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Temos falado muito nos três fatores de revolução da consciência, mas até a presente lição não a temos explicado pormenorizadamente. A partir desta lição vamos, para o bem de todos, esmiuçar essas três práticas essenciais para qualquer tipo de desenvolvimento real da alma. Que as musas nos iluminem nesta grande empreita.
Antes, porém, quero alertar que a única maneira da alma evoluir é através dos três fatores de revolução da consciência. Assim, os métodos de auto-sugestão e as teorias de evolução passiva através das retornos sucessivos da alma não trazem melhoria da sua qualidade. A melhoria da qualidade da alma está intimamente relacionada com a quantidade de alma, de modo que ao criarmos mais ‘eus’, ainda que de tipos opostos, isso não nos libertará, isso em verdade apenas engarrafará mais ainda a alma, fazendo com que continuemos a agir de maneira pré-determinada, resultando o eu substituído como um eu tentador. Na lição Lei do Pendulo entenderão que auto-estima é apenas o contrário da baixa-estima e que a verdade está no meio de ambas. O método de ‘enfiar o dedo da ferida’ de modo algum é eficaz. O que propomos aqui é a eliminação de todo tipo de agregado psíquico que se levante em nosso mundo interior, sem buscar traço psicológico nenhum, mas, sim, buscando a alma dentro de nós mesmos. A alma é a alma. A alma é o ‘zero radical’. A alma pura conhece o verdadeiro amor. Ela é o verdadeira amor. Deus é Deus. Eles são a verdade. O único que temos que fazer é encontrá-los dentro de nós. A Gnose, como dissemos, é cem por cento prática e está bem na hora de passarmos a detalhar cada uma destas três práticas, que nos possibilitam eliminar o ego, aquele que engarrafa nossa alma, interferindo na nossa relação com Deus. Os três fatores de revolução da consciência também nos possibilitam a vivência direta do real.
No quadro acima vemos o chamado ‘Quaternário Inferior’, os quatro corpos do pecado, ou seja, os corpos físico, vital, astral e mental. Os chamamos de os quatro corpos do pecado, pois são através deles que o ego, na imensa maioria das vezes, se expressa, restando pouquíssimas e inesperadas aparições da alma livre, porém adormecida.
Falaremos nesta e na outra lição sobre a prática da ‘morte do eu psicológico‘.
O primeiro passo em direção ao êxito total na execução desta prática é definirmos quem observa quem. Ou seja, já dissemos em lições anteriores que a porta de entrada ao exoterismo prático é a auto-observação consciente de si mesmo. E o início da auto observação é justamente definirmos, não só em palavras, quem observa quem.
Portanto, diremos decididamente que é a essência quem deve observar o ego. Inicialmente, nos serviremos dos três por cento de essência livre, porém adormecida que possuímos, para realizar essa tarefa. Isso tende a ir crescendo a medida que nos aprimoramos na técnica da correta morte do eu psicológico. Ao eliminarmos um ‘eu’, passamos a desengarrafar uma pequena porcentagenzinha de essência que ele engarrafava. Deste modo ela vai crescendo lenta, mas, progressivamente. Isso mediante a continuidade de propósitos. Sem a continuidade de propósitos, qualquer tipo de crescimento espiritual é impossível.
Falamos acima nos três por cento de essência livre, porém adormecida, que possuímos. Porém, o despertar desta consciência é fundamental para o sucesso das práticas esotéricas, aliás esse é o objetivo destas práticas. Os três fatores de revolução da consciência não são de modo algum uma exceção. Quero deixar aqui bem claro que o despertar da consciência está intimamente ligada à meditação, que como dissemos, parte da perfeita concentração. A concentração é fundamental para que o neófito aprende a dominar sua mente, a controlar suas emoções e sua vontade. O êxito na prática da meditação traz como resultado o despertar da porcentagem de consciência que temos livre no momento. Assim, a eliminação de eus, ou melhor, a morte em marcha libera mais consciência e a meditação a desperta. Ambas se completam. Essa essência livre e desperta é como um deus em miniatura, pois conhece o real, o vivenciou. A verdade fica vibrando no interior de quem conseguiu o êxtase da meditação eternamente.
Temos que deixar bem claro também, pois isso tem se mostrado um grande impedimento para o desenvolvimento do trabalho espiritual, que os processos da essência não são processos mentais. A substância mental conduz-nos ao erro, á 99% das doenças, à dor, aos sofrimentos, etc. A essência, ou consciência está mais além da mente. A mente é que é um instrumento de grande valia, é verdade, para a essência. E nunca jamais o contrário, ou seja, a mente não deve enquadrar a tudo que observa. Desta maneira ela, a mente, falseia a verdade, limita as coisas, etc. Portanto , a grosso modo, podemos dizer que “a mente deve permanecer passiva e a consciência ativa“. Os processos raciocinativos também não nos conduzem jamais à Verdade. Eles apenas enredam a mente a permanecer no eterno batalhar das antíteses. Dos processos mentais apenas devemos colher seus frutos de ouro, que são a imaginação criadora e a compreensão. A essência é o silêncio que a tudo penetra. Ela é um rio que corre e a mente é um empecilho para o seu delicioso fluir. A sede da essência é o coração tranqüilo.
A meditação deve ser praticada diariamente, se é que em verdade queremos conhecer o que é a essência, o que é a mente, o que são as emoções e o que são os egos, dentro de nós mesmos. Também temos dito que “a vontade controla a mente; a mente direciona o coração”. A continuidade de propósitos aqui também é fundamental.
EGO
Pode-se dizer que ‘ego’ é tudo aquilo que aprisiona a Verdade, ou seja, as teorias, falsos sentimentos, desejos, etc.
Os egos se utilizam das energias dos cinco centros inferiores da máquina humana para se manifestarem:
Intelectual - idéias, fantasias, planos do mim mesmo, teorias pra tudo, etc.
Emocional - apegos, sentimentos e emoções sem fundamentos reais, emoções negativas, etc.
Motor - gestos involuntários, pressa, posições, etc.
Instintivo - vontade de comer sem fome, desejo, etc
Sexual - luxúria, morosidade nos órgãos sexuais, fisgada dos órgãos sexuais, etc.
No Tibet Oriental os egos são chamados de agregados psíquicos. Lá eles bem conhecem a Doutrina dos muitos eus ou valores positivos e negativos. É que de fato o eu é multiplicidade, cada eu tem a sua maneira de pensar, de sentir e de agir.
No Sagrado Egito dos Faraós o ego era chamado de Demônios Vermelhos de Seth. Isso nos faz lembrar os Sete Pecados Capitais das Sagradas Escrituras. Na verdade todas essas menções são referencias a essa parte negativa de nós mesmos, criações demoníacas que devem ser eliminadas radicalmente de nossa psique. Os sete pecados capitais são apenas cabeça de Legiões, ou seja, não se pode dizer que nós apenas possuímos uma inveja, por exemplo, na verdade possuímos milhões de manifestações de inveja, nas mais variadas formas, combinações e tamanhos. E assim acontece com os demais defeitos capitais. Porém, isso não quer dizer que seja impossível analisar, compreender e eliminar cada uma destas manifestações. Essa é de fato a GRANDE BATALHA de que trata a Bíblia. É a luta do pequenino Davi contra o Gigante Golias. É a luta de Sidarta contra as ordens de guerreiros. Sim, podemos, devemos, e é até uma obrigação que temos para com Deus, eliminar nossos defeitos psicológicos.
A Psicologia chama aos egos de mim mesmo, aquilo que sou, aquilo que me cabe, eu dominante consciente, eus inconscientes, subconscientes, etc. Tudo isso na verdade são partes do mesmo ego múltiplo desconecto da Verdade, criações bestiais.
Os pseudo-esoteristas tem dividido o ego em Eu Superior e eu inferior, quando na Verdade tudo é o mesmo ego, agregados psíquicos que vale bem a pena eliminar. Assim, Deus está tão distante e é incompreensível para nós como a Terra é do Sol. Para nós, seres rastejantes do lodo da Terra, Deus é a voz do Silêncio, manifesta-se através da verdadeira Intuição, para aqueles que a tem desperta conscientemente de fato, e é sentida no fundo do coração tranqüilo.
Também podemos definir o ego como ‘desvios de consciência’ e ‘defeitos psicológicos’. Mas, a melhor maneira de se conhecer o ego, ou melhor, os egos, não é intelectualmente, mediante uma definição teórica qualquer; o conhecimento do real se faz sempre de maneira direta; assim, é através da auto-observação de nós mesmos que passaremos a conhecer de fato os egos. Na próxima lição ensinaremos em detalhes a prática da auto-observação de nós mesmos, ocasião em que teremos a oportunidade de verificarmos por nós mesmos o eu em plena atuação.
PERSONALIDADE
A personalidade é um corpo de constituição energética. Sua base é criada nos primeiros sete anos de vida, após o que vai apenas se robustecendo. Ela é uma criação inconsciente de cada um de nós mesmos, sob influência dos muitos egos pessoais, que vão reagindo mecanicamente ao meio exterior, através das experiências vividas, deste modo são criadas as nuances infinitas das personalidades. Por isso dizemos que a personalidade nada mais é do que um veículo de manifestação dos ‘eus‘. Ela nasce, cresce e morre junto com o seu tempo. Não é demasiado dizer que a cada existência criamos e descartamos mais uma personalidade.
O mundo da personalidade é o mundo dos gostos pessoais, do falar de si mesmo, das modas, etc, etc, etc. As coisas da personalidade não nos trazem nenhum tipo de gozo espiritual. Apenas nos faz perder tempo. Ao invés de buscar nossos gostos pessoais, pois atrás de cada desejo tem sempre um dos sete pecados capitais, deveríamos ocupar nosso tempo em conhecer a verdade das coisas, em buscar conscientemente e com amor a nossa alma e a Deus que está nos Céus, pois eles são a verdadeira felicidade contínua. E isso somente é possível com a prática dos três fatores de revolução da consciência. Devemos esclarecer que a medida que vamos eliminando os egos, a personalidade vai se libertando.
ESSÊNCIA
A essência, ou consciência, é a parte divinal do nosso Ser. Ela é uma partícula da Mônada. Nela estão as virtudes. Curioso dizer algo sobre as virtudes neste momento. As virtudes sem consciência é mesmo que fogo fora da tocha, ou seja, ao mesmo tempo que é inútil, pode ser perigoso. Imaginem a virtude da coragem usada fora de lugar... Imaginem a virtude da benevolência para dar dinheiro para aquele que quer comprar drogas... Assim, as virtudes somente são bem vindas no lugar e na hora certa e isso somente é possível com a ausência de eus e com o despertar da consciência.
A essência também é vontade. A essência é inteligência. A essência é tudo aquilo que o ego engarrafa para usar indevidamente, em criações que vão trazer conseqüências desastrosas para si e para os demais.
A essência é imortal. A essência é divinal. Em última instância a essência, quando está unida com Deus, é sabedoria.
A consciência vai muito mais além da percepção de tudo que está ocorrendo em nosso interior e ao nosso redor agora mesmo. Ela transpassa todas as dimensões, o mundo mental, o emocional, o da vontade, até chegar ao mundo intuicional, sem a qual percepção seria impossível saber o caminho certo a seguir, pois esse já é o Mundo de Deus. Deus é quem sabe tudo do telhado para cima. Sem ele impossível é trilhar o caminho da verdade, pois teríamos que confiar nas aparência, cujas sutilezas muitas vezes nos enganam; tampouco seria possível seguir de acordo com os grandes eventos cósmicos. “Seja feita a Vossa vontade assim na Terra quanto nos Céus”. Amém.
Recaptulando:
EGO
- teorias, falsos sentimentos, desejos...
- engarrafa a essência...
- agregados psíquicos...
- Doutrina dos muitos eus - existem milhões de eus dentro de cada um de nós mesmos...
- Demônios vermelhos de Seth...
- Sete pecados Capitais...
- cada pecado capital é cabeça de Legião...
- eu, mim mesmo, aquilo que sou, aquilo que me cabe...
PERSONALIDADE
- energética...
- é criada nos primeiros sete anos de vida...
- veículo de expressão dos eus...
- muda a cada vida...
ESSÊNCIA
- parte do nosso Ser...
- virtudes...
- sabedoria, inteligência...
- imortal...
- divina.
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