segunda-feira, 30 de abril de 2012

DIVERSOSO TIPOS DE EUS LUXURIOSOS

A luxúria é a mãe de todos os defeitos.
Com o pecado original começaram a ser gestados todos os defeitos psicológicos que hoje em dia carregamos dentro de nó.
Na região do umbigo, muito próximo ao centros instintivos, mas também próximo ao centro emocional inferior, há uma região de acúmulo de energia sexual. É precisamente aí que são gestados os eus, que mais tarde vem a tomar forma ideoplátsica, devido à energia sexual. Os eus são entidades que pensam sentem e agem por nós. No mundo mental podemos ver cada um deles tal qual eles são. Ali veremos diversas formas de animais, bestas de todas as espécies, mostros, etc. Estes são os agregados psíquicos.
O desdobramento mental se realiza a partir do desdobramento astral. Assim, estando despertos no mundo astral iniciasse o procedimento para o desdobramento mental, o qual se realiza arrojando para fora o corpo mental, como quem tira uma roupa, com muita firmeza e segurança. Deste modo ficam frente a frente corpo astral e mental, mais ou menos semelhante ao que acontece com o desdobramento astral, ocasião em que vemos o corpo físico deitado na cama e saímos revestidos com o corpo astral. No mundo mental é possível invocar a nossa Legião de defeitos, os quais obedecem e se apresentam aos milhares. Não devemos, no entanto, perder essa oportunidade de investigá-los muito atentamente. Detalharemos mais essa prática em tema futuro.
Voltando ao nosso tema, diremos que aqui no mundo físico nossa maior arma é a auto-observação de nós mesmos. Não nos devemos esquecer dela de maneira nenhuma. Quando nos identificamos com as coisas do mundo exterior, nos esquecemos de nos observar e isso é um caos. A auto-observação deve ser voltada para dentro, precisamente aos três centros de atuação do ego: a mente, o coração e o sexual-volitivo-instintivo-motor.
A luxúria como todos os demais defeitos psicológicos atua nos três centros acima citados. Assim, ela pode nos levar, por exemplo, a ter um ideal na cabeça, um amor no coração, mas uma morbosidade inconfundível no sexual, um desejo incrível de experimentar, se saciar-se... Este é o quadro básico da Paixão.



Deus é Amor e Sabedoria. Bem sabemos os gnósticos que a energia sexual deve servir à Deus. Ao gnóstico serve uma gnóstica. Ambos aceitem e pratiquem gnose. Assim se desenha um possível matrimônio perfeito. O amor advirá àqueles que o buscam, mas somente aparecerá aos perfeitos de coração, ou seja, àqueles que morrem significativamente em si mesmos.

A PAIXÃO, O DESEJO, MATA O AMOR.

Os eus luxuriosos podem controlar o centro motor, ocasião em que nos colocarão gestos conscientes como o de rebolar. Ou inconscientes como o passar as mão nos cabelos, ou lamber rapidamente os lábios. Isso não quer dizer que devemos sair julgando os outros por ai. Tampouco para que sirvam de travas em nós mesmos. Isso, somente o estou dizendo para que intentem observar a luxúria dentro de vocês mesmos e a compreendam, captem sabor psicológico único e comecem a trabalhar intensamente sobre vocês mesmos, pois esse é o defeito mais difícil de ser eliminado e será o último. Desta maneira, diremos que a luxúria controla o centro intelectual quando cria ideais de homem e mulher perfeitos. Ela controla, também, o centro emocional quando cria sentimentos de paixões, falsos amores. Por outro lado, o centro sexual é controlado pela mente quando a luxúria a induz a se excitar, porque uma mulher, por exemplo, tem fartos atrativos sexuais. No caso de chegar a se efetivar uma cópula nestes moldes, o centro sexual trabalhará com energia muito mais pesada, pois estará roubando ao intelectual para trabalhar.
O que pode surpreender a muitos é o fato de que a luxúria seja uma soma de milhares e milhares de defeitos psicológicos. Não obstante, a partir deste parágrafo, apesar das inumeráveis nuanças, vamos tentar emoldurar alguns arquétipos luxuriosos, para que com isso os possamos descobri-los em nós mesmos. Há o tipo Dom Juan, uma forma de ver a mulher como ser inferior. O tipo Don Juan apenas almeja a cópula única, embalada pelo gosto do pecado. Assim, defrauda a mulher apenas para satisfazer seus egos pessoais. Muitas vezes, chega a ser um tipo refinado de ódio à mulher.
Diferentemente do tipo Don Juan, o tipo Casanova é daqueles que tem várias esposas. Ele é visto por todas as partes e jura amor eterno. O tipo Casanova é como o marinho que em cada porto tem uma mulher.
Há ainda o terrível eu diabo. É um tipo de eu luxurioso que intenta copular com a mulher apenas para fins de alcançar uma suposta espiritualidade, quando na verdade, se esquece que é imprescindível amar profundamente a esposa sacerdotisa para que a Kundalini desperte. Aliás, a Kundalini é o próprio amor em chamas.
O tipo diabo é daquele que pouco tempo depois diz que sua esposa não serve mais para a magia sexual. Às vezes, esse tipo, pode mesmo chegar a seduzir uma porção de moças, dizendo que é com intuitos transcendentais, quando não passa de fornicação. O tipo diabo é, também, aquele que pratica magia sexual com mulheres diferentes, aqui, ali, acolá. Bem sabemos que jamais a Kundalini desperta nos adúlteros. Pelo contrário, a mescla de qualidades diferentes de energias pode até fazer queimar os dutos, o que impossibilita irremediavelmente o ascenso espiritual com este corpo físico.
Não podemos nos olvidar, tratando-se de luxúria, dos terríveis eus lascivos. São os eus meramente sensoriais, fornicários em cem por cento, desconectos completamente do amor e da espiritualidade. Bem sabemos que “é da mescla da ânsia sexual com a espiritualidade que nasce a consciência mágica”.
Os eus lascivos mesclados à fantasia fazem surgir os masturbadores. O semem derramado nesta ocasião, tão vilmente, criam entidades terríveis que chamamos íncubus e súcubus. A entidade criada pela imaginação doentia do homem é chamada íncubus. A entidade que a mulher ao se masturbar cria chama-se súcubus. Os Íncubus e Súcubus roubam nossa energia sexual, chegando mesmo a nos esgotarem, fazem adormecer abruptamente nossa consciência, impede completamente a castidade científica, etc. Essas entidades nada mais são do que uma polarização criada pela própria pessoa, que toma forma de mulher, no caso de homem, com quem o sujeito fornica mentalmente. Essas entidades ficam ao redor da pessoa e intentam que ele repita o ato, chegando mesmo a tornar o sujeito um viciado dependente. O vício da masturbação acaba por polarizar completamente a mente da pessoa, degenerando-a rapidamente.



Passemos agora a tratar de certos fenômenos que podem ocorrer devido ao saque da potência sexual por certos eus diabos muito fortes. A potencia sexual reprimida, quando é utilizada por certos tipos de eus lascivos, luxuriosos, íncubus e súcubus pode de fato, caso a natureza tenha dado a pessoa grande potência sexual, ocasionar diversos tipos de fenômenos no mundo físico. Queremos citar aqui os casos de movimentação de objetos, os casos auto-cópula, os casos de demônios prestidigitadores, etc. Esses eus quando muito fortes mesclados com a energia sexual criam formas ideoplásticas, as quais podem se manifestar no mundo físico.
O sexo é algo sagrado. O eu e a mente não conseguem captar as coisas da espiritualidade. A energia sexual é muito mais sutil que a energia mental. A energia sexual é a que a tudo criou. Ela, pura, é o próprio Espírito Santo. Assim, é nosso obrigação darmos um sábio uso para esta tão preciosa energia. “aquele que descobriu algo de muito valor para ele, vai, vende tudo o que tem e se apodere deste tesouros”. A energia sexual é esse tesouro. Ela é a fonte da juventude. Ela é o elixir da longa vida. Criar nossos corpos solares, mediante a magia sexual é o mais sábio uso que poderemos dar a tão preciosa energia. Estes são os trajes indestrutíveis que servem à alma e ao Ser, conferindo-nos passagem a qualquer recanto do universo.
A luxúria, ao contrário, rouba tão preciosa energia e cria abominações. Por se tratar, no entanto, de um defeito muito prazerosos, muitos e muitos espiritualistas se perdem enroscados à tão poderosa serpe e relutar e eliminar de si mesmos o terrível eu da luxúria. Ao eliminarmos um eu qualquer, liberamos uma certa porcentagem de consciência, a qual nos será muito útil para compreendermos todos os nossos demais defeitos.


 
Aos estímulos sensoriais, não obstante, durante o processo de desenvolvimento na prática de magia sexual, vão sendo acrescidos os inefáveis supra-gozos espirituais. A eliminação dos eus de luxúria, juntamente com a perfeita concentração durante a prática do Maituna vão fazendo com que a consciência se amplie, deixando de ser escrava do meramente sensorial. Porém, muitos se identificam com o meramente sensorial, com o carnal, e não conseguem eliminar de si mesmos a luxúria, o que é, realmente, uma lástima. A palavra chave da postura interior na magia sexual é entrega total e respeito, muito respeito.
O instinto sexual, hoje, infelizmente, na maioria das pessoas é desviado, através dos cinco sentidos, pelos egos. O instinto sexual, não obstante, naqueles que já tem equilibrados os centros energéticos da máquina humana, traz consigo muita sabedoria da natureza. Nossa Mãe dos Instintos, nossa Mara Elemental, no mostra quando é hora de pratica magia sexual com mais intensidade ou dar pausas, por exemplo, para o bem de nossa alma; nos permite, também, ter a potência sexual adequada, etc. Em contrapartida o desejo sexual advém justamente quando os instintos são usados pelos egos. Lúcifer, o desejo, nos tentará massivamente no caminho secreto. Nos perturbará incrivelmente. Devemos ser sinceros nestes instantes e dizer que as tentações sexuais são as provas mais difíceis para todos os espiritualistas sinceros. Haverá lutas desapiedadas entre mente, sexo e coração. Porém, aqueles que se fizerem valorosos vencerão. O amor e a sabedoria devem sempre vencer estas batalhas terríveis. Neste sentido, Lúcifer é o nosso grande treinador psicológico. Ele em si não é nem bom nem mal. É necessário compreendermos com urgência a separar Lúcifer dos eus. Os egos devem ser sempre eliminados; e Lúcifer deve trabalhar unicamente para o Ser até o final da obra. Mas, ele como sombra do Logos nunca poderá adentrar ao Absoluto.
 

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