Esse é o último Tema da Fase A. Esperamos que todos estudem com empenho e pratiquem com entusiasmo, a fim de comprovar tudo.
Todo ser humano possui em seu ventre um medianeiro plástico, justamente no local onde se acumula energia sexual e está posicionado o centro emocional inferior. Isso poderia ser útil, caso soubéssemos transferir conscientemente a energia sexual para todos os centros da máquina humana, principalmente aos superiores e ao coração. Mas o fato é que no ser humano comum e corrente isso não ocorre, o que dá ensejo à criação de todos os tipos de aberrações, os eus. É ali neste centro onde são gestados os eus que mais tarde vem a tomar forma.
O sábio uso da energia sexual através da transmutação sexual sem ejaculação seminal põe um fim neste processo. A Gnose ensina a Transmutação Sexual. Ela deve ser realizada todos os dias. Em caso que seja impossível, o neófito deve sublimar as energias sexuais, conforme temos ensinado aqui. É importante que se diga: a energia sexual não fica parada; ou ela sobe ou desce. Para fazê-La subir é necessário esforço consciente. Para deixá-La descer, basta não fazer nada.
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Eliminação dos eus psicológicos, conforme temos ensinado neste curso, torna o ser humano cada vez mais puro, trazendo-o cada vez mas para próximo da Verdade.
É, portanto, baseados nestes dois procedimentos que deixamos de criar novos eus, bem como vamos reduzindo a quantidade e a intensidade de atuação dos eus existentes.
Necessitamos deixar de ser vítimas das circunstâncias, vítimas de nós mesmos. Devemos aprender a criar conscientemente as situações favoráveis. Os deuses criar e tornar a criar incessantemente.
A humanidade é uma criação dos Deuses Santos, os quais lutam, por amor a humanidade, para nos proporcionar as condições físicas e psíquicas adequadas para que possamos cumprir com o nosso dever de nos religarmos com o Pai Celeste. Por seu turno, o Íntimo, que cada um possui o seu, nos aguarda, fazendo esforças indizíveis para nos trazer inquietudes espirituais. São estas inquietudes espirituais que movem as pessoas a buscar o Sagrado; a buscar a Luz. Algumas pessoas simplesmente não possuem inquietudes espirituais e isso se dá simplesmente porque o Íntimo delas pouco se interessa em dá-las aos seus Bothsatwas. Isso parece trágico, mas é o que é. Nem todos se interessam pelo caminho sagrado.
Isso quer dizer que até os Deuses são diferentes. Perfeitos todos, mas diferentes. Neste contextos alguns conseguem a Maestria e muitos são os que não a logram, seja porque não a almejam, seja porque não terminam os seus trabalhos. Mas o dever dos grandes mestres é proporcionar as condições para que todos possam conseguir chegar à Luz. Esses últimos que não lograram a Maestria, após muitíssimos sofrimentos na dolorosa Roda do Sansara têm por direito viver no reino da felicidade eterna, mas se o compararmos com os Mestres auto-realizados, são como formiguinhas, como um garoto de recados.
Os Manus, ou Criadores de Raças, são homens santos que se ligaram com os seus Deuses Íntimos particulares. Criam e tornam a criar. São seres plenos do amor Divino, que renunciaram a entrada no Absoluto por Amor à humanidade. Foram eles, que providenciaram a seleção e os cruzamentos corretos para o surgimento da atual quinta raça ária e organizaram as primeiras civilizações, naqueles tempos que costumamos chamar tempos de Ouro. Anteriormente a esta atual raça, foram também eles que providenciaram a seleção das sementes, cruzamento e organização inicial das civilizações atlantes, lêmures e as anteriores a estas duas.
Todo esse processo de criação das raças é um processo real. Isso é, ele precisou ser levado a cabo, ser realizado aqui na terra.
Neste processo, conta a lenda dos séculos, pode haver erros, acertos e desacertos. Houve um tempo em que a instabilidade da Terra foi muito grande há muitos milhões de anos, ocasião em que os Manus tiveram que resolver o problema. Para isso decidiram colocar caudas nos homens. É aí que surge o temível órgão Kundartiguador, a cauda de Satã. Mas, isso era necessário para dar estabilidade ao planeta Terra. Assim, foi feito. Lembremos que o nome Kundalini vem precisamente da raiz fonética de Kundartiguador, acrescendo a terminação ’lini’, de origem atlante, que quer dizer fim. Portanto, kundalini quer dizer fim do órgão kundartiguador... Fim das ilusões, fim da hipnose satânica que nos liga aos infernos atômicos.
O objetivo da grande obra é transformar a tendência kundartiguadora na Serpente Ígnea dos Mágicos Poderes que nos conduz ao ‘religare‘.
Enfim, o que sucedeu naquela operação de nos colocar o órgão kundartiguador foi que os responsáveis por isso, os Manus Arcanjos Lóisos e Sacaki e sua comitiva, calcularam mal, deixando o referido órgão por mais tempo que o necessário, o que deu por conseqüência os desastrosos efeitos da criação dos eus animalescos e bestiais que infestam a geração humana atual.
Contam as lendas dos séculos que isso se deu na Lemúria e que os referidos mestres terão que pagar os seus Karmas. Mas, a nós, resta lutar contra os eus infernais que nos habitam.
Foram os mal cálculos dos dois Manus que deram ensejo ao surgimento desta geração corrupta e perversa, a qual habita a Terra hoje em dia. Porém, é importante que se tenha em conta um detalhe: é natural no raio da criação que a Mônada tenha que baixar, para depois subir. É neste processo que ela cria consciência de si mesmo e pode se dar conta do que é o bem e do que é o mal. Quando a mônada acaba de sair do Absoluto ela é inteiramente feliz, mas não sabe disso.
Neste fenômeno natural da baixada da Mônada, acontece que a partir do mundo de seis leis, ou seja, do mundo causal, já passa a existir as causas do eu, os eus-causa. Isso é da própria mecânica da criação. A origem última de todo esse desvirtuamento da luz é a própria saída do Absoluto. No momento exato em que a Mônada é ‘vomitada’ do Absoluto surge dentro dela a segunda Lei, a dualidade, a que podemos chamar de negativa, embora não é o termo exato, se comparado com os horrores que vemos aqui no mundo das 48 leis em que vivemos, esses são desdobramentos dos desdobramentos dos desdobramentos da dualidade. Desde o momento da saída do absoluto, entretanto, já se estabelece as condições para o surgimento do eu. Em última instância o surgimento do eu é o ‘mal’ e isso se dá desde o surgimento natural da dualidade.
Contam-nos que os Lemurianos apenas tinham que trabalhar com os eus-causa. Eles eram seres clarividentes, ligados profundamente ao Cosmos e aos seus Pais Internos. Viviam felizes e unicamente copulavam para criar, de acordo com a Lei Divina, sem ejacular o Sêmen.
Porém, após serem obrigados a conviver um longo período com a cauda satânica, isso os fez cair. Foi naquela geração que os Lucíferes encontraram o terreno apropriado para proliferar o mal habito do derrame seminal, o que causou a fatal expulsão deles do Éden pelos Deuses. Acabaram por se tornar perversos e degenerados.
Contam-nos, ainda, que os lemurianos tiveram que passar por uma catástrofe terrível, devido aos seus pecados. Somente os eleitos escolhidos escaparam, sendo salvos pelos seus méritos, os quais, foram transferidos para local seguro. Nova idade de Ouro. Ali, após mais uma série de cruzamentos, deram origem aos atlantes.
Não é demasiado dizer que o ser humano atual é a geração mais perversa e baixa que já habitou a face da Terra. Se, não obstante, quisermos nos emancipar, nos religarmos com Deus, com a Verdade e com a Luz é necessário que nos esforcemos muito e muito para vencermos as tentações sem fim causadas pelos resultados da antiga existência do órgão kundartiguador em nós.
Há um enunciado esotérico que diz: quanto maiores os esforços maiores os méritos.
Este tema é bastante teórico. E bem sabemos que a gnose é cem por cento prática. Então, vamos às práticas: quero neste capítulo por ênfase no sentido da auto-observação. Sem ele não é possível sair do mundo das teorias. Ele é o primeiro degrau para a conquista da alma. Ele é o primeiro sentido da alma, que culmina com a polividência.
Devemos nos esforçar para desenvolver esse sentido. Ele nos possibilitará ver os defeitos psicológicos atuando aqui e agora, tais quais eles são, sem que nós tenhamos que imaginar como é o orgulho, a vaidade, a luxúria, etc. O sentido da auto-observação simplesmente capta esses defeitos em atuação. Para se descobrir o que é a alma em atuação é necessário a prática da meditação. Ela deve ser realizada diariamente, enquanto a auto-observação deve ser realizada todo o tempo.
Sente-se, ou deite-se, o estudante confortavelmente e esteja aqui e agora, dono de seus sentimentos, e que este seja a paz que brota do coração tranqüilo; dono de sua mente, e que ela esteja quieta apenas sabendo-se aqui e agora em estado de auto-observação de si mesmo. É a alma quem observa os demais centros e o ego. Ela é da sexta dimensão. Eles, os eus, da quinta. Devemos nos esforçar para nos identificarmos com ela. Nós somos a livre alma pura e não o ego, cuja característica é ter ‘gosto psicológico de algo’. Se não entenderam isso, entenderão...
O esforço é a palavra chave nestes estudos esotéricos. Portanto, o esforço para conseguir despertar o sentido da auto-observação é indispensável. Esforcemo-nos, pois, até que estejamos craques na auto-observação. E isso será notório. Tudo que estiver fora de ordem é um indício grande de que ali atua o ego. Tudo que é vaidade pessoal, passividade, tensões e irritações são eus atuando... Etc., etc., etc. Quando deixarmos de sentirmos pena de nós mesmos; quando conseguirmos ver tais quais nós somos. Aí estaremos maduros para a eliminação de nossos eus psicológicos. A auto-pena é própria do eu. Alma não sofre. Devemos captar certo típico “gosto psicológico“ do eu, julgá-lo e condená-lo, para em seguida, toda as vezes que sentirmos novamente esse ‘gosto psicológico’, eliminarmos de nossa psique até a mínima fração deste ‘sabor’, deste eu que pensa, sente e age por nós. Esse é um longo trabalho progressivo. Ou seja, cada vez mais vamos nos auto-conhecendo.
Para um correto e perfeito desenvolvimento do sentido da auto-observação, conforme temos ensinado neste curso é necessário disciplina e continuidade de propósitos. Para tal, urge desenvolver satisfatoriamente o cárdias. Lembremo-nos que a sede da alma é o coração. Portanto, além da prática dos três fatores de revolução da consciência, da meditação, do desdobramento astral, que devem ser diárias, é imprescindível lutarmos par desenvolver o cárdias. Isso é possível através das práticas aqui dadas, desde que realizadas diariamente. Seja com a concentração no coração com intuito de meditar, ou com o intuito de sair em astral; seja o mantram “O” com concentração no coração, fazendo e vendo o disco solar, lá no fundo do coração girar - sem sono; o sono é útil nas práticas de meditação de desdobramente astral, aqui ele não é necessário. Também ensinamos em determindo capítulo a prática da Deusa Kakini.
Deste modo, estas práticas todas que temos ensinado são para ser praticadas.
Após a eliminação, a decapitação, do eu começa o trabalho com os eus-causa. Como dissemos, devemos diferenciar entre o eu e o eu-causa. Os eus são as manifestações grosseiras do eu. Os eus-causa são as larvas de onde posteriormente os eus vão se cristalizar. Os eus-causa são pequenos desvios de conciência, enquanto o eu são as aberrações, completamente distantes do divinal que observamos hoje, e muito tristemente podemos dizer que é a maneira média e normal da humanidade atual agir. Na Santa Igreja Gnóstica da Loja Branca somente é chamado de Homem autêntico aquele que eliminou se si os eus e inicia os trabalhos com os eu-causa. Assim, é necessário a esta geração corrupta, que morramos muito em nós mesmos para sermos dignos de sermos chamados de homens. Hoje em dia não passamos de meros animais intelectuais.
A chave para auto-superação é o trabalho com os três fatores de revolução da consciência: morrer, nascer e sacrifício pela humanidade.
Pela via sexual caímos e é pela via sexual que nos religaremos com o Pai, com as condição indispensável de eliminar radicalmente os elementos infra-humanos e bestiais que carregamos dentro, bem como suas causas; assim como de nunca jamais derramar o sêmem sagrado.
A energia sexual tem o poder de criar homens autênticos e isso é realizado através da criação dos corpos existenciais do Ser, através dos quais Deus pode se manifestar em nós; mas também tem o poder de criar demônios, aberrações, eus. A energia sexual também é a força destruidora com a qual vamos reduzir a cinzas os eus-diabos que carregamos dentro.
Cabe a nós nos decidirmos a lutar pela Luz ou sermos vítimas passivas das tentações luciféricas.
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