domingo, 15 de janeiro de 2012

TÉCNICA PARA DISSOLVER O EU (Os detalhes e a Morte em Marcha)




 

O ego pode ser comparado a uma grande árvore. Seu imenso corpo pode ser identificado com os troncos juntando-se a eles a copa com suas folhas. Esse corpo imenso é como a soma de todos os egos, ou seja, aquilo que nós chamamos de nós memos, aquilo que nos cabe, etc. Esse corpo é legião. São a soma de todos os nossos desvios de consciência desconectos da verdade do Pai. São os Demônios Vermelhos de Seth. São os pecados capitais. São os agregados psicológicos dos budistas. Etc. Etc. Etc.
As raízes desta árvore, embora seja a parte invisível dela, é a que serve para alimentar toda ela e é, não obstante, tão grande quanto a sua parte visível. As raízes, abaixo da terra, também tem seus troncos principais, que servem para levar o alimento ao tronco, bem como as pequenas ramificações, às quais tem a incumbência de retirar da terra o alimento essencial para a vida. Deste modo, as pequenas ramificações são a parte fundamental para a alimentação de toda a árvore. Neste nosso jogo de comparação, comparar-la-emos aos pequenos agregados psíquicos, muitas vezes nem notados por nós, os quais atuam sem que no-las damos importância; mas sim, são sentidos no fundo de nosso ser, pensados no nosso íntima, por vezes até mesmo de forma inconsciente; eles também se manifestam em nos nossos gestos, intenções, mal-humores, etc.
Na verdade são esses pequenos agregados psíquicos que servem de alimento para todo o ego. Se intentássemos cortar a árvore de uma só vez, porém se mantivéssemos suas raízes, ela brotaria de novo e algum tempo depois a árvore estaria inteiramente a nossa vista, viva e viçosa.
Na eliminação desses pequenos agregados, de que não nos damos conta, reside todo o sucesso da empreitada. Esse é a GRANDE OBRA citada nos textos sagrados. A luta de Davi contra Golias. A batalha de Buda contra os mil soldados. A eliminação do ego, que representa os noventa e sete por cento de consciência engarrafada por ele mesmo, pelos três por cento de essência livre.
3% de Essência Livre
X
97% Egos engarrafando a Essência
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A GRANDE BATALHA
Porém, como nos dar conta de sua atuação? Como eliminar esses milhões, bilhões de agregados psíquicos inumanos e bestiais que caracterizam o mim mesmo?
Em primeiro lugar urge dizer que a prática da auto-observação, seguida de morte em marcha, ou seja, a petição consciente para que o ego seja eliminado, juntamente com concentração e imaginação, de maneira rápida e certeira, seja de instante em instante, de momento em momento. Isso faz com que o ego pare de atuar e, assim sendo, faz com que o ego sofra um corte no abastecimento de alimentos. Segundo, é necessário muita força de vontade. E por último, que tenhamos a consciência suficientemente arrependida e cônscia de nossos pecados, a ponto de não querermos mais viver sob o domínio do ego.
O ego é escravidão. A consciência, liberdade total.
Existe, ainda, mais algumas condições básicas para que a empreita dê resultados efetivos. Vamos a elas. Quero me referir à concentração naquilo que estivermos fazendo; à divisão da auto-observação para os três centros principais da máquina humana, ou seja, na mente, no coração e no instintivo-motor-sexual; bem como a observação, que a essa altura será silenciosa, aos sentidos.
Sem que empunhemos a vontade não será possível fazer com que a mente se cale, não nos esquecendo, obviamente, de que ela, a vontade, é uma das qualidades da própria alma, e portando deve ser dirigida por ela mesma. A consciência livre deve também ser a responsável pela auto-observação, bem como pela observação dos sentidos, da maneira acima descrita (RECORDAÇÃO DE SI” - “SER OU NÃO SER” - NÓS NÃO SOMOS O EGO, NÓS SOMOS A CONSCIÊNCIA LIVRE, GUIADOS PELA SABEDORIA DE DEUS - é aqui que entram essas frases). Isso tudo faz com que ao assomar um defeitinho mínimo, ele seja automaticamente captado pela Essência, através do sentido da auto-observação. É quando devemos peticionar com energia e segurança para que nossa Divina Mãe Kundalini desintegre esse eu indesejável. Nossa Divina Mãe Kundalini, Stella Maris dos Alquimistas, poder ígneo sagrado é potencialmente superior à mente é, portanto, a partícula do nosso Ser capacitada para reduzir a cinzas o frágil eu que se levantou. Assim, de pequenos em pequenos eus é possível se resgatar uma boa porcentagem de consciência, antes engarrafada pelo ego.
A petição à Nossa Divina Mãe não deve ser algo formal - um menino quando pede a sua mãe, não procura palavras bonitas. Deve ser simples e prática, com objetividade, pois no dia-a-dia, ocasião em que se assomam a maioria dos defeitos, não há tempo a perder com a ineficácia. A petição deve ser mais ou menos assim: “Mãe minha, desintegra-me esse defeito agora!”
Desta maneira, conforme a técnica ensinada, os eus vão sendo gradativamente rebaixados.  
Feito isso, o que diga-se de passagem não é fácil a primeiros instantes, atingimos vários resultados: o despertar da consciência de maneira natural; a morte do mim mesmo de maneira relevante; não cometermos erros por estarmos sonhando ou com um estado de espírito inadequado, devido a atuação de algum eu; criar um CENTRO DE GRAVIDADE PERMANENTE, transferindo-o do ego, onde o temos hoje em dia, para a Essência; mover a balança do Karma; MUDANÇA RADICAL; equilibrar os centros da máquina humana, o que faz com que a qualidade de nossa energia sexual se melhore consideravelmente, possibilitando-nos o despertar da Kundalini; deixarmos de ser vítimas das circunstâncias; passar nas provas pré-iniciáticas dadas pela Hierarquias Celestes.
Elucidamos que a prática diária, a CONTINUIDADE DE PROPÓSITOS, torna o êxito um fato.
O caminho esotérico não é algo de maneira nenhuma passivo.

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