR E O DESEJO SÃO ABSOLUTAMENTE OPOSTOS.

(quero explicar um pouco mais esse ponto. Para muitos pode parecer estranho ouvir dizer que desejo e amor são opostos. Afinal, está muito em voga hoje em dia que as pessoas se deixem consumar todas as suas taras, fantasias, desejos, etc, pois isso, dizem aqueles que nada sabem, traz a felicidade. È claro que a repressão sem eliminação trás desconforto interior. A eliminação dos agregados psíquicos é fundamental para se compreender a leveza e a liberdade sem fim que é o AMOR verdadeiro. O ato de satisfazer todos os desejo ao invés de trazer felicidade trás conseqüências desastrosas a curto, médio ou longo prazo. Uma delas, por exemplo, só pra citar uma, é a inevitável desmagnetização e decrepitude dos corpos. O único caminho que conduzem à verdadeira e contínua felicidade são o AMOR e a SABEDORIA. Entenda-se por sabedoria como CONHECIMENTO DA VERDADE. Ou seja, sem se buscar a verdade é impossível ser feliz. Sem amor é impossível se encontrar a verdade, tampouco de ser feliz. Meditem, vivenciem a verdade. E encontrem o amor verdadeiro dentro de si mesmos.)
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... Aquele que verdadeiramente está enamorado é capaz de dar até a última gota de sangue pelo ser adorado. ...
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... Existe verdadeira afinidade de pensamentos, sentimentos e vontades com o ser que adoras? Recorda que, se esta afinidade completa não existe, então teu matrimônio, em vez do céu, será um verdadeiro inferno. Não te deixes levar pelo desejo, MATAI, NÃO SOMENTE O DESEJOL SENÃO ATÉ A PRÓPRIA SOMBRA DA ÁRVORE TENTADORA DO DESEJO.
O amor começa com um relâmpago de simpatia deliciosa. Substancioliza-se com a ternura infinita e se sintetiza em suprema adoração.
Um MATRIMÔNIO PERFEITO é a união de dois seres que se adoram absolutamente. No amor são existem projetos, nem contas bancárias. Se estás fazendo projetos e cálculos, é porque não estás enamorado. Reflete antes de dar o GRANDE PASSO. Realmente estás enamorado? Cuida-te da ilusão do desejo. RECORDA QUE A CHAMA DO DESEJO CONSOME A VIDA E FICA, ENTÃO A TREMENDA REALIDADE DA MORTE.
Existem pessoas que se acham casadas nos planos físico e etérico; porém, no astral não o estão. Outras estão casadas nos planos físico, etérico e astral; porém, não o estão no plano mental; cada qual pensa da sua própria maneira; a mulher tem uma religião e o homem outra; não estão de acordo no que pensam, etc., etc., etc.
Existem matrimônios afins nos mundos do pensamento e do sentimento; porém, absolutamente postos no mundo da vontade. Estes matrimônios chacam-se constantemente; não são felizes.
O Matrimônio Perfeito deve ser efetuado nos sete planos da Consciência Cósmica. Existem matrimônios que não chegam nem sequer até o plano astral. Então não existe nem sequer atração sexual. Esses não verdadeiros fracassos. Essa classe de matrimônios se fundamenta, exclusivamente , na fórmula matrimonial.
Algumas pessoas estão vivendo vida matrimonial, no plano físico, com determinado cônjuge e, no plano mental, vivem vida conjugal com outro cônjuge diferente. Raras vezes encontramos, na vida, um Matrimônio Perfeito. Para que haja amor, é necessário que haja afinidade de pensamento, afinidade de sentimento e de vontades.”

(comentário: aqueles que estão casados e que constataram não possuir um matrimônio perfeito, lembrem-se que matrimônio perfeito é conquistado dentro e não fora. Para isso precisamos morrer muito em nós mesmos e dar muito amor de coração, além de muita paciência, pois o nosso exemplo, o que pressupõe super esforço, pode fazer com que o par venha a comprovar que sim, nós nos temos de fato transformado em uma pessoa melhores. Isso pode fazer com que nosso querido par nos acompanhe, uma vez que teremos nos tornado pessoa mais agradável. Essa questão é muito pessoal e delicadíssima, cada qual deve ter muito compreensão e auto-observação infinitas, pois a arte da sabedoria está na própria vida vivida com perfeição. Temos chamado o caminho secreto da Grande Obra, “de o caminho do fio da navalha, porque um passo para cá caímos, um passo para lá caímos; há perigo fatal por ambos os lados.)

Contempla os olhos do ser que adoras; perde-te na dita de suas pupilas; porém, se queres ser feliz, não te deixes levar pelo desejo.
Não confudas, homem enamorado, o amor com a paixão. AUTO-ANALISA-TE profundamente. É urgente saber se ela te pertence em espírito. É necessário saber se estás completamente afim com ela, nos três mundos do pensamento, sentimento e vontade.
O adultério é o resultado cruel da falta de amor. A mulher verdadeiramente enamorada preferiria a morte antes que o adultério. O homem que adultera não está enamorado.
O AMOR É TERRIVELMENTE DIVINO. A BENDITA DEUSA MÃE DO MUNDO É ISSO QUE SE CHAMA AMOR.
Com o fogo terrível do AMOR podemos transformar-nos em DEUSES, para penetrar, cheios de majestade, no ANFITEATRO DA CIÊNCIA CÓSMICA.” - ficam até aqui as palavras do V.M. Samael.

A grande chave, o grande mistério guardado a sete chaves por muitos e muitos séculos, o grande segredo, cuja revelação sem autorização fez punir muitos até com a morte, é o segredo da transmutação sexual. Ela somente se torna possível com a união do homem com a mulher em ato sexual, desde que seja com amor infinito e devoção a Deus suprema, sem derramamento de semêm e sem orgasmo. Toda essa energia maravilhosa que o vulgo vilmente despreza em nome do sensorial, o sábio transforma em AMOR e VONTADE e reconstrói o seu templo interior. O SEXO É UM ATO SAGRADO. No livro entitulado “O Mistério do Áureo Florescer” o V.M. SAMAEL dá todas as informações filosóficas necessárias para se compreender a fundo a MAGIA SEXAL SEM DERRAMAMENTO DE SEMEM. No livro “A Águia Rebelde” o V.M. RABOLU ensina a técnica da transmutação sexual. Neste curso passaremos a técnica para uma correta transmutação das energias sexual, ou seja, da magia sexual na lição seguinte à próxima. Somente um detalhe que acrescento agora é que com a TRANSMUTAÇÃO SEXUAL o homem cria seus corpos existenciais do ser (os trages de bodas mencionado no Apocalipse de São João), ou seja, esses são os corpos definitivos astral, mental e causal, que vão servir de veículo para a alma se manifestar nos mundos Superiores. Com a TRANSMUTAÇÃO SEXUAL o homem torna-se super homem, pois regenera todos os poderes inerentes à alma; poderes estes que nosso grau acentuado de degeneração nos fez perder; quero me referir à clarividência, à clariaudiência, ao poder de fazer viagem astral conscientemente quando se queira, ao poder de levar seu corpo de carne e osso para a quarta e a quinta dimensões, entre outras maravilhas. Com a TRANSMUTAÇÃO SEXUAL chegamos a vencer a morte física e se quisermos poderemos permanecer com esse mesmo corpo físico por séculos (elixir da longa vida). Com a TRANSMUTAÇÃO SEXUAL nos tornamos realmente puros, sem defeitos.