sábado, 28 de janeiro de 2012

A LEI DO PÊNDULO






Carpe diem quer dizer, se bem interpretado, viva o presente, esteja aqui e agora.

Por outro lado, em breve entenderão o porquê, tudo na natureza discorre baseada na Lei do Pêndulo. Altos e baixos. Dias e noites. Calor e frio. Impera, em geral, o movimento cíclico desde o mais baixo ao mais alto e como em todo cíclico há dois extremos, aí temos a Lei do Pêndulo.
Com a natureza egóica do homem, cem por cento mecânico, as coisas não poderiam discorrer diferentemente. Tudo tende a se equilibrar, logo após o homem provocar o desequilíbrio. E para que haja esse equilíbrio o pêndulo necessariamente tem que se dirigir à extremidade oposta. Disse um sábio: “sempre após um prazer há um sofrimento“.
De modo algum é verdadeira aquela teoria da Evolução Contínua. A Evolução é apenas um dos dois lados da questão. O outro lado, não estudado pela ciência oficial, é a Involução.
A Lei do Pêndulo ao se espalhar por todas as coisas vai deixando as suas marcas. É assim que ao estudarmos as grandes civilizações, nos deparamos com o apogeu e queda do Império Egípcio, do Império Romano, do Império Luso-Espanhol, etc.
Dentro de nós essa Lei pode ser observada, por exemplo, nas nossas mudanças de humores: alegrias-excitações/depressões-tristezas; conceitos materialistas/conceitos espiritualistas; ignomínia/complacência; etc.






 


Agora compreenderão por que iniciei este tema com a famosa frase ‘carpe diem’: a Verdade é o silêncio da mente, captando tudo de maneira passiva, sendo observada ativamente pela consciência, que por sua vez empunha com amor a vontade. A Verdade é o aqui e agora eterno; o viver o presente; o momento, etc.
Para compreendermos e observarmos a realidade desta Lei, bem como para nos livrarmos de suas garras afiadas há algumas práticas maravilhosas. Primeiramente devemos dar um choque na consciência. A Consciência em si, nossa Essência é a parte pura do nosso Ser. Para isso o estado de alerta novidade e alerta percepção, ou seja, o estado de auto-observação continua com a intenção de nos auto-descobrirmos é fundamental. Se neste estado estivermos, ficará fácil perceber qual a reação no nosso âmago, que as impressões surgidas com a análise da questão que se nos imprimiu provoca. Aí é que entra o primeiro choque consciente: a REFLEXÃO. Nesta hora devemos nos lembrar que em tudo existem os dois lados. E que os dois lados são uma forma de ilusão e a verdade está no meio, ou seja, na compreensão direta e intuitiva da realidade em pleno movimento. Existe uma frase maravilhosa que em esoterismo se usa aqui para tentar descrever este trabalho: “conciliar os opostos”. È claro que, não obstante, não nos podemos esquecer de pedir a eliminação dos nossos queridos egos, formas equivocadas de sentir, pensar e agir-desejar; pois, somente assim, nos poderemos, a longo prazo, nos vermos definitivamente livres destas reações mecânicas, seja as da direita, seja as da esquerda.
Assim, vamos deixando de ser vítimas das circunstâncias; vamos parar de agir mecanicamente assim porque sim; não vamos mais nos identificar com as aparências, tampouco conosco mesmos e vamos, enfim, aprender a ver as coisas como realmente elas são, ou seja, vamos aprender a viver o momento presente sem que a mente nos condicione com os valores agregados que costumeiramente damos a todas as coisas.
Quando aprendemos a viver o verdadeiro momento passamos a aprender de instante em instante.
A vantagem de nos esforçarmos para vivermos de instante em instante, de momento em momento no centro do pêndulo, sem nos olvidarmos, é claro, de morrer, nascer e nos sacrificarmos pela humanidade é que vamos começar a nos dar bem nas práticas esotéricas; vamos aprender a viver uma vida venturosa e feliz e vamos despertar gradativamente a Intuição.
Agora entenderão por que aos gnósticos, quero me referir àquele que realmente compreenderam em si a Lei do Pêndulo, não lhes agrada se meterem em discussões meramente teóricas. Disse Goethe: “toda a teoria é cinza e apenas são verdes as folhas da árvore que é a Vida!” Desta maneira, além de não arredar a mente na eterna e pouco edificante batalha das antíteses, devemos nos observar severamente a fim descobrirmo-nos: há orgulho naquele que quer ser reconhecido, seja pelo grupo, seja para justificar-se a si mesmo, por suas teorias? O eu da rivalização, ou melhor, o desejo de disputar, será que não atua naquele que sente prazer em discutir, sobretudo de maneira exaltada? Haverá íra? Auto-observem-se a si mesmos! Eliminem seus defeitos interiores!
A eloqüência da sabedoria, às vezes é o puro silêncio, sem orgulho ou nada do gênero... Por outro lado aquele que se cala, quando deveria falar está no erro. Tão difícil é viver no caminho do intelectualismo... Despertemos a consciência e a Intuição e aprenderemos a pensar, sentir e agir retamente.

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