terça-feira, 11 de setembro de 2012

Fase B - AS QUATRO CLASSES DE HANASMUSSEN



Em lições precedentes dissemos sobre a necessidade de se transferir o centro de gravidade da personalidade e egos para a Essência, a Consciência. Isso somente é possível quando eliminamos o ego.
Hanasmussen é um termo para descrever aquelas pessoas que tem duplo centro de gravidade. Ou seja, em última instância são todas as pessoas que não eliminaram o ego animal, que não trabalharam conscientemente com a Morte do Eu e ao mesmo tempo tem algo de alma dentro, de consciência livre, desperta ou não, dentro.
Os Hanasmussen são classificados em quatro categorias.
A PRIMEIRA CLASSE DE HASNASMUSSEN é composta por toda a humanidade de uma maneira geral; são as pessoas comuns e correntes que nunca se interessaram por criar seus corpos solares.
Quando essas pessoas terminam seu ciclo de cento e oito existências humanas e tem que ingressar nos mundos infernos, a natureza desintegra-lhes ali com certa rapidez seus eus, tornando-as deste modo novamente aptas para reiniciarem um novo ciclo ascendente. Esse relativamente curto período de desintegração forçada e à base de muito sofrimento é devido ao fato de que não houve acréscimo de energia em seus corpos.
A SEGUNDA CLASSE DE HANASMUSSEN é composta por aqueles que fizeram algum trabalho sobre si mesmos e chagaram até a construir seus corpos astrais solares.
Essas pessoas acabam por se tornar perigosas, pois conquistaram poder e não eliminaram seus defeitos psicológicos.
Lembremos que o principal fator de queda de um Iniciado é o ego.
É muito fácil para um Iniciado que fica caído se tornar um mago negro, caso não se arrependa e retome, à custa de muitas lutas, o trabalho esotérico anteriormente abandonado.
Ao final do ciclo de cento e oito existências essas pessoas levam um tempo muito maior para desintegrarem seus defeitos e, obviamente, sofrem muito mais em suas jornadas pelos mundos infernos, antes de reiniciarem um novo ciclo ascendente, cuja premissa inequívoca é estar limpo dos eus. Como já explicamos, trata-se neste caso de pureza sem consciência, mas é pureza e beleza absoluta. Um Elementalzinho da Natureza recém saído do Nono Círculo Dantesco é como uma criança recém nascida. Em lições futuras explicaremos detalhadamente os Nove Círculos Dantescos, ou Nove Infradimensões da Natureza.
A TERCEIRA CLASSE DE HANASMUSSEN é composta por mestres que se deixaram cair. Ou seja, são aqueles que chegaram a construir todos seus corpos solares.
São seres muito perigosos, pois tem bastante energia. Ao se deixarem cair os egos vão inevitavelmente retornando, tornando-os poderosos perversos. Esses são “os lobos em pele de cordeiro”, falados na Bíblia. Assim, concluiremos que trabalhar com o segundo fator, o Nascer, sem trabalhar intensamente com a Morte do Eu é municiar o inimigo.
Não obstante, a sabedoria dos Deuses é tamanha que o mal jamais consegue triunfar. Deste modo eles criaram um dique para o mal. Trata-se do descenso aos mundos infernos ao final do ciclo de cento e oito existências. Não é demasiado elucidar que esses mestres caídos tem que passar pelo Hades, o Inferno, para que a natureza faça por eles o que eles não lograram terminar: eliminar os egos em cem por cento. Porém, como acima dissemos, como esse processo é mecânico, não traz grandes ganhos de consciência para a alma. E no caso destes mestres que perderam a maestria por terem se deixado cair, o processo nos mundos infernos é muito longo, doloroso e triste. Pois, quanto mais energia tenham os egos, mais tempo demorará a alma para ser limpa.
Asseveramos aqui que até às portas do absoluto há a possibilidade de queda. Ainda que Lúcifer, o tentador, o desejo, seja eliminado radicalmente de nosso Ser, a Mente continuará a existir e com ela a possibilidade de queda. Assim, somente é impossível cair quando nos fusionamos com o Grande Absoluto e somos submergidos no seio da Eternidade.
Porém, como dissemos anteriormente, os Grandes Mestres, Budas de Compaixão, aqueles que renunciaram ao Absoluto por amor à humanidade, aqueles que formam a grande parede de Luz a iluminar a Terra, esses correm perigo de cair. Estamos nos referindo neste caso aos Tronos Caídos, A QUARTA CLASSE DE HANASMUSSEN. E muitos o fazem conscientemente, com o intuito de, ao ressurgirem, trazererem uma grande quantidade de discípulos com eles. A isso dá-se o nome esotericamente de “Atirar a Pedra N’água.” Outros caem mesmo pelos ardis da mente. Não obstante, como bem sabemos, as portas do arrependimento são as últimas a se fecharem. E essas estarão continuamente abertas, inclusive, como não poderia ser diferente, àqueles que, logrando a Majestade sobre toda a Criação, se deixaram cair. Assim, todos podem reiniciar ou iniciar um trabalho sério sobre si mesmos a qualquer momento.
É interessante ressaltar, que ao cair, no exato momento mesmo da queda de um mestre, sua Devi Kundalini se aparta dele, retirando-lhe os poderes, conforme a magnitude da falta.
Os Tronos Caídos se tornam pessoas muito poderosas, perversas é claro, pois fizeram ressurgir o ego animal, tal como um Júlio Cesar, um Davi, ainda que bem intencionados. O que nos consta é que muitos Tronos Caídos ressurgem, deixando de serem caídos e reconquistando o posto de Bodsatwa de Compaixão, de Grandes Mestres Ressurretos da Loja Branca, de Hierarquias Inefáveis.
Há casos, porém, em que um Trono não consegue refazer seu Trabalho no decorrer das cento e oito existências. Esses casos são terríveis e tristes. Essas almas terão que sofrer o indizível nos mundos infernos para eliminarem seus defeitos, pois são repletos de energia sexual transmutada. Sua desintegração, conforme tem-nos dito, durará milhões e milhões de anos.
Em suma toda a humanidade é mais ou menos Hanasmussen.
A morte do eu psicológico é um fator chave para o ascenso ordenado no Trabalho sobre nós mesmos. Jamais podemos deixar de lado esse fator, pois os perigos podem ser dificílimos de serem consertados.
Diz o Mestre Rabolu: “ O que tem de mais novo é a Morte do mim mesmo.”
Contam-nos histórias fantásticas a respeito do Mestre Judas. Disseram-nos que ele é um Grande Iniciado e que apenas teve que representar um papel no drama cósmico. Isso foi comprovado recentemente com a descoberta e tradução do ‘Evangelho de Judas’. O mais difícil papel do Drama Cósmico, interpretado pelo Grande Kabir na Terra, era o do traidor. Esse papel foi consagrado ao Maior dos Iniciados dos Apóstolos. Esse era Judas.
Contam-nos que Judas após a consumação do Drama Cósmico colocou-se para si um trabalho dificílimo: o de resgatar as almas dos condenados. Dizem que ele trabalho no Mundo Sublunar, nas infradimensões da Natureza tentando resgatar almas que ainda tenham a possibilidade de iniciar um trabalho sério sobre si mesmas. É regra na Loja Branca que enquanto haja uma luzinha azul no coração da alma, ainda há chance para a regeneração. Essa luzinha azul é o amor. Quando, por outro lado, não há esse amor, essa possibilidade de arrependimento, aí somente então as Hierarquias dizem que não há mais esperança.
Assim, diremos enfaticamente que sempre há chances para aqueles que querem trabalhar e a Lei Divina, representada por todos os Mestres, Hierarquias, Anjos, Arcanjos, Tronos, etc. abre todas as portas e dá todo o auxílio necessário para aqueles que iniciam um trabalho sério sobre si mesmos. “pedis e se vos dará; bateis e abrir-se-vos-á.”

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