sábado, 12 de novembro de 2011

OS TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA





Os três fatores de Revolução da Consciência são :
1 - MORRER
2 - NASCER
3 - SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE
Essa é a base com a qual se torna possível a MUDANÇA RADICAL. Essa é a base com a qual se torna possível o DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA. Essa é a base com a qual se torna possível a LIBERAÇÃO ÍNTIMA DO SER.
MORRER + NASCER + SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE = AMOR
 
1 - MORRER
 

“Negue-se a si mesmo...”


DECAPTAÇÃO PSICOLÓGICA
Representado pela Morte de João Batista, no “Drama Cósmico”
O morrer é a morte do mim mesmo, daquilo que me cabe, do ego, com todos os seus equívocos, tendências pessoas desconectas com a verdade, reações mecânicas embasadas em instintos animais e na mente, etc. etc. etc.
Como já dissemos em momento oportuno o ego, ou melhor diríamos ‘os egos’, se manifestam nos três centros básicos da máquina humana, ou seja, na mente, no coração e no instintivo-motor-sexual. (o ego pensa, sente e age por nós). Assim, como também mencionamos na lição anterior, a auto-observação deve se fazer presente e constante nestes três centros. O passo seguinte é a compreensão, seguido da eliminaçaõ de tudo aquilo que não seja a própria alma. Já temos ensinado como se faz a petição à Mãe Divina, para que ela elimine de nossa psique o defeito previamente compreendido e julgado. Esse pedido deve ser feito muito simples, de coração, mas também com determinação e firmeza, com o claro intuito de fazer o defeito sumir de nosso mundo interior naquele exato momento, até as bordas do zero radical, do silêncio absoluto dentro de nós mesmos; e para entender bem tudo isso a fundo, pois esse é um ponto que até o momento do presente curso não temos dado a atenção devida, hoje abordaremos essa questão da recordação de nós mesmos.
Porém, antes, é necessário esclarecer que todo esse processo da morte do mim mesmo é um processo muito delicado, dificílimo, exigente. É sem dúvida um trabalho a longuíssimo prazo. Lento, mas, no entanto, definitivo. A consciência superlativa do ser nos conduz nesse processo maravilhoso. O sentido da auto-observação nos vai mostrando o percurso percorrido. E é devido a esse conhecimento por via direta, daquilo que morreu em nós, que tornamo-nos capazes de revalorizar o trabalho sobre nós mesmos quando advém algum período de passividade; ou seja, quando uma noite cósmica nos quer tragar. As noites cósmicas é aquela sensação de desanimo, falta de inquietudes espirituais; quando não entendemos nada. Isso se dá por pura passividade da nossa parte, por pura falta de dar-nos o superesforço, mas é muito comum acontecer naqueles que iniciam o trabalho sobre si mesmos. Oportunamente, sobretudo na lição entitulada “Que devemos fazer para que as Práticas que dá o V. M. Samael dêem resultado”.
Recordarmos de nós mesmos, quer dizer vivenciarmos com a consciência atuando em primeiro lugar. Ou seja, cônscios de que somos algo mais que o ego, que somos os simples botsatwas de Deus, por hora, no entanto, infelizmente, desconectados dele. Cônscios de que temos um trabalho a fazer e de fato vivermos em auto-observação. Recordação de nós mesmos é, sobretudo, vivenciarmos a pureza de passar o controle das nossas aptidões anímicas para a consciência livre de todo tipo de condicionamento, ou seja, quando encontrarmos a pureza absoluta dentro de nós mesmos. Nossa consciência livre é a Essência de nosso Ser, as capacidades de percepção, magnetismos, vontade, sentidos, etc. etc. etc. E essa pureza infantil é possível de ser vivenciada, ainda que durantes os breves instantes nos quais não atue nenhum ego, quando oramos à Mãe Divina para que nos conduza, para que apareça. Mais que simples oração, devemos suplicar, implorar, para ela mostrar sua face. Ela é a própria consciência livre e desperta. Então, nestes momentos ela aparecerá dentro de nós mesmos.
A morte do mim mesmo advém quando reconhecemos dentro de nós mesmos tudo aquilo que não seja a mais perfeita pureza. Em seguida oramos à Mãe Divina para que desintegre esse defeito, seguida de imaginação e vontade unidas em vibrante harmonia, fazendo com que esse defeito suma de nossa percepção interior até os pés da Nossa Divina Mãe.
Repetimos que não é fácil não nos identificarmos com nossas emoções negativas, por exemplo, e eliminarmos de nossa natureza interior esses sentimentos, mirando a pureza radical, desconhecida. Somente com o êxtase da meditação aprenderemos por nós mesmos o que é a pureza radical da alma. O discípulo deve todas as noites dormir fazendo uma das práticas que damos aqui. Jamais um estudante de esoterismo pode se dar ao luxo de dormir como “Raimundo e todo mundo”. Esses momentos são preciosos para se fazer as práticas. É quando as preocupações do mundo exterior se findam e o sono, porta de entrada para outras dimensões, vem naturalmente. Outra hora especial é durante a madrugada, pois a atmosfera está tranqüila. Praticai com tenacidade e paciência e colhei os resultados.
Em se tratando da Eliminação dos agregados psíquicos que constituem o mim mesmo, advirto-os que um mesmo defeito tem milhões de pequenas ramificações, cujas causas são as percepções equivocadas do passado. Ou seja, ou valores conscientes, inconscientes e subconscientes que temos deixado a mente dar às coisas que nos entram pelos sentidos. Quero dizer com isso que devemos ficar em constante auto-observação, como um vigia em tempo de guerra, pois o defeito observado, julgado e golpeado pela lança de Nossa Divina Mãe Kundalini, surgirá em nosso mundo interior diversas vezes mais.
O perigo ocorre quando nos esquecemos de nós mesmos, ou seja, quando nos esquecemos que somos a consciência e nos identificamos com qualquer ego, passando a agir sem trabalharmos sobre nós mesmos. Nesta situação voltamos a agir mecanicamente e então cometemos muitos erros, como quando antes de iniciarmos nosso trabalho interior. É quando os egos agem indistintamente e deixamos de transformar as impressões que nos chegam. O que de fato acontece nesses instantes é que engordamos defeitos psicológicos ainda não julgados e até ressuscitamos defeitos que aparentemente havíamos eliminado. Isso se dá porque o ego somente morre quando eliminarmos as causas dos egos. Esses são trabalhos avançados que o Mestre tem que fazer quando estiver já bastante adiantado no trabalho sobre ele mesmo. Mas, esse é um tema de uma próxima conferência.
Distingamos, pois, dois estados de consciência. O primeiro é o sabor trabalho. Ou seja, quando estamos trabalhando sobre nós mesmos. Olhando para dentro de nós, lutando para não nos identificarmos com as coisas internas e sugestões de nosso próprio ego enraizado, transformando as impressões que nos chegam da mente. E a outra é a vida cotidiana, vulgar, comum e corrente. Nessa ocasião voltamos a ser vítimas das circunstâncias; dados as identificações de todo tipo; se nos elogiam, envaidecemos; se nos xingam, odiamos; sofremos, desejamos, sonhamos, nos excitamos, nos deprimimos, etc.

2 - NASCER
 


“... carregue sua cruz...”

MATRIMÔNIO PERFEITO

Criar os corpos solares para adentrar em outras dimensões; religarmos com as forças primogênitas de criação, com Deus; através da “Alquimia Sexual”.




3- SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE




 

“... siga-me.”


Amar a humanidade, entregando o ensinamento de maneira desinteressada, gratuita, sem distinção alguma.


 

O ARCANO


Do caos espermático e obscuro que em nossos órgãos sexuais levamos, surge a luz e esta brilha, agora, nas trevas, como uma estrela de seis raios no céu noturno.Astro.ens seminis revelador do mercúrio preparado; Estrela do Norte que guia o navegante do oceano tenebroso.
Mediante o trabalho da arte hermética torna-se manifesto o que antes se encontrava difuso na massa tenebrosa e grosseira do sujeito primário.
Stella Maris, Mercúrio, Alma Metálica do Esperma Sagrado, em forma de água branca e brilhante que os alquimistas denominam
Sinal Astral do
Virgem mãe KANDALINI, simbolizada por essa estrela de linhas entrecruzadas que constituem o Selo de Salomão.
Virgem do Mar, sem cujo auxílio, sempre oportuno, o Hierofante Moisés não poderia ter sido salvo das águas.
A natureza mercurial da brilhante Estrela é indiscutível, irrefutável. Muitos sábios naufragaram no oceano tempestuoso da vida e da morte por não ter esse Astro como guia.
O filho ingrato que se esquece da sua Divina Mãe particular, individual - pois cada um de nós tem a sua - fracassa inevitavelmente.
Esta Estrela conduz os sábios ao nascimento do Filho de Deus e ela mesma há de guiar nossos passos.
“Solve et coagula”, “dissolver e coagular”, é o fundamento vivo da “Grande Obra”. Necessitamos dissolver “mercúrio seco” e “enxofre arsenicado” e coagular “mercúrio vivo” e “enxofre puro”.
O “mercúrio seco” está constituído por todos esses “agregados psíquicos” que em seu conjunto constituem o querido ego dos ignorantes ilustrados.
O “enxofre arsenicado” é o fogo animal, bestial, dirigido para baixo; aos “infernos atômicos do homem”.
É urgente fecundar o mercúrio vivo com o enxofre puro ou fogo sagrado, se é que, realmente, queremos fabricar os Corpos Existenciais Superiores do Ser.
As personalidades “kalkianas” destes tempos do “KALIYUGA” crêem que possuem os corpos astral, mental e causal.
Esses “sabichões” não somente egnoram, mas também, ignoram que ignoram. Não querem dar-se conta de que são tão somente míseros fantasmas vestidos com corpo físico.
Aquilo que continua depois da morte é o “mercúrio seco e o “enxofre arsenicado”.
De modo algum exageramos quando afirmamos que isso que prossegue no mais além, depois da disfunção do corpo carnal, é tão somente um montão de diabos; os “agregados psíquicos”, eus inumanos ou formas bestiais, dentro das quais se encontra engarrafada a Essência.
Aqueles que jamais se auto-observaram seriamente, aqueles que têm atrofiado o sentido da auto-observação, pensam de si mesmos o melhor; nem sequer suspeitam que dentro de si mesmos existem o “mercúrio seco” e o “enxofre vermelho”.
Esses incultos adoram o “querido ego”, estão convencidos de que evoluciona e se aperfeiçoa; não se preocupam por destruí-lo ou aniquila-lo; nunca souberam que o tão cacarejado ego é uma soma dos eus, ou demônios, mercúrio seco, defeitos infra-humanos.
Se as pessoas amassem da verdade a sua “Stella Maris”, se a tomassem como guia, ela os auxiliaria na “Grande Obra”, ela eliminaria da natureza delas o mercúrio seco e o enxofre arsenicado.
Criar esses corpos supra-sensíveis que as personalidades “kalkianas” já crêem ter, só é possível fazendo cristalizar o mercúrio vivo por meio do enxofre, ou fogo sagrado, e sob a condição de eliminar, radicalmente, o mercúrio seco e o enxofre arsenicado.
Aqueles que não procedam dissolvendo e coagulando de acordo com as regras da Arte Hermética, se converterão em “HANASMUSSEN” com duplo centro de gravidade, em demônios terrivelmente perversos.”

Após essa pequena introdução tirada do livro “A Grande Rebelião” de V.M. Samael Aun Weor, aliás obra indispensável para quem quer se aprofundar no conhecimento das técnicas para o auto-conhecimento, passamos a dar continuidade a este nosso curso. Assim, temos que dizer que ARCANO significa SEGREDO. Segredo, posto que em poucos períodos da história foi permitido pela Grande Fraternidade Branca que se entregasse abertamente à humanidade esse fundamento crucial para o real desenvolvimento espiritual. Isso não quer dizer que ele não fosse entregue secretamente àqueles que se mostrassem preparados, daí vem o nome ARCANO.
No livro intitulado “O Mistério do Áureo Florescer” (V.M. Samael Aun Weor) encontraremos os fundamentos físicos, ao que relaciona com os fundamentos da matéria com este nome e não aos próprios do corpo físico, bem como, também encontraremos neste livro, os fundamentos relacionados com a filosofia. Neste capítulo do nosso curso abordaremos as técnicas práticas unicamente, o que não exclui a leitura do mencionado tratado para uma completa compreensão do tema, aliás, fundamental para o desenvolvimento espiritual, bem como ali encontrarão detalhamento das técnicas aqui passadas, ou vice e versa. No livro intitulado “A Águia rebelde” de V.M. Rabolu, estão ensinamentos indispensáveis para o entendimento completo deste tema. Porém, recordemos que aqui apenas ensinamos a parte escrita e memorizável; a verdadeira compreensão da Magia Sexual se dará com a experiência adquirida da prática.
A primeira coisa que todo esoterista deve investigar e compreender em si mesmo é que sem o Arcano é impossível qualquer tipo de ligação real com nossas partes Superiores. No sexo estão as forças primogênitas da criação em ação. Ou seja, dentro de nós mesmos encontramos as três forças primárias da criação, e é precisamente no sexo que elas se encontram ativas. Assim, devemos elevar o sexo ao posto de coisa supremamente sagrada, pois assim o é. Para tanto devemos nos auto-observar profundamente nessa hora para que nenhum eu de luxúria, ou desvalorização do sexo se manifestem, pois qualquer defeito é extremamente indesejável nessa hora. Para isso temos passado todas as técnicas. E para isso vamos passar mais detalhes para que possamos renascer sob as bases das forças primárias do nosso Ser e não sob as bases do terrível ego.
Um ponto fundamental para não deixar o ego se manifestar, cuja conseqüência é a vivência direta do real é não deixar a mente voando. Assim, além de observa-la como temos ensinado aqui, com o claro objetivo de nos desbravarmos, devemos mante-la ocupada. Nos explica o V.M. Rabolu que a concentração é fundamental. E para isso necessitamos com urgência máxima desenvolve-la. Então, no preciso momento do ato sexual, a concentração deve ser perfeita em nossas gônadas, ou ovários, imaginando (lembrar que imaginar é ver e não somente um processo mental de recordatório, mas sim ver o novo, o aqui e agora, o real) que o sol brilha ali e dali sai fogo e que os vapores de ouro vão subindo por dois finos canais, os quais vão se cruzando coluna vertebral acima, ocasião, em que ao passar pelas vértebras vão acendendo-as em luz, até encher o cérebro, em cuja mente deve imperar o silêncio absoluto, pois ela vai estar bem ocupada e em estado passivo, trabalhando pra a consciência, que por sua vez deve estar ativa. Termina o caminho da energia sexual, assim polarizada, no entrecenho. Não devemos esquecer que o mantram IIIIIIIIII AAAAAAAAA OOOOOOO, mantram básico do Arcano, deve ser pronunciado mentalmente. Tudo isso encontrando o acento perfeito na alma, de súplica à Mãe Divina para que nos conduza e mostre a perfeição à nossa alma, bem como do respeito, do amor e da devoção e da humildade.



É uma prática muito complexa que exige muito do praticante. Exige-lhe entrega total e força de vontade. Assim, no parágrafo anterior demos ênfase à imaginação, mas essa sem a Vontade não é nada. Deste modo, imaginação é vontade trabalham em perfeita e vibrante harmonia para o êxito absoluto.
Muitos iniciantes acham que não estão puros suficientes para iniciar essa prática, mas como dizem os Mestres é com o carro andando é que temos que acertar os ponteiros. A prática do Grande Arcano nos enche de força para lutarmos contra nossos defeitos psicológicos, e não nos podemos dar ao luxo de não empunharmos essa espada flamígera. Lutemos, pois. Encontremos a leveza da alma dentro de nós mesmos. O verdadeiro amor, o respeito e a harmonia entre o casal é fundamental. Adoremos em pleno coito Nossa Divina Mãe Kundalini. Busquemos a perfeição.
A magia sexual ou Sahaja Maithuna (tantrismo branco ou de luz) é o segundo fator de REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA. A magia sexual é o sábio uso da energia criadora, ou sexual.
A kundalini somente desperta e ascende vértebra à vértebra pelos méritos do coração. A castidade científica é indispensável para o êxito da prática. A luxúria é o pecado original. Assim, devemos conquistar a castidade científica, inclusive em pleno coito, eliminando-o radicalmente de nossa psique. Aprendendo a transformar as impressões. Ou seja, somente quando conquistamos de fato a castidade científica é que conseguimos estabelecer o fluxo de energia sexual para dentro e para cima.
, a energia sexual por ser explosiva é necessário muita vontade para a conduzi-la para dentro. Assim transformamos instintos em vontade. O desejo sexual deve ser divinizado para trabalhar para a pureza da alma. Os egos, devem ser eliminados e transformados em amor, em consciência, conduzindo a energia para cima. A energia sexual é muito refinada, muito superior às demais; tanto que se por ventura circular por canais estranhos aos seus próprios, pode danificá-los, pois trata-se de uma voltagem mais elevada. Constantemente nós deixamos a energia sexual, ainda que maneira inconsciente, circular por canais não próprios aos seus, por isso somos tão débeis e cheios de doenças.
Como foi dito acima, o princípio básico da grande obra é: transformar, transmutar, instintos em vontade consciência; transformar, transmutar, egos em alma, amor-consciência. Ou seja, morrer e nascer em nós mesmos, amando aos outros.
A energia sexual ao ser transmutada traz saúde e harmonia, a qual, por sua vez, faz com que as glândulas endócrinas se regularizem.




O melhor horário para se realizar a prática do Arcano é de madrugada. É nesse horário que a atmosfera está mais tranqüila e os corpos descansados.
No gráfico acima, também lemos, do lado oposto ao que se lê ‘Madrugada’, a palavra ‘Dia’. É, pois, durante o dia, através das práticas da auto-observação e morte em marcha, bem como das demais práticas entregues nesse curso, que vamos conseguir o excedente de energia sexual para se trabalhar com o Arcano de maneira satisfatória, pois se deixamos os egos esgotarem a energia sexual, teremos que trabalhar com hidrogênios mais pesados e aí não há uma satisfatória transmutação. (rever o tema: Os Sete Centros da Máquina Humana).
Vamos dar uma ênfase maior aqui, à prática da transformação das impressões, pois ela é fundamental na eliminação da luxúria. Devemos aprender a ver o sexo como sagrado. Devemos colocar a imagem de uma senhora bem velha, ou de uma caveira em decomposição, quando sentirmos a luxúria atuando, através das formas físicas de uma mulher desejosa. Mas isso não torna indispensável a eliminação e compreensão do defeito da luxúria. A transformação serve somente para que o defeito pare de se manifestar. Mas, se ele se manifestou é porque ele existe. Assim, devemos captura-lo dentro de nós mesmos e peticionarmos à Mãe Divina para que ele nos deixe livre daquele defeito, arrastando a morte até ver como seriamos sem ele, ou seja, eliminando-o até o mais próximo que consigamos da Mãe Divina. Para quem vive em recordação isso é um pouco mais fácil. Agora, para aqueles que já estão identificados com as coisas do mundo e consigo mesmo torna-se um pouco mais difícil, porém, esse é o caminho: RECORDAÇÃO DE SI, AUTO-OBSERVAÇÃO E MORTE EM MARCHA, NASCER, SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE, DESDOBRAMENTO ASTRAL, MEDITAÇÃO, ETC. Trabalhai sobre si mesmos e vereis os resultados e colheis as benesses.
Ainda, durante a vida diária, devemos falar-lhes a respeito das emoções negativas e arroubos de felicidade, ou tristeza, ou ira... Isso consome muita energia sexual. Nos deixa esgotados. O equilíbrio, a disciplina, a harmonia, o comedimento devem permear a vida do gnóstico. Lembremos que o ego é a própria indisciplina.
O quarto do casal deve ser um templo sagrado. Asseado. Harmônico. Onde as palavras levianas e maus pensamentos não devem entrar.
É apenas recomendado que se pratique de madrugada, após algumas horas de sono, pois isso reequilibrará o corpo vital. Mas, isso não é o indispensável. O casal se deve por em acordo em tudo, com muito respeito e harmonia.
Logo após uma simples oração de coração à Mãe Divina e ao Pai que está em secreto, para que nos ajudem e protejam durante a prática, passamos ao aquecimento. Beije com amor e devoção. Ternura. Carícias conscientes. O beijo aquece. Ao homem cabe dar, além de carinho, a proteção. Lembremos que a chama do amor sai do Coração.
A união sagrada entre homem e mulher SEM DERRAMAMENTO DE SEMEM E SEM ESPASMOS OU ORGASMOS se chama Magia Sexual. Nesse momento eles são Deuses, plenos e completos.
Depois da desconexão é importante que o casal siga transmutando suas energias sexuais até que sintam suas gônadas ou ovários completamente vazios. Isso dura em torno de trinta minutos, mas varia muito. Como dissemos linhas acima, a energia sexual é muito forte é por isso não deve ficar ali sem circular, pois isso traria doenças. Deste modo, o casal, deitados em decúbito dorsal dever fazer profundas inalações e exalações, continuando com o estado interior adequado, orando á Mãe Divina, suplicando-lhe para que conduza a energia sexual pelas condutos Ida e Pingalá, posicionados à direita e à esquerda da coluna vertical, os quais vão se cruzando e acendo em luz as vértebras, conduzindo a energia sexual, deste modo desmembrada, em vontade e amor-imaginação, até o cérebro, enchendo o cálice do cérebro, o qual se aurifica e se acende em luz, para logo em seguida, já na exalação, dirigi-la conscientemente do cérebro ao templo do coração tranquilo, pra lá se dissipar em luz. O vibrante mantram básico IAO continua sendo utilizado aqui mentalmente, tanto para não atrapalhar a profunda respiração, como pra não atrapalhar a companheira. Esse mantram serve para despertar a Kundalini e conduzi-la coluna vertebral acima no corpo físico. Tudo deve ser realizado com muita naturalidade, tranqüilidade e paciência, pois é a nossa Consciência quem conduz todo o processo, e estes dons são-lhe próprios.



O mantra KANDIL BANDIL RRRRRR, também é um dos mantras que podem ser usados na prática do Saraja Maituna (Magia Sexual) por iniciantes.


 

Damos algumas instruções finais a respeito do grande Arcano: quando a mulher estiver menstruada não se pratica o arcano, tampouco a mulher fará a respiração neste período, porém o homem segue suas respiração diariamente, mesmo sem que haja conexão; esta prática deve ser unicamente executada por casais casados, sendo indispensável um afastamento mínimo de um ano, caso seja impossível se praticar com o mesmo parceiro; o arcano exigirá um domínio total do sexo, e não que sejamos dominados por ele, deste modo dizemos que a parte instintiva deve ser dominada, os agregados psíquicos de qualquer espécie devem ser radicalmente eliminados ou neutralizados e o amor, o respeito, a ternura, a adoração restaurados; é aconselhável que não se passe de uma hora de conexão, para evitar a atuação da luxúria.
A prática do Arcano, ou sexo Yoga, serve tanto para eliminarmos defeitos psicológicos, como para nascermos em nós mesmos e criarmos nossos corpos existenciais do Ser. Empunhai a lança de Eros e orai, suplicando à Divina Mãe Kundalini para que ela elimine um defeito previamente compreendido e Ela assim o fará.
Os solteiros é necessário que se casem. Mas, isso não quer dizer que se vão a casar com a primeira ’doida’ que aparecer pela frente. Não se preocupem. É a Grande Lei Divina quem unem os casais. A única coisa que o neófito deve fazer é lutar contra si mesmo verdadeiramente e o cônjuge aparecerá. Porém, deve tomar todo o cuidado do mundo para não confundir desejo com o amor. Lembrem que no tema “Sexologia” abordamos com mais desenvoltura esse tema. Releiam, estudem, compreendam a fundo cada um destes ensinamentos, através da reflexão serena, da prática constante, da auto-observação de vós mesmos e da meditação diária.
Os solteiros podem e devem praticar a sublimação das energias sexuais. Esse mantra serve para ir acostumando a energia sexual a seguir o caminho por onde deve a partir de agora seguir. Quero me referir o caminho aos Céus. O caminho sagrado. O caminho dos sábios. O caminho coluna vertebral acima.
A prática para solteiros é muito parecida àquela da respiração após a desconexão que explicamos linhas acima. O que muda é o mantra e alguns poucos detalhes. Assim, concentrados a partir de suas gônadas ou ovários os solteiros inspirarão profundamente com o mantra HAM, que se pronuncia quase como se estivéssemos limpando a garganta, e alongando-se o AAAAAAA e o MMMMMMM. Nesta ocasião vê-se a coluna vertebral se iluminado à medida que a energia sexual sobe dentro delas desmembrada em dois pólos, imaginação e vontade, os quais se vê como dois finos cordões de ouro. Da mesma maneira que nos arcano o silêncio na mente, e o acento adequado na alma são fundamentais. Logo, a energia enche o cálice do cérebro, que se ilumina, chegando até o entrecenho. Nesta altura, mudamos o mantra para o SAH, iniciando uma rápida, curta e forte exalação. O SAH, se pronuncia como TSÁ.

TAGARELICE INTERIOR E CANÇÃO PSICOLÓGICA



Trecho do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária” do V.M. Samael Aun Weor, aliás leitura indispensável para quem quer iniciar um trabalho sério sobre si mesmo. Porém, não basta ler o livro e entende-lo somente com a mente. Para uma integral compreensão desta maravilhosa obra do Esoterismo Prático é necessário que o neófito o compreende com as faculdades da alma, quero me referir àquelas da alma. Ou seja, o aprendiz deve comprava-lo em si mesmo, através da prática direta, da reflexão profunda e da meditação serena:
“Resulta urgente, inadiável, impostergável observar a tagarelice interior e o lugar preciso de onde provém.
Inquestionavelmente, a tagarelice interior equivocada é a “causa causo rum” de muitos estados psíquicos inarmônicos e desagradáveis no presente e também no futuro.
Obviamente, esse vão palavrório insubstancial de charla ambígua e, em geral, toda consersa prejudicial, daninha, absurda, manifestada no mundo exterior tem sua origem na conversação interior equivocada.
Sabe-se que existe, na Gnose, a prática esotérica do silêncio interior; isto o conhecem nossos discípulos de terceira câmara.
Não é demais dizer, com inteira claridade, que o silêncio interior deve referir-se especificamente a algo muito preciso e definido.
Quando o processo do pensar se esgota intencionalmente, durante a meditação interior profunda, consegue-se o silêncio interior; mas não é isto o que queremos explicar no presente capítulo.
Esvaziar a mente, ou pô-la em branco, para conseguir realmente o silêncio interior, tampouco é o que intentamos explicar agora nestes parágrafos.
Praticar o silêncio interior a que nos estamos referindo tampouco significa impedir que algo penetre na mente.
Realmente estamos falando agora de um tipo de silêncio interior muito diferente. Não se trata de algo vago e geral...
Queremos praticar o silêncio interior em relação com algo que já esteja na mente; pessoa, acontecimento, assunto próprio ou alheio, o que nos contaram, o que fez fulano, etc., porém, sem tocá-lo com a língua interior, sem discurso íntimo.
Aprender a calar não somente com a língua exterior, mas também, além disso, com a língua secreta, interna, resulta extraordinário, maravilhoso.
Muitos calam exteriormente, mas com sua língua interior esfolam vivo ao próximo. A tagarelice interior, venenosa e malévola, produz confusão interior.
Se observamos a tagarelice interior equivocada, veremos que está feita de meias verdades, ou de verdades que se relacionam entre si de um modo mais ou menos incorreto, ou algo que se agregou ou se omitiu.
Desgraçadamente, nossa vida emocional se fundamenta, exclusivamente, na auto-simpatia.
Para o cúmulo de tanta infâmia, só simpatizamos conosco mesmos, com nosso tão querido ego; e sentimos antipatia e até ódio daqueles que não simpatizam conosco.
Nós nos queremos demasiado a nós mesmos; somos narcisistas em cem por cento. Isto é irrefutável, irrebatível.
Enquanto continuemos engarrafados na auto-simpatia, qualquer desenvolvimento do
Ser se faz algo mais que impossível.
Necessitamos aprender a ver o ponto de vista alheio. É urgente saber pôr-nos na posição dos outros.
“Assim é que, todas as coisas que queirais que os homens façam convosco, assim, também, fazei-o vós com eles” (Matheus VII, 12).
O que verdadeiramente conta nestes estudos é a maneira como os homens se comportam interna e invisivelmente uns com os outros.
Desafortunadamente e ainda que sejamos muito corteses e até sinceros, às vezes, não há dúvida de que, invisível e internamente, nos tratamos muito mal uns aos outros.
Pessoas, aparentemente muito bondosas, arrastam diariamente seus semelhantes até a cova secreta de si mesmos para fazer, com estes todos os seus caprichos (vexames, burla, escárnio, etc.).”
“Chegou o momento de refletir muito seriamente sobre isso que se chama consideração interna.
Não cabe a menor dúvida sobre o aspecto desastroso da autoconsideração íntima, esta, além de hipnotizar a Consciência, nos faz perder muitíssima energia.
Se a pessoa não cometesse o erro de identificar-se tanto consigo mesma, a autoconsideração interior seria algo mais que impossível.
Quando alguém se identifica consigo mesmo, que-se demasiado, sente piedade por si mesmo, autoconsidera-se; pensa que sempre se portou muito bem com fulano, com sicrano, com a mulher, comos filhos, etc. e que ninguém o soube apreciar, etc. Conclusão: É um santo e todos os demais, uns malvados, uns velhacos.
Uma das formas mais comuns de autoconsideração íntima é a preocupação pelo que outros possam pensar sobre nós mesmos; talvez suponham que não somos honrados, sinceros, verídicos, valente, etc.
O mais curioso de tudo isso é que ignoramos, lamentavelmente, a enorme perda de energia que esse tipo de preocupação nos traz.
Muitas atitudes hostis para com certas pessoas que nenhum mal nos fizeram são devidas, precisamente, a tais preocupações nascidas da autoconsideração íntima.
Nestas circunstâncias, querendo-se tanto a si mesmo, autoconsiderando-se deste modo, é claro que o eu, ou, melhor dizendo, os eus, em vez de se extinguirem, fortificam-se, então, espantosamente.
Identificado consigo mesmo, apieda-se muito de sua própria situação e até se põe a fazer contas.
Assim é como pensa que fulano, que sicrano, que o compadre, que a comadre, que o vizinho, que o patrão, que o amigo, etc., etc., etc., não lhe pagaram como deviam, apesar de suas conhecidas bondades e, engarrafado nisso, torna-se insuportável e aborrecedor para todo mundo.
Com um sujeito assim, praticamente não se pode falar, porque qualquer conversação, seguramente vai parar em seu livrinho de contas e em seus tão cacarejados sofrimentos.
Escrito está que, no trabalho esotérico gnóstico, só é possível o crescimento anímico mediante o perdão aos outros.
Se alguém vive de instante em instante, de momento em momento, sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, sempre com sua mesma canção, nada poderá crescer em seu interior.
A oração do Senhor disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos a nossos devedores.”
O sentimento de que nos devem, a dor pelos males que outros nos causaram, etc., detém todo progresso interior da alma.
Jesus, o Grande Kabir, disse: “Põe-te de acordo com teu adversário sem demora, enquanto estás com ele no caminho, para que não suceda que o adversário te entregue ao juiz e o juiz, ao ministro e sejas posto no cárcere. Por certo te digo que não sairás dali, até que pagues até o último ceitil” (Matheus V, 25,26).
Se nos devem, devemos. Se exigimos que nos paguem até o último denário, devemos pagar, antes, até o último ceitil.
Esta é a lei do Talião: “Olho por olho e dente por dente.” Círculo vicioso, absurdo.
As desculpas, a plena satisfação e as humilhações que de outros exigimos pelos males que nos causaram também de nós nos são exigidas, ainda que nos consideremos mansas ovelhas.
Colocar-se sob leis desnecessárias é absurdo; melhor é colocar-se a si mesmo sob novas influências.
A lei da misericórdia é um influência mais elevada que a lei do homem violento: “Olho por olho, dente por dente.”
É urgente, indispensável, inadiável, colocar-nos inteligentemente sob as influências maravilhosas do trabalho esotérico gnóstico; esquecer que nos devem e eliminar, em nossa psique, qualquer forma de autoconsideração.
Jamis devemos admitir, dentro de nós, sentimenos de vingança, ressentimento, emoções negativas, aniedades pelos mães que nos causaram, violência, inveja, incessante recordação de dívidas, etc., etc., etc.
A Gnose é destinada àqueles aspirantes sinceros que verdadeiramente queiram trabalhar e mudar.
Se observamos as pessoas, podemos evidenciar, de forma direta, que cada pessoa tem sua própria canção.
Cada qual canta sua própria canção psicológica; quero referir-me, de forma enfática, a essa questão das contas psicológicas: sentir que nos devem; queixar-se, autoconsiderar-se, etc.
Às vezes, a pessoa conta sua canção, assim porque sim, sem que se lhe dê corda, sem que se a estimule e, em outras ocasiões, depois de umas quantas taças de vinho...
Nós dizemos que nossa aborrecedora conção deve ser eliminada; esta nos incapacita interiormente; rouba-nos muita energia.
Em questões de Psicologia Revolucionária, alguém que canta muito bem - não nos referimos à formosa voz, nem ao canto físico - certamente não pode ir mais além de si mesmo; fica no passado...
Uma pessoa, impedida por tristes canções, não pode mudar seu nível de Ser; não pode ir mais além do que é.
Para passar a um nível superior do Ser, é preciso deixar de ser o que se é. Necessitamos não ser o que somos.
Se continuamos sendo o que somos, nunca poderemos passar a um nível superior de Ser.
No terreno da vida prática, sucedem coisas insólitas. Amiúde, uma pessoa qualquer trava amizade com outra, só porque é fácil cantar-lhe sua canção.
Desafortunadamente, tal classe de relações termina quando ao cantor se pede que se cale, que mude o disco, que fale de outra coisa, etc.
Então, o cantor ressentido se vai em busca de um novo amigo; de alguém que esteja disposto a escutá-lo por tempo indefinido.
Compreensão exige o cantor. Alguém que o compreenda, como se fosse fácil compreender outra pessoa.
Para compreender a outra pessoa é preciso compreender-se a si mesmo. Desafortunadamente, o bom cantor crê que compreende a si mesmo.
São muitos os cantores decepcionados que cantam a canção de não serem compreendidos e sonham com um mundo maravilhoso onde eles são as figuras centrais.
Contudo, nem todos os cantores são públicos; também existem os reservados; não cantam sua canção diretamente, mas secretamente a cantam.
São pessoas que trabalham muito, que sofreram demasiado, sentem-se defraudadas, pensam que a vida lhes deve tudo aquilo que nucnca foram capazes de conseguir.
Sentem comumente uma tristeza interior, uma sensação de monotonia e espantoso aborrecimento; cansaço íntimo ou frustração em cujo redor se amontoam os pensamentos.
Inquestionavelmente, as canções secretas nos fecham a passagem no caminho da auto-realização íntima do Ser.
Desgraçadamente, tais canções interiores secretas passam despercebidas para nós mesmos, a menos que intencionalmente as observemos.
Obviamente, toda observação de si deixa penetrar a luz em nós mesmos, em nossas profundidades íntimas.
Nenhuma mudança interior poderia ocorrer em nossa psique, a menos que sema levada à luz da observação de si.
É indispensável observar-se a si mesmo estando só, do mesmo modo que ao estar em relação com as pessoas.
Quando alguém está só, eus muito diferentes, pensamentos muito distintos, emoções negativas, etc., se apresentam.
Nem sempre se está bem acompanhado quando se está só. É apenas normal, é muito natural estar muito mal acompanhado em plena solidão. Os eus mais negativos e perigosos se apresentam quando se está só.
Se queremos transformar-nos radicalmente, necessitamos sacrificar nossos próprias sofrimentos.
Muitas vezes expressamos nossos sentimentos em canções articuladas ou inarticuladas.”
 
 
 
 
RECAPTULANDO:
- A tagarelice interior é filha do ego;
- Remédios: - auto-observação;
- morte em marcha;
- silêncio interior;
- saber ver o ponto de vista alheio;
- se colocar no lugar do outro;
- aprender a perdoar (o verdadeiro perdão vem do coração);
- devemos aprender a diferenciar a fantasia dos projetos, e que devemos projetar as coisas conscientemente em lugar e hora apropriadas;
- muitas vezes a tagarelice interior vem do fato de nos acharmos mais sábios dentro do conhecimento interior do que os outros;
- a sabichonice é outro defeito psicológico caracterizado por se sentir que sabe tudo, nunca se deixa de responder à uma questão, mesmo que erroneamente;
- canção psicológica é uma ladainha constante gerada por um conjunto de defeitos que impede a evolução espiritual (estanca as pessoas);
- somente com os três fatores de revolução da consciência (MORRER, NASCER E SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE) é que poderemos nos auto-analizar a fundo, tendo os meios para se poder erradicar da alma estes defeitos;
- nesta conferência é interessante nos lembrarmos da simbologia dos dois ladrões que foram crucificados junto com o Cristo: - o mau ladrão é o ego que rouba a energia sexual para dar vasão à todo tipo de teorias, projetos egoicos, desejos, etc.
- o bom ladrão é aquele que rouba a energia sexual para regenerar-se e para criar seus corpos solares.

ESTADOS E EVENTOS

 
 
 
Exterior
Interior
Observação
-
Conhecimento exterior baseado nos cinco sentidos
Auto-observação
-
Conhecimento interior baseado no sentido da auto-observação*
EVENTOS
ESTADOS

* este sentido que nos possibilita perceber os diferentes
“sabores psicológicos”, daquilo que se passa no nosso
Inteiro.
 


“Combinar estados interiores com acontecimentos exteriores de foram correta é saber viver inteligentemente.
Qualquer evento inteligentemente vivenciado exige seu correspondente estado interior específico...
Porém, desafortunadamente, as pessoas, quando revisam sua vida, pensam que esta, em si mesma, está constituída exclusivamente por eventos exteriores...
Pobres pessoas! Pensam que se tal ou qual acontecimento não lhes houvesse sucedido, sua vida teria sido melhor...
Supõem que a sorte lhes saiu ao encontro e que perderam a oportunidade de serem felizes...
Lamentam o perdido; choram o que desprezaram; gemem, recordando os velhos tropeços e calamidades...
Não se querem dar conta as pessoas que vegetar não é viver e que a capacidade para existir conscientemente depende exclusivamente da qualidade dos estados interiores da alma...
Não importa, certamente, quão formosos sejam os acontecimentos externos da vida, se não nos encontramos, em tais momentos, no estado inteiro apropriado; os melhores eventos podem parecer-nos monótonos, cansativos ou simplesmente aborrecedores...
Alguém aguarda com ansiedade a festa de bodas. É um acontecimento; mas, poderia suceder que estivesse tão preocupado no momento preciso do evento que realmente não encontrasse nele nenhum deleite e que tudo aquilo se tornasse tão árido e frio com um protocolo...
A experiência nos ensinou que nem todas as pessoas que assistem a um banquete ou a um baile se deleitam de verdade...
Nunca falta um aborrecido no melhor dos festejos e as peças mais deliciosas alegram a uns e fazem chorar a outros...
Muito raras são as pessoas que sabem combinar conscientemente o evento externo com o estado interno apropriado...
É lamentável que as pessoas não saibam viver conscientemente; choram quando devem rir e riem quando devem chorar...
Controle é diferente. O Sávio pode estar alegre, mas nunca jamais cheio de louco frenesi; triste, porém, nunca desesperado e abatido... Sereno no meio da violência; abstêmio na orgia; casto, entre a luxúria, etc.
As pessoas melancólicas e pessimistas pensam da vida o pior e, francamente, não desejam viver...
Todos os dias vemos pessoas que não somente são infelizes, senão que, além disso, e o que é pior, fazem tamvém amarga a vida dos demais...
Pessoas assim não mudariam nem vivendo diariamente de festa em festa; a enfermidade psicológica levam-na em seu interior... Tais pessoas possuem estados íntimos definitivamente perversos...
Não obstante, esses sujeitos se autoqualificam como justos, santos, virtuosos, nobres, serviçais, mártires, etc., etc., etc...
São pessoas que se autoconsideram demasiado; pessoas que se querem muito a si mesmas...
Indivíduos que se apiedam muito de si mesmos e que sempre buscam escapatórias para iludir suas próprias responsabilidades...
Pessoas assim estão acostumadas às emoções inferiores e é ostensível que, por tal motivo, criam diariamente elementos psíquicos infra-humanos.
Os eventos desgraçados, revezes de fortuna, misérias, dívidas, problemas, etc., são exclusividade daquelas pessoas que não sabem viver...
Qualquer um pode formar uma rica cultura intelectual; mas são muito poucas as pessoas que aprenderam a viver retamente...
Quando queremos separar os eventos exteriores dos estados interiores da Consciência, demonstramos concretamente nossa incapacidade para existir dignamente.
Aqueles que aprendem a combinar conscientemente eventos exteriores e estados interiores marcham pelo caminho do êxito...”





AUTO-OBSERVAÇÃO


Para se viver sabiamente de deixarmos de ser vítimas das circunstâncias é que a Gnose apresente estas conferências.
Com o trabalho com os três fatores de revolução da consciência é possível eliminar os defeitos que nos fazem não sabermos combinar estados e eventos. Com a eliminação do defeito, quem passará a receber as impressões é a Essência e Ela sempre nos dá o Estado adequado para nos posicionarmos nos inúmeros Eventos (agradáveis ou desagradáveis).
Reagir com a Essência aos Eventos Exteriores não quer dizer que devemos aceitar tudo passivamente, mas sim o contrário, pois a Essência e a alma são cem por cento Ativas.
 
 
 
RECAPTULANDO
- ESTADOS são interiores: por exemplo, estamos tristes, alegres, etc.
- EVENTOS são exteriores: por exemplo, uma doença, uma festa, etc.
- devido à nossa falta de sabedoria, muitas vezes os Eventos não estão de acordo com os Estados.
- através da AUTO-OBSERVAÇÃO nos damos conta que ante os acontecimentos da vida reacionamos, ou seja, algum ‘eu’ se manifesta. É nessa hora que devemos aproveitar as diversas circunstâncias da vida para nos conhecermos tal qual somos e trabalharmos sobre nós mesmos com a clara intenção de aprendermos a viver retamente, para isso a MOTE EM MARCHA nos ajuda a estabelecer em nossa alma a perfeição, eliminando de nosso interior os estados equivocados;
- uma dica que se nos dão para combinarmos Estados e Eventos é identificarmos dentro de nós as fantasias, para não nos identificarmos com elas; bem como não desejarmos que as coisas sigam exatamente como os nossos planos, ou seja, não desejarmos que as coisas sejam mecânicas, porém isso não quer dizer que não seja conveniente projetar conscientemente o futuro. Isso é fundamental. O que se quer dizer aqui é para não lutarmos contra as adversidades da vida, ou seja, caso um problema não tenham solução, não devemos nos preocupar com ele; se acaso tiver solução, solucionemos, pois, sem nos preocuparmos com ele;
- necessitamos viver de instante em instante. A vida é um eterno agora;
- Combinar Estados e Eventos é posicionarmos serenamente nossa alma com a intenção de não nos identificarmos com nossas reações mecânicas, buscando a paz interior de nossa Mãe Divina e a sabedoria de Nosso Pai Íntimo que está em secreto, os quais se encontram um pouco mais além da mente;
- lembremos que tudo tem os dois lados; portanto para combinarmos estados e evento necessitamos olhar os dois lados da moeda, auto-observando a nós mesmos, percebendo quais eus estão se manifestando naqueles momento;
- com a eliminação do defeito, quem passará a receber as impressões é a Essência e Ela sempre nos dá o Estado adequado para nos posicionarmos nos inúmeros Eventos (agradáveis ou desagradáveis).
Do livro Tratado de Psicologia revolucionária de V.M. Samael Aun Weor:

TÉCNICA PARA O DESDOBRAMENTO ASTRAL - O SALTINHO



Lembremos, antes de mais nada, que os sonhos comuns e correntes são projeções do subconsciente e do inconsciente, devido a desejos insatisfeitos, atos mecânicos do dia-a-dia, etc. Não obstante, a principal função dos sonhos é a comunicação das nossas partes internas, ou seja, do nosso Pai que está em secreto e nossa Mãe Divina, conosco. Porém, sequer nos lembramos dos sonhos, em virtude da nossa falta de consciência.
Isso se dá porque também andamos inconscientes no mundo físico. Para comprovar este dito, basta tentarmos nos recordar de um trajeto qualquer que fizemos, para então nos darmos conta de que não nos lembramos da maioria dos detalhes dele. Se formos um pouco mais além, nos daremos conta que estivemos sonhando a maior parte do percurso; tagarelando interiormente; continuando a conversa interiormente com alguém que já não estava ali; projetando sonhos impossíveis, fantasiando; nos sentindo ou simplesmente desejando algo que não nos é necessário, que não nos cabe etc.
Necessitamos com urgência máxima DESPERTARMOS no mundo físico para conseguirmos naturalmente despertarmos também na quinta dimensão. Estudem o tema intitulado “Método para o despertar da consciência”.
A técnica do SALTINHO para o desdobramento astral constitui-se de dois momentos. Um deles no mundo físico. O outro é o despertar no mundo astral.
No mundo físico, esta técnica consistem em dar um saltinho com a intenção de flutuar, toda a vez que virmos algo insólito, incomum. Para isso é necessário que nos utilizemos de duas qualidades da alma. Quero me referir à capacidade de assombro e a reflexão serena e consciente. Deste modo, ao presenciarmos algo insólito, e nos assombrando diante deles, não nos identifiquemos, no entanto, com ele, mas, por outro lado, reflitamos se este tipo de fenômeno poderia acontecer no astral ou seria exclusivo do mundo físico. Lembremos que a sensação do astral é como se estivéssemos no físico e vice e versa, em termos de consciência. O próximo passo é darmos aquele saltinho com a intenção de voar. Não é necessário que saltemos na frente das outras pessoas. Podemos nos retirar para algum lugar reservado e aí sim saltemos com a clara intenção de voar. Se voarmos estamos no astral. Se não, estaremos no mundo físico. Com a repetição desse sistema no mundo físico, fatalmente voltaremos a refaze-lo no mundo astral e se o choque que dermos na consciência ao refletirmos nestes termos: isso não estava aí... Eu estou no físico ou no astral? (olhando à nossa volta, com sinceridade) - dará resultados.
Lembremos que o assombro se torna natural quando aprendemos a ver as coisas como se fossem a primeira vez. E isso é atingível ao perseverarmos na prática da RECORDAÇÃO DE NÓS MESMOS, conforme ensinamos lições atrás, bem como, e principalmente, quando perseverarmos nas práticas com os três fatores de revolução da consciência. Como sabemos, nos estamos referindo ao morrer, nascer e sacrifício pela humanidade. Quando morremos em nós mesmos vamos adquirindo as virtudes da alma. Por exemplo, quando morre o ódio e a ira, surge o AMOR. Quando trabalhamos com o segundo fator, o nascer, vamos criando paulatinamente os corpos supra sensíveis, entre eles o astral solar, o qual nos confere a consciência plena no mundo astral. Com o terceiro fator, sacrifício pela humanidade, nos vamos dando conta que devemos fazer as coisas pelos outros, por AMOR. Lembremos dos ensinamentos do Cristo: “aquele que quer salvar sua alma a perderá, mas aquele que a perder por mim, ganhará o reino dos céus.”
Outro procedimento fundamental para o desenvolvimento das percepções e conscientização do subconsciente é a recordação dos sonhos. Mas, cuidado, pois ao recordarmos os sonhos devemos nos por em posição de auto-observação, com a intenção de nos descobrirmos, pois se não nos identificamos com eles e não captamos os atores dos nossos sonhos. Assim, ao nos darmos por acordados, não movamos nenhum músculo e passemos a rememorar todo o sonhado. Atentem para os sonhos com características especiais de lucidez. Outra espécie de sonhos que nos são favoráveis são aqueles que se repetem com freqüência. Estes sonhos podem nos ser propícios para o despertar no mundo astral. A técnica consistem em ao estarmos sonhado esses sonhos repetitivos, nos devemos lembrar que aquele é o tal sonho repetitivo, e se assim o é, logo estamos em astral. Assim, está dado o choque na consciência. Logo, devemos dar uma olhada ao redor e nos posicionarmos em estado de concentração e auto-observação, nos sentindo aqui e agora, conscientes.
O DESDOBRAMENTO ASTRAL e a MORTE DO EU PSICOLÓGICO são os primeiros exercícios exigidos pelos Mestres. Nos empenhemos para nos desdobrarmos em astral, pois é no mundo astral que se encontram os grandes Mestres da Fraternidade Branca. Juntemo-nos, pois a eles, formando essa parede, para ajudar a humanidade a encontrar o caminho da luz.
 
 
 
RECAPTULANDO
- sonhos: projeções inconscientes e subconscientes, devido a desejos insatisfeitos, atos mecânicos do dia-a-dia, etc.
- a principal função dos sonhos era para ser a comunicação das nossas partes internas conosco;
- despertar no mundo físico é fundamental para se despertar no Astral;
- a técnica do saltinho, consiste em dar um choque na essência; depois do assombro (encantamento), não nos identificarmos com a coisa em si, e REFLETIRMOS conscientemente: o que é isso? Eu estou no físico ou no astral?; depois dar um saltinho com a intenção de voar; se voarmos estamos no astral, se não, estamos no físico;
- o trabalho com os três fatores de revolução da consciência - morrer, nascer e sacrifício pela humanidade - nos possibilita o surgimento das virtudes da alma, bem como a ampliação e o despertar da consciência, fazendo com que os sonhos sejam cada vez mais lúcidos e conscientes;

FANATISMO E MITOMANIA



Essa conferência é para nos alertar a respeito de dois defeitos psicológicos que nos podem estancar irremediavelmente no desenvolvimento espiritual, culminado por nos tirar da senda, caso não nos corrijamos nestes pontos. O fanatismo e a mitomania, ou a mentira, devem ser observados judiciosamente, ou seja, conhecidos dentro de nós mesmos tais quais eles são, com o claro e único objetivo de eliminarmo-lo de nossas psiques, rogando a Mãe Divina para que assim o faça, e, ativamente, concentrando-nos neles, tratando de fazê-los sumir de nossos mundos interiores. O passivo nada consegue no trabalho esotérico.
Lembremos que os apontamentos que fazemos nesta conferência serve somente para aclarar as manifestações exteriores destes dois defeitos, o que, de maneira nenhuma, substitui a conhecida auto-observação, a qual subtende a captura real do ‘sabor psicológico’, com o sentido da auto-observação, pois somente assim conheceremos a mitomania e o fanatismo.
Acreditar sem levar as coisas à comprovação acaba por nos tornar fanáticos.
Outra característica do fanático é aquele que por ouvir falar que um defeito é ‘assim ou assado’ se enche de regras, sem comprrende-los a fundo. Ou seja, aquele que muda exteriormente e não muda internamente de fato. Lembremos que a característica destes trabalhos que a Gnose ensina é nos fazer mudar a própria alma e não acumular mais maneiras e manias às já existentes. O intuito da Gnose é nos fazer Livres.
O fanático tende a olhar mais para os outros do que para si mesmo.
Também é característica dos fanáticos o fato de quererem se mostrar tal qual eles não são. Ou seja, são aqueles que se fazem parecer puros, mas não o são de verdade.
Aqueles que tentam falsificar os próprios sentimentos estão se enganando e sendo fanáticos, acreditando que aquele seria o sentimento ideal, porém se não compreenderam a questão, sem tentar se conhecer para eliminar de fato o defeito que não permite que a alma atinja o nível de ser superior e se torne livre de tais engarrafamentos. Esclareçamos definitivamente que a prática da Transformação das Impressões e a combinação de estados com eventos são muito úteis, porém, de nada servem sem a morte do eu e a compreensão de tudo que envolve a questão do defeito intruso. É a alma, conhecedora do real que posiciona a alma, e observa e compreende os defeitos e não a mente. A mente acredita em algo. A alma compreende a realidade das coisas.
Isso de somente falar em Gnose, que minha escola é melhor que as outras... O orgulho aliada às crenças torna o fanático bem característico. Ninguém precisa saber que estamos trabalhando sobre nós mesmos. As coisas da vida devem transcorrer de maneira sempre natural. Lembremos, pois, que recordação de si é o mesmo que dizer: viver com o coração tranqüilo e a mente calada, empunhando a vontade conscientemente, com a atenção voltada para dentro de nós mesmos e concentrados no que estamos fazendo, completamente cônscios de onde estamos. Parece tudo muito difícil para se fazer ao mesmo tempo. Parece até impossível. Mas, aos poucos, conforme se vão estabelecendo e se desenvolvendo certas capacidades em nós mesmos, tais quais o sentido da auto observação, por exemplo, entre outros, o sabor trabalho vai sendo compreendido. É como um olograma. Ou quando se começa a aprender a tocar piano, mas aos poucos...
A MITOMANIA, ou EU MENTIROSO, é o nome dado a certos grupos de defeitos característicos dos orgulhosos, que se utilizam da mentira para se fazerem sentir. São aqueles que se crêem superiores, se imaginam internamente super-heróis, etc. Muitos deles se apresentam como Mestres cheios de poderes, contam acontecimentos fantásticos, etc... Quando na verdade não o são.
Os mitômanos são filhos do ego da vontade aparecer, de serem reconhecidos, etc. Quando bem sabemos que o ego do enaltecimento é somente o contrário do ego do se sentir inferior. Na Gnose não existe alta ou baixa estima, tudo é amor e verdade o tempo integral. Para isso basta nos recordarmos de nós mesmos, ou seja, quanto mais próximos estivermos de nossa alma, mais próximos estaremos da felicidade, com a condição de eliminarmos radicalmente o ego, o mim mesmo de nosso mundo interior. Somente o ego se sente orgulhoso ou desprezado. A alma somente ama.
Um detalhe de tal defeito é a vontade de contar para todo mundo, sem nenhuma necessidade, por puro orgulho, o resultados das nossas práticas.
Jesus falava que era filho de Deus porque realmente era. Não presume-se nem uma ponta de orgulho ou falta de objetivo nas suas palavras. Agora, para nós que não somos mestres, ou que estamos apenas iniciando um trabalho sobre nós mesmos, não nos devemos orgulhar. Que fique bem claro que o trabalho todo que realizamos sobre nós mesmos, não é para nós, é sim para Deus. Ele, o Pai, quem nascerá em nós. Nós, nosso ego, apenas tem que morrer para que nos possamos Religar com Ele. Então devemos nos orgulhar de que? Nós não somos nada. Deus é tudo! Se nós não morrermos Ele não pode nascer. ‘Se o germe não morre, a planta não nasce’. São bilhões e bilhões de estrelas no firmamento, cada uma delas uma criação de algum Cosmocrator, e nós apenas nos orgulhando de iniciarmos uma obrinha que ainda nem merece atenção dos Deuses! Nós somos apenas servos de Deus... “Amar a Deus ante todas as coisas“, eis o primeiro mandamento.

Por tudo isso devemos trabalhar sempre e muito com a morte do mim mesmo. Para tal, como bem já mencionamos, precisamos ter a atenção voltada para dentro de nós mesmo, com o coração traquilo e a mente calada, ou seja, em recordação de nós mesmos. São através dos pequenos detalhes que os egos se alimentam - devemos ter muita atenção nisto! O trabalho com os detalhes são cruciais para que os egos morram. Assim, a auto-observação, aliada à compreensão é fundamental para nos tornarmos livres do ego do fanatismo e da mitomania.
Também é fundamental que entendamos: o livre arbítrio é uma Lei Sagrada; de maneira que devemos ter em conta essa Lei e respeitar o livre-arbítrio dos outros, respeitando-os.
Os Gnósticos também não se metem em discussões teóricas, muito menos as acaloradas. As teorias são somente teorias e o que o gnóstico busca é a verdade e a vida. Muitas poucas pessoas sabem ouvir, e muitas não discutem para aprender o ponto dos outros, mas apenas para exercitarem o eu da disputa. Devemos prestar muita atenção nesse ‘eu’ da disputa, ele tem infinitas ramificações espalhadas por diversas vertentes de nosso dia-a-dia.
O gnóstico não é estranho, esquisito, e nem se deve sentir superior às demais pessoas. O ego nada sabe, deste modo, de que nos devemos sentir superiores. Quem se sente superior é o ego. A alma simplesmente é. Ela somente sabe amar. Deus sabe tudo. Recordemos de nós mesmos, pois, compreendamos a nós mesmos, para podermos compreender aos outros e amá-los e respeitá-los. O exercício da reflexão serena é fundamental para que o ego não se deixe engarrafar pela mente. A mente pensa que tudo sabe. A alma apalpa a verdade em pleno movimento. A reflexão serena, baseada no coração tranqüilo, permite a luz, ou seja, o amor comece a penetrar na mente, porém, nunca nos esqueçamos que a verdade está alem dela. Assim, toda boa reflexão serena, termina com uma meditação profunda, mesclada com sono, ocasião em que, advindo o êxtase, a alma vivencia a verdade de tal assunto tal qual ele realmente é. Ou seja, nós, o ego e a mente, nada sabemos. Tudo o que teorizamos é mais ou menos equivocado; mais ou menos descontextualizado. Deus tudo sabe. Ele está muito mais além da mente. Ele é a verdade dentro de nós, pratiquemos muita meditação, diariamente, com o intuito de vivenciarmos a verdade. A meditação é a doutrina da mente. Com a meditação diária aprenderemos a utilizar esse instrumento fantástico, esse poder divino, que é a mente. Por enquanto, porém, o ego se utilizando da mente, tal qual hoje em dia acontece conosco, mal utilizamos esse instrumento, tanto na maneira, quanto no conteúdo; deste modo, prejudicamos a nós e aos demais.